Rússia pretende levar operação militar na Ucrânia até o fim, diz chanceler

Sergei Lavrov disse que alguns líderes estrangeiros estão se preparando para uma guerra contra a Rússia, mas o país não pensa em uma guerra nuclear.

Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, discursa na 76ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, na sede da ONU, em 25 de setembro de 2021 na cidade de Nova York. (Foto de Eduardo Munoz/Pool via Getty Images)

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira (3) que acredita que alguns líderes estrangeiros estão se preparando para uma guerra contra a Rússia e que o país continuará com sua operação militar na Ucrânia até o fim, mas não pensa em uma guerra nuclear.

“O pensamento nuclear está constantemente girando na cabeça dos políticos ocidentais, mas não na cabeça dos russos. Eu lhes asseguro que não permitiremos nenhum tipo de provocação que nos desequilibre”, afirmou Lavrov.

Sem oferecer nenhuma evidência para apoiar suas declarações, o chanceler russo acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy — que é um judeu — de presidir uma “sociedade onde o nazismo está florescendo”.

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Ele disse não ter dúvidas de que uma solução para a crise na Ucrânia será encontrada e que uma nova rodada de conversações está prestes a começar entre autoridades dos dois países. As declarações foram dadas à televisão estatal russa uma semana após o início da invasão à Ucrânia.

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Acusações à Ucrânia

Para Lavrov, o diálogo da Rússia com o Ocidente deve ser baseado no respeito mútuo. Ele acusou a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de procurar manter sua supremacia e disse que, embora a Rússia tenha muita boa vontade, não pode deixar ninguém minar seus interesses.

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Ele disse que o governo russo não deixaria a Ucrânia manter a infraestrutura que ameaçava o país e que não pode tolerar o que considera uma ameaça militar do vizinho. Disse também que está convencido de que a Rússia estava certa sobre a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores russo também disse que o país não se sente politicamente isolado e negou a acusação de que áreas civis estão sendo atingidas na Ucrânia, dizendo que as tropas russas têm ordens estritas para usar armas de alta precisão e destruir apenas a infraestrutura militar.

Rússia e a Otan

Sem oferecer nenhuma evidência, Lavrov disse que a Rússia tinha informações de que os Estados Unidos estavam preocupados com a perspectiva de perder o controle sobre o que ele descreveu como laboratórios químicos e biológicos na Ucrânia e acusou o Reino Unido de construir ali bases militares.

O chanceler afirmou que a operação militar russa contra a Ucrânia tem como objetivo garantir que o país não entrará para a aliança militar ocidental e que o Ocidente está ciente das preocupações da Rússia e terá que enfrentá-las em algum momento.

Sobre as pesadas sanções impostas pelos Estados Unidos e os países europeus desde o início do conflito, ele disse que o governo russo as viu como “um imposto sobre a independência”.