Petróleo sobe 4% com bloqueio no Canal de Suez podendo durar pelo menos até quarta-feira

De acordo com o site Marine Traffic, que acompanha o trânsito marítimo mundial, mais de 100 navios estão parados nas proximidades de Suez

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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Em um impasse que se arrasta desde a manhã de terça-feira (23)  o Canal de Suez, uma das principais rotas marítimas do mundo, segue bloqueado pelo porta-contêineres Ever Given e pode levar vários dias para ser liberado.

Autoridades locais enfrentam dificuldades para desencalhar a embarcação de 400 metros de comprimento e assistem à formação de uma extensa fila de navios que desejam utilizar a passagem que liga Ásia e Europa. De olho nas dificuldades de logística, os contratos futuros de petróleo voltaram a subir nesta sexta-feira.

O barril de petróleo WTI para maio subiu 4,12% a US$ 60,97, enquanto o de Brent para maio avançou 4,26%, a US$ 64,43 o barril. A commodity já havia se fortalecido na terça-feira com a notícia sobre o bloqueio em Suez, mas ontem teve forte correção negativa por preocupações sobre o avanço da pandemia.

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As equipes de resgate projetaram que a embarcação só deve ser liberada na quarta-feira que vem. Mas há previsões de que a operação possa levar semanas, com possíveis complicações do clima instável no local.

O mercado do petróleo apresentou grande volatilidade nesta semana, com operadores avaliando tanto o impacto potencial do bloqueio do Canal de Suez quanto o efeito dos novos lockdowns devido à pandemia de coronavírus.

“Hoje o mercado está em alta de novo, já que os traders decidiram, em uma mudança de humor, que o bloqueio do Canal de Suez de fato está se tornando mais significativo para os fluxos de petróleo e entregas do que haviam concluído anteriormente”, disse Paola Rodriguez Masiu, vice-presidente de mercados de petróleo da Rystad Energy.

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O Canal de Suez intensificou esforços nesta sexta-feira para liberar o meganavio encalhado, depois de não obter sucesso em uma tentativa anterior.

Leia também: Os efeitos do bloqueio do Canal de Suez por um navio de 200 mil toneladas para a economia global

De acordo com o site Marine Traffic, que acompanha o trânsito marítimo mundial, mais de 100 navios estão parados nas proximidades de Suez e aguardam o desbloqueio do canal para seguir viagem. Para além de atrasos nas entregas, circula no mercado o temor de encarecimento de fretes, caso o impasse com o Ever Given não seja resolvido rapidamente.

As transportadoras Maersk e Hapag-Lloyd AG já consideram desviar seus navios pela África, evitando o engarrafamento na hidrovia. “Estamos considerando todas as opções de entrega de carga para nossos clientes, incluindo transporte aéreo, ferroviário e envio de navios pela África do Sul, mas nenhuma decisão foi tomada”, disse um porta-voz da Maersk ao Wall Street Journal.

A dinamarquesa Torm AS informa que seus clientes já perguntam quanto custaria para tornar o desvio possível.

(com Estadão Conteúdo, Reuters e agências internacionais)

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