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Bruna Allemann: “Investir no exterior é mais fácil porque tem-se uma amplitude maior”

A assessora, no entanto, sugere aplicar lá fora apenas de 5 a 10% do montante disponível, com objetivo de diversificar

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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O começo no mercado financeiro foi na operação da mesa de agronegócio em um banco. Ali, aprendeu termos comuns do setor, de registros, passando pelo compliance, até a legislação. Com objetivo de expandir a atuação, morou fora do Brasil, estudou várias línguas e foi parar numa gestora de ativos americana.

“Ela não entrou no Brasil. Foi um superdesafio”, relata Bruna Allemann sobre a gestora. “Daí, fui aprendendo esse lado de assessoria, como funcionava, como trazia produtos estruturados (lá de fora para cá)”, complementa.

No fim, a economista se tornou head da mesa internacional da Nomos, assessoria de investimentos da XP. E nesse meio tempo também se tornou comunicadora da Rádio Mix FM, de São Paulo, onde dá dicas sobre finanças pessoais.

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Bruna Allermann contou sobre sua trajetória e dicas para investir nos Estados Unidos, no episódio 48 do GainDelas.

“É hoje minha paixão”, resume sobre tratar de aplicações no exterior. “Por questões disso, já tinha me formado em economia e, daí, peguei esse desafio de fazer relações internacionais (curso ainda não finalizado) para trabalhar um pouco mais com macroeconomia”, diz.

Mais do que a Disney

A primeira dica que ela dá para atuar lá fora é que tem que ser visto como diversificação de carteira além do que já se investe no Brasil. A outra, é explicar ao investidor de que o dólar faz parte de sua vida e é a ele que se atrela para aplicações no exterior, notadamente nos EUA.

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A pergunta que Bruna costuma fazer aos interessados é sobre o que pensa em investimento no exterior, como ele influencia na sua vida. “Preciso entender o que esse mundo impacta na vida das pessoas. Tem gente que só conhece a Disney”, explica. Ela infelizmente acha que uma parcela de investidores “não sabe o que está fazendo”.

A sugestão dela é que se invista de 5 a 10% no exterior do montante disponível. “Não coloque mais do que isso”, afirma.

Não comparar Brasil x EUA

“Quando falo exterior, vamos esquecer o que você conhece do Brasil – essa é a primeira conversa. Não vamos fazer essa base comparativa”, diz. Para a economista, a comparação acaba entrando numa seara que nunca chega a lugar nenhum.

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‘Investir no exterior (EUA) é mais fácil porque se tem uma amplitude maior. Lá tem espaço para todo mundo”, afirma. E lembra que pela conta da XP é possível comprar ativos estrangeiros.

ETFs são um bom começo

O principal produto que sugere aos interessados em aplicar dinheiro lá fora é o ETF VV (fundo de índice negociado em bolsa). “Ele é muito querido. É um excelente começo. É uma caixinha, colocaram tudo de melhor. Tem volatilidade? Tem, mas é a volatilidade da bolsa”, explica.

Ela conta que seus produtos oferecidos aos investidores brasileiros têm os principais ETFs, de renda fixa de curto prazo, de renda fixa de longo prazo, de S&P 500, da Nasdaq. Por conta dos juros altos nos EUA, ela revela que os assessores sob seu comando têm direcionado muito para o ETF de renda fixa do curto prazo. “Tem funcionado para o cliente varejo”, afirma.

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“Se for um cliente que tem um pouco mais, a gente consegue colocar num bond (títulos do tesouro americano), que é uma espécie de debênture 100% dolarizada negociada na bolsa de valores”, pontua.

A compra de ações entre as 500 maiores empresas dos Estados Unidos (S&P 500) é vista por Bruna como positiva. “Vai na fé”, brinca. “Mas em vez de procurar as 20 primeiras (da S&P 500), porque não olha as 20 últimas”, sugere.

“As blue chips nos Estados Unidos são gigantes e as oscilações são muito pequenas”, ressalta.

A economista cita que tem penny stocks nos EUA que a ação vale de US$ 2 a US$ 3, mas o valor de mercado da empresa já ultrapassa US$ 150 milhões. “Tem um potencial gigantesco”, diz.

Nvidia ainda tem muito a crescer

Sobre Nvidia, que teve crescimento exponencial e é a queridinha do mundo dos investimentos hoje, Bruna afirma que, quando se começa a estudar a tecnologia dela, vê-se que a empresa “não está nem perto da máxima”.

“A gente não sabe até onde a tecnologia vai. Não é só a Nvidia que tem esse produto, mas ela se especializou tanto que tem uma eficiência do tempo”, diz, destacando que além de tecnologia, outro setor potencial no exterior é a saúde, com investimentos grandes em evolução.

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