Bolsas mundiais sobem, em início de semana com dados de indústria e varejo nos EUA, China e Europa; veja os destaques do mercado hoje

Falas de membros do Federal Reserve também são destaque na sessão de segunda-feira (15), assim como a discussão sobre o teto da dívida

Felipe Moreira

(Getty Images)

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Os mercados mundiais amanhecem no campo positivo nesta segunda-feira (15), no início de uma semana que será marcada por dados de produção industrial e vendas no varejo nos EUA, China e zona do euro, enquanto preocupações com o teto da dívida norte-americana segue no radar dos investidores.

Na noite de hoje (15), a China vai divulgar ao menos dois números importantes importantes: a produção industrial de abril (com previsão da Refinitiv de alta de 10,1%, na comparação anual) e as vendas no varejo (que devem apresentar crescimento de 20,1% em relação a um ano antes).

Na zona do euro, a produção industrial de março recuou nesta segunda-feira 1,40% na base anual e 4,10% na mensal. O consenso do mercado previa avanço de 0,9% ante fevereiro e contração de 2,5% em bases anuais.

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Na terça-feira (16), serão divulgadas a produção industrial e as vendas no varejo realizadas em abril nos EUA. Para a indústria, o consenso Refinitiv prevê avanço de 0,7% na comparação com março, mês em que houve retração na atividade industrial. Para o varejo, a previsão é de estabilidade.

Ibovespa hoje: acompanhe o que movimenta Bolsa, Dólar e Juros Ao Vivo

Com agenda de indicadores doméstica esvaziada, a atenção do investidor se volta mais uma vez ao noticiário político. Logo no início da semana, é esperado que o relator do projeto que cria o novo arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA), apresente seu relatório na Câmara.

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No campo corporativo, a Petrobras publicou um comunicado ao mercado, na tarde do último domingo (14), confirmando que está discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina, que serão analisadas pela diretoria executiva no início da semana e que poderão resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços desses combustíveis.

A temporada de balanços do primeiro trimestre caminha para reta final nesta segunda-feira, com a divulgação de resultados trimestrais de Banco do Brasil (BBAS3), BRF (BRFS3), Magazine Luiza (MGLU3) e mais empresas, após o fechamento dos mercados.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de segunda-feira, após duas semanas consecutivas de perdas do Dow Jones e S&P 500. Investidores seguem acompanhando os desdobramentos das negociações em torno do teto da dívida do país, enquanto aguardam por dados da produção industrial e do varejo nesta semana.

O S&P 500 e o Dow caíram 0,3% e 1,1%, respectivamente, na semana passada. O Nasdaq Composite, por sua vez, avançou 0,4%. O índice de mercado mais amplo caiu com o sentimento negativo em torno da economia dos EUA pesando sobre o sentimento do investidor.

Além disso, alguns membros do Federal Reserve (Fed) estão previstos para discursar ao longo do dia.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com alta, mesmo com dois dos três principais índices dos EUA caindo pela segunda semana consecutiva, impulsionados pela preocupação com o teto da dívida dos EUA e dados econômicos decepcionantes.

A moeda da Tailândia se fortaleceu em relação ao dólar enquanto o partido de oposição do país estava a caminho de garantir uma vitória em sua eleição geral , encerrando quase uma década de governo conservador apoiado pelos militares.

O produto interno bruto (PIB) da Tailândia no primeiro trimestre cresceu 2,7% em relação ao ano anterior, superando as expectativas de um aumento de 2,3%.

Já o déficit comercial da Coreia do Sul diminuiu pelo quarto mês consecutivo, para um valor revisado de US$ 2,65 bilhões em abril, mostrou um comunicado de segunda-feira, ligeiramente superior ao valor preliminar de US$ 2,62 bilhões divulgado no início deste mês.

Europa

Os mercados europeus operam com ganhos, com os investidores se concentrando nos resultados das eleições presidenciais da Turquia, enquanto repercutem novas previsões da Comissão Europeia.

A Turquia terá um segundo turno depois que nem o atual presidente Tayyip Erdogan nem seu rival Kemal Kilicdaroglu obtiveram a maioria absoluta.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, elevou suas projeções para a inflação na região e alertou para condições de financiamento mais apertadas.

Nas suas últimas previsões econômicas, a instituição de Bruxelas estimou que a inflação atingirá 5,8% este ano e 2,8% em 2024 para a zona euro. Isso está bem acima da meta do Banco Central Europeu de 2%.

Como resultado, a comissão agora espera que o BCE continue seu ciclo de alta de juros, o que, por sua vez, pode deteriorar as condições de empréstimo em toda a região.

Commodities

Os preços do petróleo opera com leves ganhos, com sentimento otimista sobre um aperto na oferta com cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) e uma retomada nas compras dos EUA para reservas.

As cotações do minério de ferro dispararam na sessão de hoje, com investidores à espera de uma série de dados econômicos da China sobre produção industrial, investimento em ativos fixos e vendas no varejo nesta semana em busca de sinais de melhora na demanda pela commodity.

Bitcoin

2. Agenda

A agenda da semana tem como destaque os dados de atividade econômica no Brasil. Na terça-feira (16) vai ser divulgado a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente ao mês de março. O consenso Refinitiv aponta para um crescimento de 0,6% na comparação com fevereiro e alta anual de 1,1%.

Na quarta-feira (17) é a vez do dado de vendas do varejo, também referente á março. O consenso do mercado prevê uma contração de 0,9% na comparação com fevereiro. O Itaú, por sua vez, projeta avanço de 0,2% no núcleo do índice e de 0,6% no varejo expandido.

Na sexta-feira (19), sai a prévia de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, outro indicador referente ao mês de março. A média das projeções calculada pela Refinitiv prevê retração de 0,3% no índice.

Nos EUA, serão divulgadas a produção industrial e as vendas no varejo realizadas em abril. Para a indústria, o consenso Refinitiv prevê avanço de 0,7% na comparação com março, mês em que houve retração na atividade industrial. Para o varejo, a previsão é de estabilidade.

Dados de atividade também são destaque na agenda de indicadores da Europa e Ásia. Na noite desta segunda-feira (15), a China vai divulgar ao menos dois números importantes importantes: a produção industrial de abril (com previsão da Refinitiv de alta de 10,1%, na comparação anual) e as vendas no varejo (que devem apresentar crescimento de 20,1% em relação a um ano antes).

Na zona do euro, a produção industrial de março também será divulgada nesta segunda, dando o pontapé inicial na agenda semanal de indicadores do bloco econômico. O consenso do mercado prevê avanço de 0,9% ante fevereiro e contração de 2,5% em bases anuais.

Na terça-feira sai a primeira prévia do PIB do bloco no primeiro trimestre de 2023, com estimativa de avanço trimestral de 0,1% e de 1,3% no comparativo anual. Na quarta, é a vez do índice de preços ao consumidor (HICP, na sigla em inglês) do mês de abril – a média das projeções da Refinitiv prevê alta mensal de 0,7% e inflação de 12 meses em 7%.

Brasil

8h25: Boletim Focus

9h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), no Banco Central, em São Paulo, para tratar de assuntos institucionais. (fechado à imprensa)

9h: Presidente Lula se reúne com Fernando Haddad, ministro da Fazenda

10h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com representantes do Safra Asset Management, no Banco Central, em São Paulo, para apresentação, por parte dos audientes, de seu cenário macroeconômico. (fechado à imprensa)

11h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com Christopher da Cunha Bueno Garman, Diretor para as Américas da Eurasia Group, no Banco Central, em São Paulo, para tratar de assuntos institucionais. (fechado à imprensa)

12h30: Roberto Campos Neto, presidente do BC, visita institucional ao Grupo Estado

14h: Haddad tem reunião com presidente do CARF

14h30: Haddad se reúne com secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas

15h: Balança comercial semanal

16h: Haddad tem reunião com ministro da Agricultura

17h: Haddad se reúne com diretor Executivo do FMI

EUA

9h30: Índice de manufatura Empire State

9h45: Discurso do presidente do Fed de St.Louis, Raphael Bostic

10h15: Discurso do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari

11h: Estoques no atacado

13h30: Discurso do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin

3. Noticiário econômico

Petrobras confirma discussão sobre mudança em política de preço para diesel e gasolina

A Petrobras confirmou no último domingo que está discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina, que serão analisadas pela diretoria executiva no início da semana e que poderão resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços desses combustíveis.

No comunicado, a Petrobras afirmou ainda que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis.

Na última sexta-feira (12), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia dito que a companhia iria reavaliar o preço dos combustíveis nesta semana e divulgar informações sobre a sua nova estratégia de preços, conforme mostrou o Estadão/Broadcast.

Temos juro excessivamente alto, que atrapalha retomada da economia, diz Luiz Marinho

O Ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o patamar atual da taxa de juros no Brasil, a qual classificou como excessivamente alto, acaba por atrapalhar a retomada da economia brasileira que, segundo ele, está girando devido à retomada de obras que estavam paradas. Ele defendeu que é preciso ter sensibilidade para questões reais da economia. “Não me parece que é uma economia descontrolada que precisamos ter juros nessa magnitude”, afirmou.

4. Noticiário político

CPI mostrará MST como grande produtor de comida, diz Pimenta

Em visita à 4ª Feira da Reforma Agrária, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta (PT), disse, no último domingo (14), que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta no fim de abril na Câmara dos Deputados para investigar o movimento social, mostrará que o MST é um dos maiores produtores de alimentos do país.

Pimenta afirmou que não tem a preocupação de a oposição utilizar a CPI para atacar o governo. “Eu não tenho essa preocupação, pelo contrário. Eu acho que muita gente não conhece o MST como maior produtor de arroz orgânico da América Latina, o MST como grande produtor de comida, de alimento”, disse em entrevista, no Parque da Água Branca, na capital paulista, onde está sendo realizada a feira.

“A CPI vai ser uma grande oportunidade de o Brasil conhecer o MST. O MST vai sair dessa CPI mais respeitado, maior, tendo mais visibilidade e sendo mais admirado”, acrescentou.

5. Radar Corporativo

Vibra Energia (VBBR3)

A Vibra Energia (VBBR3) teve lucro líquido de R$ 81 milhões no primeiro trimestre, queda de 75,1% ante o mesmo período do ano passado, com o resultado sofrendo influência da redução dos preços de derivados de petróleo, informou a empresa.

O valor ficou abaixo de pesquisa da Refinitiv, que previa resultado de R$ 297,2 milhões.

O indicador de geração de caixa (Ebitda ajustado) ficou em R$ 688 milhões entre janeiro e março, com uma queda de 37%.

Raízen (RAIZ4)

A empresa sucroalcooleira Raízen (RAIZ4) registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,52 bilhões no quarto trimestre do ano-safra 2022/2023, resultado cerca de doze vezes o lucro obtido no mesmo período do ano anterior, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira.

O lucro foi impulsionado por reconhecimento de créditos tributários de PIS e Cofins no montante consolidado de R$ 3,77 bilhões.

PetroRecôncavo (RECV3)

A PetroRecôncavo (RECV3) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2023 (1T23), apresentando um lucro líquido de R$ 199,513 milhões no período, queda de 50% na comparação com igual período do ano anterior (1T22).

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 19% na base de comparação anual, a R$ 334,836 milhões, com margem Ebitda em queda de 12,4 pontos percentuais (p.p.), a 46,6%. Já o Ebitda ajustado pelo hedge foi a R$ 406,304 milhões, também uma queda anual de 19%, enquanto a margem Ebitda ajustada pelo hedge teve baixa de 12 p.p., para 51,4%.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)