BRF (BRFS3), Ambev (ABEV3) e M.Dias Branco (MDIA3): as três ações que se beneficiam da queda das commodities

Análise do Bradesco BBI apontou desempenho acima dos ativos desde meados de junho; analistas mantêm visão de queda dos preços de commodities

Equipe InfoMoney

Preços ao produtor de itens como grãos e minérios, puxaram a queda em fevereiro

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A queda das cotações de commodities (ainda que tendo algumas sessões de alta) nas duas últimas semanas levou a baixa de ações de empresas que vendem grãos, assim como mineradoras e petroleiras no período.

Contudo, o Bradesco BBI apontou três ações que se beneficiaram nas últimas sessões em meio à baixa dos preços. São elas: a produtora de alimentos processados BRF (BRFS3), a fabricante de cerveja Ambev (ABEV3) e a fabricante de massas e biscoitos M.Dias Branco (MDIA3), ou B.A.M (sigla dos três papéis): “são ativos que, geralmente, são percebidos como os que mais se beneficiam da queda dos preços das commodities, pois esse cenário sugere redução de custos de insumos”, apontam Leandro Fontanesi e Victor Romano em relatório.

Os analistas do BBI apontaram que, até sexta, estas ações superaram o desempenho do Ibovespa quase 10 pontos percentuais (p.p.) desde meados de junho, quando os preços das principais commodities começaram a cair.

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Os ativos superaram o desempenho das ações de produtores agrícolas como SLC (SLCE3), que vende algodão e grãos, e São Martinho (SMTO3), que vende açúcar e etanol, ambos em 20 p.p. em média, enquanto as B.A.M. também superaram os produtores de carne bovina listados em 8 p.p..

Confira o desempenho das ações desde meados de junho: 

O banco destaca que, desde meados de junho até sexta, o preço do algodão teve queda de 28%, o óleo de palma caiu 16%, o trigo registrou baixa de 12%. O petróleo, por sua vez, caiu 6%, enquanto a soja teve baixa de 5%, o milho caiu 3% e o alumínio teve queda de 2%.

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Fontanesi e Romano apontaram que, apesar dos riscos climáticos e geopolíticos, continuam pessimistas em relação aos preços das commodities agrícolas e otimistas com as B. A. M., já que os fatores que estão pesando sobre os preços devem continuar.

São três pontos: (i) aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, com pelo menos sete aumentos esperados para 2022; (ii) a demanda da China decepcionante, com as margens da indústria de suínos em dificuldades sugerindo que os preços dos grãos precisam cair até 25% para que as margens retornem ao ponto de equilíbrio; e (iii) a equipe de petróleo e gás do banco prevendo preços mais baixos do petróleo em US$ 95 o barril para 2022 e US$ 90 em 2023, contra preços à vista ao redor de US$ 113 (para o brent, de acordo com o fechamento de sexta), o que é historicamente baixista para os preços das commodities agrícolas.

O BBI tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações de BRF, Ambev e M. Dias Branco, com preços-alvo respectivos de R$ 27 (potencial de valorização de 85,7% frente o fechamento de sexta), R$ 21 (upside de 53,6%) e R$ 40 (upside de 54,6%).

Para SLC, a recomendação é de underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à neutra) venda com preço-alvo de R$ 35 (ou queda de 22%); já para São Martinho, a recomendação é marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, ou neutra), com preço-alvo de R$ 38 (ou queda de 3,9%).

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