Bolsas mundiais operam mistas e PEC dos Precatórios; veja esses e mais assuntos que vão movimentar o mercado hoje

Mercados globais operam mistos em dia de agenda esvaziada; por aqui, seguem as negociações em relação à PEC dos Precatórios

Equipe InfoMoney

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Os mercados globais operam de forma mista, com os índices futuros do Dow Jones e do S&P em alta, mas o Nasdaq em baixa. Na Europa, as bolsas registram ganhos, enquanto na Ásia os mercados fecharam no negativo.

Por aqui, mesmo após sua aprovação, o debate sobre os precatórios segue, já que o texto aprovado pela Câmara foi alterado pelo Senado.

Assim, o Congresso avalia como promulgar os trechos em comum entre as duas Casas legislativas ainda este ano.

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Na agenda econômica, o dia conta apenas com o tradicional Focus (8h25) e a balança comercial semanal (15h), além dos dados de produção de veículos da Anfavea (10h).

No mais, o ministro da Economia Paulo Guedes participa de evento do Tesouro Nacional às 15h.

Tempo Real: Confira análises corporativas e a cobertura instantânea das últimas notícias do mercado

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1. Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos nesta segunda-feira pela manhã, após uma semana de perdas nos mercados em Wall Street, com preocupações com a nova variante do coronavírus, a ômicron, e a movimentação do Federal Reserve para endurecer a política.

Investidores voltam atenções para os preços ao consumidor americano, que devem mostrar o maior avanço anual em décadas, mantendo a pressão sobre o Fed para fornecer um aperto de política mais rápido. No entanto, é pouco provável que essa avaliação mude depois que os empregos nos EUA tiveram o menor ganho neste ano.

Veja as cotações:

Ásia

Já as principais bolsas asiáticas fecharam em queda, com destaque negativo para os papéis de Hong Kong, com investidores avaliando as perspectivas regulatórias para as companhias chinesas de tecnologia, além das apostas na flexibilização da política monetária.

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang sinalizou um corte próximo na quantidade de dinheiro que os bancos devem manter em reserva – o que pode ocorrer ainda em dezembro.

Veja como fecharam os mercados:

Europa

As bolsas europeias sobem nesta segunda-feira enquanto investidores observam variação do ômicron e volatilidade do bitcoin.

Veja o desempenho dos mercados:

Commodities

Os preços do petróleo sobem após a Arábia Saudita aumentar os preços do petróleo produzido no país. Além disso, Opep continuára com ajustes de oferta para o mercado de petróleo.

Veja o desempenho dos mercados:

Bitcoin

O Bitcoin (BTC) abre a semana no vermelho após sell-off no fim de semana que provocou um mergulho de mais de 20% no preço da criptomoeda.

Foi a maior queda desde maio deste ano, quando o Bitcoin caiu quase 27% em um dia, de mais de US$ 43 mil para menos de US$ 32 mil.

2. Covid

Pelo menos 15 estados americanos detectaram a variante do coronavírus ômicron e esse número deve aumentar, disse a diretora do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, Dra. Rochelle Walensky, ao ABC News no domingo, segundo a CNBC.

A variante, descoberta pela primeira vez na África do Sul, tem várias mutações na proteína spike que permite ao vírus entrar no corpo, e algumas dessas mutações podem levar ao aumento da resistência e transmissibilidade dos anticorpos. Os cientistas ainda estão coletando dados sobre o vírus e a eficácia das vacinas Covid-19 atuais.

Enquanto isso, A África do Sul relatou que a variante não está alimentando um aumento nas hospitalizações, e o consultor médico dos EUA Anthony Fauci disse que não parece haver “um grande grau de gravidade” para a mesma, embora tenha alertado que é muito cedo para ter certeza.

O presidente da farmacêutica Moderna disse que há um “risco real” de que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra o Ômicron.

Passaporte da Vacina

No Brasil, o presidente Bolsonaro quer assinar uma MP para determinar que apenas o governo federal pode decidir sobre a obrigatoriedade do passaporte da vacina contra a covid-19.

Hoje em dia, uma lei sancionada em fevereiro de 2020 para o enfrentamento da pandemia autoriza o poder público a adotar medidas para conter o avanço da doença, entre elas a vacinação. O Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu autonomia para Estados e municípios nas medidas sanitárias, mas sem retirar a competência da União para cuidar da saúde dos brasileiros.

Uma MP assinada por Bolsonaro teria o poder de alterar imediatamente essa lei, interferindo na autonomia de Estados e municípios, mas poderia ser rejeitada pelo Congresso.

Números da Covid

No Brasil, a média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 194, queda de 7% em comparação com o patamar de 14 dias antes, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 8.837, o que representa alta de 2% em relação ao patamar de 14 dias antes.

Chegou a 136.666.885 milhões de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 64,06% da população.

159.611.326 pessoas, o que representa 74,82% da população, tomaram ao menos a primeira dose de vacinas.
A dose de reforço foi aplicada em 17.805.457 pessoas, ou 8,35% da população.

3. Radar político

No plano político, todos os olhares estarão voltados para a publicação da PEC dos Precatórios, entretanto o texto continua provocando um impasse nos bastidores entre a Câmara e o Senado.

Mesmo após a aprovação na semana passada, o texto foi alterado e, dessa forma, precisa retornar à Câmara dos Deputados. Assim, a intenção dos congressistas, segundo afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira, é pelo fatiamento do texto, promulgando apenas os pontos comuns aprovados nas Casas.

“Nem mercado, bolsa, dólar, empresários, municípios, credores e muito mais ainda aqueles que precisam do Auxílio Brasil podem esperar uma tramitação de novo de CCJ, de comissão especial e de plenário duas vezes. É muito normal que textos comuns possam ser promulgados”, declarou, logo após aprovação pelo Senado.

Auxílio Brasil

Apesar do Auxílio Brasil de R$ 400, o gasto do governo em 2022 com programas de transferência de renda será R$ 11 bilhões a menos, enquanto 22 milhões de famílias ficarão sem proteção social.

Tanto a medida provisória que cria o Auxílio Brasil quanto a PEC dos Precatórios, que abre espaço fiscal para a nova despesa, foram aprovadas nesta semana no Senado. O governo quer pagar o novo valor do benefício antes do Natal. Ao aprovar o Auxílio, o Senado manteve o dispositivo que garante o pagamento a quem se encaixa nos critérios, mas vinculou a fila à disponibilidade de orçamento.

O Executivo deve encerrar este ano com um gasto de R$ 96,8 bilhões, somando o auxílio emergencial, o programa Bolsa Família e o novo Auxílio Brasil, conforme projeção do consultor de orçamento do Senado Vinicius Amaral.

Com a aprovação da PEC, os recursos para o Auxílio Brasil devem atingir R$ 85,8 bilhões no ano que vem. Na prática, a despesa com o repasse de renda para famílias carentes terá uma queda real de R$ 11 bilhões em relação a 2021, considerando os efeitos da inflação.

Orçamento

Após a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado, o Congresso alterou o cronograma do Orçamento de 2022 para votar a proposta até o dia 17 de dezembro. Com os atrasos até agora, o novo calendário estipula uma tramitação “relâmpago” das principais decisões que determinarão o tamanho e o destino das verbas federais no próximo ano, período de eleições presidenciais.

O relatório geral do Orçamento só deve ser conhecido no dia 16 de dezembro. Ou seja, haverá o intervalo de um dia entre a publicação do parecer e a votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no plenário.

Nos dois últimos anos, a negociação das verbas nos bastidores e as votações a toque de caixa provocaram críticas entre parlamentares e especialistas, mas foram mantidas pela cúpula do Congresso. O calendário anterior marcava a publicação do relatório geral para 6 de dezembro, com votação na comissão dia 9 e no plenário dia 20.

Na última sexta-feira (3), o relator do Orçamento no Congresso, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), apresentou o parecer preliminar da proposta, com as reservas para as emendas parlamentares, mas sem considerar os efeitos da PEC dos Precatórios. A promulgação da PEC provoca um impasse entre Câmara e Senado e só deve ser decidida nesta segunda-feira (6).

IR

O relator da reforma do Imposto de Renda no Senado, Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou na sexta-feira que a proposta será arquivada e que um novo texto será criado para votação na Casa. Coronel criticou a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados e disse que uma matéria como essa não poderia ter sido apreciada sem discussão ampla com os setores que mais pagam impostos.

Aprovado em setembro na Câmara, o texto, de autoria do governo, foi classificado por Coronel como “talvez dos mais horríveis que já tramitaram”. “Esse projeto não será somente arquivado, ele tem de ser extinto. E que nasça um novo projeto, com mais base, mais conteúdo, mais debatido, que não sei se vai agradar 100% dos brasileiros, mas pelo menos que a grande maioria abrace”, afirmou o senador.

4. Radar Econômico

O destaque da semana no Brasil vai para o Copom, que se reunirá novamente na próxima terça e quarta-feira para decidir os rumos da política monetária.

O Itaú BBA antecipa que as projeções do comitê para a inflação no cenário básico (que considera a taxa de câmbio pela paridade do poder de compra e a taxa de juros da pesquisa Focus) subam de 10,0% para 9,5% em 2021 e para 4,6% de 4,1% em 2022, enquanto recuou para 3,0% de 3,1% em 2023.

Dessa forma, o banco espera que o Copom eleve a taxa Selic em 1,50 ponto percentual em sua próxima reunião, para 9,25% a.a. Na avaliação do banco, as pressões inflacionárias seguem intensas e generalizadas, impactando as expectativas de inflação e as projeções do próprio Banco Central.

O Itaú BBA acredita que manter o ritmo de 150 pb e levar a taxa Selic a um patamar significativamente contracionista ajudará no processo de desinflação, ainda que esses movimentos não sejam suficientes para garantir a convergência da inflação para a meta em 2022.

Moeda virtual

Após o sucesso do Pix, o BC quer ampliar as formas de pagamento no País com o real digital, ou a versão virtual da moeda brasileira. A instituição lançou na semana passada um laboratório para avaliar possibilidades de uso e a capacidade de execução de projetos com o real digital e prevê começar testes com grupos específicos até o fim de 2022.

O real digital também tende a facilitar e baratear empréstimos personalizados, bem como pode favorecer a integração com sistemas de pagamentos internacionais, permitindo que se faça uma compra em outro país com conversão imediata.

Os testes, contudo, tendem a durar um bom tempo, e a moeda virtual deve demorar muito mais que o Pix para chegar ao consumidor final. O BC vai precisar criar um novo ambiente financeiro para colocá-la de pé, com todas as garantias de segurança e proteção de dados dos consumidores.

A tecnologia a ser utilizada ainda não foi definida, mas o blockchain, que é usado nas criptomoedas, é o caminho mais provável. No entanto, diferentemente de outros criptoativos, o real digital estará sob o controle do BC.

Energia Elétrica

A projeção para 2022 ainda é de aumento nas tarifas, mas a decisão do governo de limitar o uso de termoelétricas e a importação de energia de países vizinhos pode evitar um impacto maior nos bolsos dos brasileiros e mais pressão na inflação.

A medida vem atrelada às previsões positivas de chuvas nos próximos meses. Contudo, a situação ainda requer cautela, já que não é possível indicar qual será o cenário dos reservatórios no ano que vem.

A necessidade de usar todas as térmicas fez o preço da energia disparar nos últimos meses. A preferência agora, de acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, é acionar “das mais baratas para as mais caras”.

Na prática, a priorização destas usinas, por meio da limitação da geração de térmicas e importação de energia a 15 mil megawatts médios, estabelecida desde quarta-feira, 1º, pode reduzir os encargos pagos por todos os consumidores, inclusive as grandes indústrias.

5. Radar Corporativo

Petrobras (PETR3;PETR4)

O presidente Jair Bolsonaro disse que a estatal vai anunciar redução dos preços de combustíveis. Ele não deu detalhes sobre o porcentual de redução, mas declarou que a queda deve seguir por algumas semanas.

Pressionado por prefeitos e congressistas, Bolsonaro tem feito críticas ao aumento nos combustíveis e apontado responsabilidade de governadores, em função da cobrança do ICMS, imposto arrecadado por Estados.

Em algumas ocasiões, o presidente chegou a criticar a política de preços da Petrobras e falou que a empresa “só dá dor de cabeça”.

Eletrobras (ELET3; ELET6)

A Eletrobras realizou pagamento de R$ 310,5 milhões a El Paso para encerrar ações judiciais referentes à disputa envolvendo contrato de compra e venda de energia no qual a Eletrobras foi garantidora.

Além disso, o TCU vai deliberar sobre a privatização da estatal em sua última sessão do ano, na próxima quarta-feira (8).

Leia Também: Proventos de RD, Jalles Machado, MRS (MRSA3B) e mais destaques corporativos.

Tim (TIMS3)

A Telecom Italia, controladora da Tim, está perto de escolher consultores financeiros para lhe dar suporte em uma proposta de compra do grupo de private equity KKR e pode até atribuir mandatos neste fim de semana, disseram fontes à Reuters.

Um comitê especial organizado para avaliar a oferta do KKR, de 33 bilhões de euros, se reuniu na sexta-feira e o fará novamente ao longo do fim de semana.

Embraer (EMBR3)

A Embraer (EMBR3), por meio de sua subsidiária Eve Urban Air Mobility Solutions, firmou acordo com a Nautilus Aviation para venda de 10 eVOTLS. O início da operação das aeronaves está previsto para 2026.

(Com Estadão Conteúdo, Reuters, Bloomberg e Agência Brasil)

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