Braskem (BRKM5): Justiça intima empresa sobre nova ação que pede R$ 1 bi por afundamento de solo em Maceió; ações fecham em queda de mais de 6%

Cabe destacar que Maceió decretou estado de emergência após o alerta de “risco iminente de colapso” da mina 18 da Braskem

Equipe InfoMoney

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A Braskem (BRKM5) anunciou nesta quinta-feira que foi intimada sobre um deferimento de tutela de urgência em nova ação de autoridades federais e de Alagoas sobre danos causados por movimentação do solo em Maceió.

A companhia afirmou, em fato relevante, que a ação, aberta por Ministério Público Federal, Ministério Público de Alagoas e Defensoria Pública da União, contra a Braskem e o município de Maceió tem um valor atribuído pelos autores de R$ 1 bilhão.

Após a notícia, as ações BRKM5 perderam força e fecharam a sessão desta quinta-feira (30) em queda de 6,45%, a R$ 19,13.

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Cabe destacar que Maceió decretou estado de emergência após o alerta de “risco iminente de colapso” da mina 18 da Braskem, próximo à lagoa, no bairro de Mutange, na capital de Alagoas. Foram registrados na região tremores de terra na noite de quarta-feira, 29. A Defesa Civil de Maceió reforçou o monitoramento, assim como criou um gabinete de crise.

As 35 minas da companhia começaram a ser fechadas em 2019, depois que a empresa foi responsabilizada pelo surgimento de rachaduras em casas e ruas de alguns bairros de Maceió no ano anterior. O abalo foi causado pelo deslocamento do subsolo causado pela extração de sal-gema, um cloreto de sódio que é utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), pela Braskem. A fabricação na região teve início em 1976.

Com o registro de novos tremores, as atividades na Área de Resguardo foram paralisadas. Os sismos sentidos nos últimos dias foram registrados em áreas já desocupadas. Por segurança, a Defesa Civil recomenda que seja evitada a circulação de pessoas e de embarcações na lagoa perto de Mutange.

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“A Defesa Civil de Maceió informa que os últimos sismos ocorridos se intensificaram e houve agravamento do quadro na região já desocupada, próximo ao antigo campo do CSA. Estudos mostram que há risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas”. alertou o órgão.

Em nota, a empresa disse que acompanha, de forma ininterrupta, os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil.

Segundo destacou o Bradesco BBI em breve análise, o colapso da mina poderia levar a mais questões ambientais e à realocação de mais famílias, o que, por sua vez, poderia levar à abertura de mais ações judiciais contra a Braskem e endossar litígios em andamento contra a empresa. “Isto também cria uma advertência para qualquer potencial comprador da participação da Novonor na empresa”, apontou.

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(com Reuters e Estadão Conteúdo)