Brasil avança sete posições em ranking de adoção de criptomoedas e entra no top 10 global

Brasil assume 7º lugar em lista de países com o maior uso de criptos do mundo, segundo estudo da Chainalysis

Paulo Barros

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O Brasil avançou sete posições em um ano e assume a sétima posição no ranking global de adoção de criptomoedas, segundo levantamento da empresa de inteligência em blockchain Chainalysis, divulgado na quinta-feira (20).

Após desbancar os pares latino-americanos Colômbia, Argentina e Venezuela, o país figura na lista de 2022 atrás de apenas de Paquistão (6º), Estados Unidos (5º), Índia (4º), Ucrânia (3º), Filipinas (2º) e Vietnã (1º), que repete a dose de 2021 e se mantém como nação que mais usa criptos no mundo.

Segundo a Chainalysis, no entanto, a região que lidera o crescimento na adoção de criptos globalmente é a América Latina, após registrar o recebimento de US$ 562 bilhões em ativos digitais entre julho de 2021 e junho de 2022, período em que a pesquisa foi realizada.

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O número representa um salto de 40% em relação ao ano anterior. O Brasil liderou o movimento sul-americano, tendo recebido próximo de US$ 150 bilhões em criptos nos 12 meses analisados.

O motivo da adoção, sinaliza a Chainalysis, varia conforme o país. Os brasileiros, por exemplo, foram mais atraídos às moedas digitais pelo desejo de obter lucros rápidos, aproveitando a alta volatilidade da classe de ativos.

Um dos sinais desse comportamento é o crescimento do uso de soluções de finanças descentralizadas (DeFi) – nesse ambiente, conhecido por ser altamente arriscado, é possível obter rendimentos com criptomoedas que podem superar os retornos da renda fixa. Nessa seara, o Brasil só perde para o Chile, que respondeu pelo maior percentual de uso de DeFi na América Latina este ano, próximo de 50%.

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Referindo-se a dados da carteira de criptomoedas MetaMask, a Consensys, empresa do cofundador do Ethereum (ETH), Joseph Lubin, afirmou em julho que o Brasil já era o segundo país que mais usava DeFi no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Na Argentina, o segundo maior país em adoção de criptomoedas na região segundo o ranking da Chainalysis, o principal motor do crescimento é a busca de proteção do patrimônio contra a desvalorização do peso, por meio da compra de stablecoins atreladas ao dólar. Ao contrário do câmbio comum, o governo argentino não impõe limites para a aquisição de criptos atreladas à moeda americana.

No país vizinho, a venda de stablecoins de dólar respondeu por 31% das transações de pequeno volume vindas de usuários de varejo. O Brasil, no entanto, não ficou muito atrás, com 26% das operações de menor montante também ligadas a dólares digitais em forma de criptomoedas.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos