Publicidade
A Financial Stability Board (FSB, na sigla em inglês), uma entidade internacional apoiada por bancos centrais que é encarregada de monitorar o sistema financeiro global, pediu nesta quinta-feira (10) uma ação urgente para regular os conglomerados de criptomoedas.
A mensagem é o mais recente sinal de que a turbulência do mercado cripto, gerada em parte pelo recente colapso da exchange de criptomoedas FTX, significará a adoção de novas regras para o setor, dada sua crescente influência sobre os mercados financeiros convencionais.
“À luz dos desenvolvimentos recentes, as finanças descentralizadas (DeFi), as plataformas de trading e os chamados conglomerados de criptomoedas e as exchanges que integram verticalmente múltiplas funções merecem atenção regulatória urgente”, disse a FSB em comunicado após uma reunião em Lisboa.
Continua depois da publicidade
O grupo, presidido por funcionários do banco central sueco e do Tesouro do Reino Unido e composto por autoridades financeiras da França, Alemanha e União Europeia, sugeriu que tomaria como modelo um plano regulatório recente da FSB que poderia forçar os conglomerados a se separarem e as stablecoins a centralizarem a governança.
A FSB foi responsável por uma série de regulamentações globais para o setor financeiro após a crise de 2008. Embora as autoridades tenham alertado que o mercado cripto pode ser arriscado para os investidores, elas minimizaram a ameaça ao sistema financeiro como um todo, já que a turbulência no setor de moedas digitais geralmente não se espalha para o setor bancário ou de seguros – mas isso pode mudar em breve.
Os participantes foram informados sobre as “interligações crescentes entre os mercados de criptoativos e o sistema financeiro tradicional”, disse o comunicado.
Continua depois da publicidade
Revelações feitas pelo CoinDesk na semana passada sobre a relação da FTX com sua empresa-irmã Alameda Research levaram a uma crise de liquidez, uma oferta de resgate agora abandonada pela exchange Binance e uma promessa de encerrar a Alameda, embora o CEO do negócio, Sam Bankman-Fried, tenha dito que a empresa permanece solvente.