Buscamos plano equilibrado, sem privilegiar nenhum credor, diz presidente da Oi

Rodrigo Abreu admitiu, porém, que não foi uma aprovação fácil e que o plano é "ousado"

Estadão Conteúdo

(Foto: Reprodução)

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O presidente da Oi (OIBR3;OIBR4), Rodrigo Abreu, afirmou que a direção da tele tentou apresentar uma proposta de mudança no plano de recuperação judicial equilibrado para todos os credores e negou que os termos finais privilegiem alguma classe. “Temos a convicção de que estamos fazendo a coisa certa. O plano aprovado não privilegia nenhum grupo de credores”, afirmou durante coletiva de imprensa realizada de modo virtual. Ele admitiu, porém, que não foi uma aprovação fácil e que o plano é “ousado”.

A assembleia foi marcada por divergências com Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, entre outras instituições financeiras locais. Os bancos criticavam o fato de a nova versão do plano ter estabelecido um deságio de 60% no valor da dívida das instituições financeiras, ou um deságio de 55% para os bancos credores que oferecerem novas linhas de crédito à tele.

No fim da assembleia, a Oi concedeu uma leve diminuição do deságio, passando para as faixas de 55% e 50%, respectivamente, mas não conseguiu um acordo com parte dos bancos, incluindo o Itaú. “Fizemos ajustes na assembleia, inclusive com redução do deságio para buscar o máximo de aprovação”, ressaltou Abreu.

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Questionado se vê riscos de questionamentos futuros à proposta aprovada nesta terça-feira, 8, Abreu minimizou essa possibilidade, afirmando que a “assembleia é o órgão soberano” para a tomada de decisão pelos credores e frisou que o aprovação contou com a maioria dos votos.

O diretor jurídico da Oi, Antonio Rabelo, afirmou ter “convicção de que o judiciário vai confirmar deliberação da maioria dos credores”.

Rodrigo Abreu disse ainda que a companhia continuará sendo uma “peça central do sistema brasileiro de telecomunicações”, e que “se engana quem acha que a Oi terá a sua atuação diminuída”.

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Após a venda das redes móveis, torres e data centers, a Oi pretende tornar-se uma empresa focada em fibra ótica, prestando serviços de banda larga ao público em geral e oferecendo suas redes de forma neutra para as demais operadoras de 4G e 5G – uma atuação bem mais discreta do que os planos de uma década atrás de se consolidar como uma super tele nacional.

“A receita do novo grupo no futuro poderá ser, quiçá, até maior do que é hoje”, estimou. Abreu frisou que a Oi tem a maior rede de fibra do Brasil, com 388 mil quilômetros, e um volume crescente de cobertura e captura de clientes. A Oi vai brigar para ser líder em banda larga de ultravelocidade e na oferta de infraestrutura para o futuro 5G.

O presidente da Oi justificou ainda que a venda de ativos visa a corrigir uma equação econômica que não era viável, como a atuação em todos os segmentos (telefonia, internet e TV por assinatura) e em todas as regiões do País.

“Era importante reconhecer que não poderíamos continuar a atuar da mesma maneira como foi nos últimos 20 anos, que levou a essa situação de insustentabilidade. Era impossível fazer tudo, para todos os clientes, em todo o País. A equação econômica não era viável”, explicou. “O novo plano é um passo sem o qual não seria possível ter uma companhia sustentável”.

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