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As ações do Twitter (TWTR34) repercutem um conjunto de notícias sobre a empresa nesta sexta-feira (21) e operam em baixa na Nasdaq, Bolsa que reúne ações do setor de tecnologia. Às 11h29 (horário de Brasília), os papéis TWTR recuavam 4,73% a US$ 49,97. A empresa divulgará seus resultados do terceiro trimestre na segunda-feira (24) e a média das projeções aponta para um lucro de apenas 1 centavo de dólar por ação. Enquanto isso, a venda da rede social para o magnata Elon Musk continua fazendo preço no mercado.
De acordo com a Bloomberg, o governo dos Estados Unidos poderá submeter a negociação à análises sob a ótica da Lei de Segurança Nacional do país. Outros empreendimentos do bilionário, como a rede de satélites Starlink, da SpaceX, poderiam passar pela mesma avaliação.
Segundo a agência, fontes familiarizadas com o assunto disseram que as autoridades americanas ficaram desconfortáveis com declarações recentes de Musk sobre a guerra dos russos com os ucranianos. O bilionário ameaçou interromper os serviços da Starlink na Ucrânia e, antes disso, polemizou na rede social do passarinho com postagens favoráveis ao presidente Vladimir Putin.
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O governo americano estaria desconfiado sobre os planos de Musk de adquirir o Twitter junto com um grupo de investidores estrangeiros. Os negócios do bilionário poderiam até mesmo vir a ser classificados de risco à segurança nacional, segundo as fontes da Bloomberg.
No pré-mercado, a ação da rede social chegou a despencar 16% e ser negociada na casa dos US$ 43.
Musk pode promover demissões em massa no Twitter, diz jornal
Outra notícia sobre o Twitter que repercutiu nos mercados foi dada pelo jornal Washington Post. De acordo com a publicação, Elon Musk teria intenção de reduzir o quadro de funcionários da empresa em 75% após sua aquisição. Segundo o jornal, essa foi a informação passada pelo próprio bilionário a investidores que podem participar, junto com ele, da compra da rede social.
Até agora, o plano não foi confirmado nem desmentido pelos advogados de Musk. Enquanto isso, analistas avaliam que um corte dessa magnitude é bem mais extremo do que qualquer coisa que o Twitter tenha planejado antes. Em declarações passadas, o bilionário sinalizava para a necessidade de uma redução de pessoal na empresa, mas nunca tinha dado um número específico em público.
Dan Ives, analista da Wedbush, disse à Associated Press que uma redução de 75% no número de funcionários indicaria fluxo de caixa livre e lucratividade mais forte para o Twitter, “o que seria atraente para investidores que desejam entrar no negócio”. No entanto, da porta para dentro, “uma redução tão drástica na força de trabalho provavelmente faria a empresa retroceder anos.”
A preocupação é como possíveis cortes poderiam atingir os investimentos em moderação de conteúdo e segurança de dados do Twitter. Analistas acreditam que reduções drásticas podem deixar a plataforma vulnerável a conteúdos nocivos e spams.
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(com agências internacionais)

