Coinbase e outras empresas cripto correm para se distanciar da FTX em meio à crise

Crise de liquidez na exchange FTX provocou receio de contágio no mercado

CoinDesk

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Com medo de serem contaminadas pelos problemas de liquidez da exchange FTX, corretoras de criptomoedas e emissoras de stablecoins se apressaram nas últimas 24 horas para divulgar que não têm relação com a empresa ou exposição aos tokens da plataforma.

A FTX entrou em crise após a revelação de que o balanço patrimonial de sua empresa-irmã, a Alameda Research, é composto principalmente de criptoativos sem liquidez, em sua maioria o FTT, da própria FTX. No meio da crise, a Binance selou um compromisso de compra da plataforma.

O CEO da Circle, Jeremy Allaire, publicou no Twitter nesta quarta-feira (9) que a empresa nunca concedeu empréstimos à FTX ou à Alameda e nunca recebeu FTT como garantia.

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“A Circle não tem exposição material à FTX e Alameda. A FTX tem sido cliente das APIs (interfaces) de pagamento da Circle nos últimos 18 meses, fornecendo serviços de cartão e ACH (tipo de pagamento eletrônico) para transações de clientes”, escreveu.

Allaire acrescentou ainda que tanto a Circle, que emite a stablecoin USDC, quanto a FTX detêm apenas uma pequena parte do patrimônio uma da outra.

Paolo Ardoino, CTO da Tether (USDT), foi ainda mais direto. “Para ser claro: a #Tether não tem nenhuma exposição a FTX ou Alameda. 0. Nulo”, disse.

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Na terça-feira (9), a Coinbase divulgou em um comunicado que tem exposição mínima à FTX – apenas US$ 15 milhões em depósito para facilitar as operações comerciais e as negociações com clientes – e nada na Alameda Reseach.

A corretora, a maior dos Estados Unidos, falou ainda que não tem tokens FTT. Nas últimas 24 horas, segundo o agregador CoinMarketCap, o ativo digital desabou 73%.

Exchanges como Binance, Gate.io, KuCoin, Poloniex, Bitget, Huobi, OKX, Deribit e Bybit também emitiram declarações de que publicariam provas de suas reservas de fundos para aumentar a transparência.

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A Binance, que selou um acordo de compra da FTX, divulgou que aumentou seu fundo de segurança para US$ 1 bilhão em criptomoedas, de modo a se ajustar às recentes flutuações de preços.  Chamado de SAFU, o fundo foi estabelecido pela exchange em julho de 2018 para proteger recursos de usuários, e é atualmente formado por mais de US$ 700 milhões em Binance Coin (BNB) e Binance USD (BUSD), além de US$ 300 milhões em Bitcoin (BTC).

O mercado cripto desabou 10% nas últimas 24 horas por causa das especulações em torno dos problemas de liquidez da exchange FTX. O market cap global do setor, que já chegou a US$ 3 trilhões no final do ano passado, está na casa dos US$ 900 bilhões nesta quarta-feira (9).

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