Bolsonaro critica Petrobras após reajuste de combustíveis e diz que “alguma coisa vai acontecer nos próximos dias”

Além da crítica, presidente também anunciou que irá zerar o imposto federal sobre o diesel por dois meses a partir de 1 de março

Equipe InfoMoney

Jair Bolsonaro, presidente da República (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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SÃO PAULO – Após a Petrobras (PETR3; PETR4) anunciar na manhã desta quinta-feira (18) um novo reajuste no preço da gasolina e do diesel, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a companhia, apesar de negar qualquer interferência.

Durante sua live semanal nas redes sociais, ele disse que não irá interferir na estatal, mas disse que “alguma coisa vai acontecer nos próximos dias”, sem deixar claro o que será feito.

Além disso, Bolsonaro informou que o imposto federal sobre o diesel será zerado por dois meses, valendo a partir de 1 de março, até que uma solução definitiva seja encontrada.

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“Por dois meses não haverá qualquer imposto federal sobre o diesel. E por que dois meses? Porque vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar esse imposto no diesel. Até para ajudar a contrabalancear esse aumento excessivo da Petrobras, mas eu não posso interferir nem iria”, disse o presidente.

“Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias. Tem que mudar alguma coisa. Vai acontecer”, completou.

“Se você vai pra cima da Petrobras, ela fala: opa, não é obrigação minha. Ou como disse o presidente da Petrobras outro dia: eu não tenho nada a ver com caminhoneiro, aumento o preço”, disse ainda o presidente reforçando que a companhia tem autonomia para tomar suas decisões.

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Nesta manhã, a Petrobras informou um reajuste para cima em 10% dos preços da gasolina e em 15% do óleo diesel em suas refinarias, que ficarão R$ 0,23 e R$ 0,34 mais caros a partir da sexta-feira (19). Com mais esse reajuste, o litro da gasolina passará a custar R$ 2,48 e o do diesel, R$ 2,58.

Com os novos reajustes, o litro da gasolina nas refinarias acumula variação positiva de 34,78% desde o início do ano, enquanto o diesel subiu 27,72% no mesmo período.

Segundo analistas de mercado, após esse novo reajuste, a companhia praticamente fechará a lacuna de preços frente o mercado internacional.