Com retomada pós-pandemia, Moura Dubeux enxerga momento único para crescer no Nordeste

Empresa promete novos produtos a cada mês para dar conta da demanda que virá da recuperação econômica e dos juros baixos

Ricardo Bomfim

O CFO da Moura Dubeux, Marcello Dubeux (crédito: Divulgação)

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SÃO PAULO – Os executivos da construtora e incorporadora Moura Dubeux (MDNE3) estão otimistas para o pós-pandemia no setor imobiliário do Nordeste, onde a empresa atua. Com a concorrência enfraquecida e a demanda represada pela crise se reaquecendo, as expectativas são de bons trimestres à frente.

Marcello Dubeux, CFO da empresa, conta que as características únicas do coronavírus fazem com que a expectativa de crescimento da economia nos próximos trimestres não seja de modo algum fruto de algum excesso de otimismo.

“Tivemos um trimestre de total paralisação e depois uma retomada quase imediata. A confiança voltou e não houve disrupção do sistema financeiro como em 2008. Os fatores econômicos melhoraram, principalmente com o crédito forte, então o cenário realista é de expansão da atividade”, avalia.

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Dubeux ressaltou também que a taxa básica de juros, Selic, está em sua mínima histórica nos 2% ao ano, o que favorece a compra de imóveis.

A Moura Dubeux divulgou na semana passada a prévia operacional do terceiro trimestre, que contou com o lançamento de quatro projetos totalizando R$ 275 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV). Foram R$ 317 milhões em vendas e adesões brutas, o que corresponde a um crescimento de 264,4% sobre o mesmo período do ano passado.

Novos produtos a cada mês

De acordo com Marcello Dubeux, a companhia tem praticamente uma linha de montagem de empreendimentos pronta para ser lançada desde a Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) realizada em fevereiro deste ano.

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“A tendência é que continuemos com produtos novos todo mês. Temos projetos ainda por lançar em Salvador (BA)”, adianta.

Esse apetite por novos projetos se manifestou no terceiro trimestre por meio da compra de dois terrenos, um na Bahia com VGV potencial de R$ 68 milhões e um no estado de Pernambuco com VGV potencial de R$ 58 milhões.

“Havia uma demanda represada que esperava uma amenização da crise do coronavírus para se manifestar. Por isso foi registrada até mesmo uma fila de espera nos dois imóveis entregues em Recife [PE].”

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Dubeux diz que o posicionamento da incorporadora ainda é privilegiado devido ao que ocorreu com as concorrentes em tempos recentes. “As grandes empresas do setor que vieram de São Paulo para acessar o mercado do Nordeste acabaram saindo por conta da crise de 2015-16. Já as que sempre estiveram na região sofrem com as consequências da Operação Lava-Jato”, explica.

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O grande desafio a partir de agora, reconhece o executivo, é fazer uma boa gestão de caixa e manter o relacionamento com os bancos privados para concessão de crédito. “O crescimento da capacidade operacional das empresas precisa envolver o cuidado com o cliente em suas mais diversas formas de pagamento.”

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Para saber se essa perspectiva positiva se manterá vale ficar de olho na demonstração de resultados do terceiro trimestre que a empresa divulgará no dia 12 de novembro, com teleconferência agendada para o dia 13.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.