Como validadores de Ethereum faturam alto com colapso da FTX

Assim como traders do mercado financeiro, validadores de blockchain se beneficiam com grandes movimentações de preço

CoinDesk

(Kanchanara/Unsplash)

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O colapso da FTX neste mês gerou um aumento substancial na lucratividade da operação da rede Ethereum (ETH), beneficiando diretamente os validadores da rede.

Os validadores do Ethereum, que substituíram os mineradores após a atualização Merge (Fusão, em inglês), em setembro, são responsáveis ​​por executar a blockchain – em troca, eles recebem ETH como pagamento.

Em meio à queda da FTX, a lucratividade medida pelo que se chama de valor máximo extraível (MEV, na sigla em inglês) disparou, de acordo com dados da plataforma Flashbots.

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O MEV é para operadores de blockchain como a arbitragem é para traders do mercado financeiro – mas, com grandes diferenças. O MEV mede a quantidade de receita adicional que os validadores podem obter ao otimizar a ordem na qual as transações são registradas em blockchain, na prática cobrando o máximo valor possível dos usuários da rede.

Para obter o máximo retorno possível, validadores usam softwares como o MEV-Boost, criado pela Flashbots. Em 9 de novembro, no momento mais agudo do mercado após a Binance se recusar a comprar a FTX, os usuários da plataforma MEV-Boost alcançaram um pico de recompensas de 3.203 ETH, o equivalente a US$ 3,5 milhões.

Esse tipo de comportamento é visto em qualquer momento de alta volatidade, negativa ou positiva, pois grandes deslocamentos de preços acabam criando oportunidades de lucro para quem opera o mercado – sejam traders que fazem arbitragem no mercado financeiro, ou os validadores de blockchain no mundo cripto.

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“A volatilidade é o combustível do MEV”, disse Chris Piatt, cofundador da Eden Network, que administra uma plataforma de impulsionamento de lucratividade de validadores. “Qualquer grande notícia como esta [a implosão da FTX] que move os mercados se correlaciona com um forte desempenho”.

O pico de lucratividade no Ethereum aconteceu quando as percepções sobre a saúde da FTX pioraram, levando a maior rival Binance a entrar em ação com um resgate e desistindo no dia seguinte, em 9 de novembro. O pânico se espalhou por todo o mercado cripto.

As pessoas também correram para sacar tudo o que tinham na FTX, aumentando a quantidade de transações elegíveis para validadores otimizarem sua lucratividade. Segundo a Flasbots, o MEV do Ethereum aumentou em todo o período da crise na FTX, de 8 a 12 de novembro.

“Quanto mais ação no mercado, não importa se para cima ou para baixo, mais MEV [está disponível]”, disse o pesquisador de Ethereum Toni Wahrstatter.

CoinDesk

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