Com recuperação da construção, a Mills (MILS3) deve colher os frutos do aumento de demanda

Companhia projeta crescimento de segmento de máquinas amarelas e aumento rápido de demanda para plataforma aérea, setor que lidera

Camille Bocanegra

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Plataformas aéreas e máquinas de linha amarela (equipamentos pesados que atuam em diversas frentes da construção civil e do agronegócio, entre outros) devem ser as linhas de negócios em destaque para a Mills (MILS3) em 2024. Com a recuperação no setor de construção, a demanda por esses produtos na empresa tem aumentado de forma mais rápida do que a prevista.

Os pontos foram abordados durante encontro da empresa com analistas. Em relatório sobre o evento, o Itaú BBA destacou o otimismo da companhia com o crescimento tanto orgânico quanto inorgânico do segmento de máquinas de linha amarela. Na visão do banco, o segmento tem potencial de sustentar o desenvolvimento futuro.

“A empresa reafirmou seu plano de permanecer competitiva em contratos complexos de longo prazo no segmento de máquinas de linha amarela, onde os preços desempenham um papel menor, enquanto a disponibilidade e confiabilidade são os principais fatores que os clientes buscam”, diz o BBA.

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Nicho específico de linha amarela

O destaque da Mills é em nicho específico das máquinas de linha amarela, com concentração especial de contratos complexos e de longo prazo. O setor corresponde a 65% do tamanho de mercado de R$ 40 bilhões de produtos de linha amarela.

“Isso significa que os clientes em potencial buscam principalmente disponibilidade e confiabilidade mais do que preços. Dada a maior complexidade de operar nesse nicho, a penetração de aluguel pode ser menor do que na indústria de máquinas de linha amarela como um todo (que está próxima de 25%)”, explica o BBA.

A concorrência no setor, por ser altamente fragmentada, coloca a Mills em posição privilegiada por focar no segmento. Assim, a empresa tem êxito em 20% a 25% das propostas envolvendo máquinas de linha amarela, percentual similar ao sucesso no ramo das plataformas aéreas.

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Neste setor, a Mills é líder e demonstrou otimismo, uma vez que a recuperação da demanda tem sido mais rápida do que a projetada após o cenário menos aquecido no 1° semestre de 2023. Isso fez, inclusive, a empresa antecipar a entrega de equipamentos que contavam com taxa de utilização excessivamente elevada.

Fusões e aquisições no radar

A incorporação da Triengel, em julho de 2022, demonstrou que o crescimento na área das máquinas de linha amarela pode ser sustentado por “uma combinação de oportunidades orgânicas e inorgânicas”. Menos de um ano após a operação, a Mills já conseguiu triplicar a frota e a receita da incorporada, embasando o argumento sobre o crescimento do segmento.

O BBA destacou que mais fusões e aquisições estão no radar da Mills. “Os alvos ideais para fusões e aquisições no segmento de máquinas de linha amarela são empresas com contratos de longo prazo, operações sólidas e boa reputação, mas com obstáculos em termos de crescimento e renovação da frota. A empresa espera fechar novos negócios em breve”, disse.

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O banco entende que as ações vem sendo negociadas a um múltiplo P/E de 10x para 2024, oferecendo um potencial de valorização bastante atrativo. Estabelecendo preço-alvo em R$ 19,50, o BBA recomenda o nome como outperform (performance acima do índice de referência, equivalente à compra).

A Mills, nesta sexta (8), apresentou valorização de 0,46%, com papéis a R$ 13,03.