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Bolsas mundiais caem antes da ata do Fomc; dados de serviços da China e do Brasil e mais destaques do mercado hoje

Na frente de dados, investidores globais repercutem a desaceleração da atividade do setor de serviços da China em junho.

Por  Felipe Moreira -

Os mercados asiáticos fecharam com baixa, mesma direção de operação das bolsas da Europa e índices futuros dos EUA nesta quarta-feira (5), na volta do feriado da Independência, com investidores à espera da divulgação ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), que pausou o ciclo de alta de juros, às 15h (horário de Brasília). O documento deve trazer pistas importantes sobre os rumos das taxas de juros no País.

Os mercados estão precificando atualmente uma probabilidade de 89,9% de um aumento de 25 pontos-base nas taxas de juros em julho, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

O presidente do Fed de Nova York, John Williams, deve falar às 17h, na Reunião Anual da Central Bank Research Association (CEBRA) na cidade de Nova York.

Na frente de dados, investidores globais repercutem a desaceleração da atividade do setor de serviços da China em junho.

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Por aqui, dificuldades políticas ameaçam frustrar as expectativas de que a Câmara teria uma semana com grandes avanços na agenda econômica. Parlamentares já admitem que a votação da reforma tributária pode ficar para agosto, contrariando a vontade de Arthur Lira, presidente da Câmara.

Em indicadores, sai o Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de junho.

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1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Na volta do feriado da Independência, os índices futuros Nova York abriram com baixa, com as expectativas voltadas para divulgação da ata da última reunião do Fomc.

Agentes do mercado acreditam que a minuta do Fomc pode fornecer pistas sobre o ritmo de aperto monetário do Fed.

Na frente de dados, os traders estão atentos aos dados de pedidos de fábrica de maio na quarta-feira, após a abertura do mercado. Economistas consultados pela Dow Jones estão antecipando um aumento de 0,6%, o que seria maior do que o aumento de 0,4% no mês anterior.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), -0,27%
  • S&P 500 Futuro (EUA), -0,29%
  • Nasdaq Futuro (EUA), -0,47% 

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa generalizada, em grande parte à medida que investidores digeriram a divulgação de pesquisas privadas sobre a atividade de serviços da região.

A atividade de serviços no Japão e na China permaneceu em território de expansão no mês, enquanto o ritmo de crescimento desacelerou.

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da Caixin de junho ficou em 53,9, uma taxa de expansão mais lenta do que os 57,1 registrados em maio.

No Japão, o PMI de serviços do Jibun Bank caiu de um recorde de 55,9 em maio para 54 em junho.

  • Shanghai SE (China), -0,69%
  • Nikkei (Japão), -0,25%
  • Hang Seng Index (Hong Kong), -1,57%
  • Kospi (Coreia do Sul), -0,55% 
  • ASX 200 (Austrália), -0,35%

Europa

Os mercados europeus abriram em baixa nesta quarta-feira, com investidores avaliando o mais recente sinal de que a recuperação econômica da China está vacilando.

O sentimento de negócios futuros entre os fabricantes automotivos alemães caiu acentuadamente em junho, de acordo com uma pesquisa do Instituto ifo.

Enquanto uma pontuação avaliando sua situação atual subiu de 28,4 pontos para 37,5 pontos, as expectativas caíram de menos 10,3 pontos para menos 56,9 pontos. A quinta queda consecutiva leva as expectativas ao nível mais baixo desde a crise financeira global de 2008.

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  • FTSE 100 (Reino Unido), -0,44%
  • DAX (Alemanha), -0,45%
  • CAC 40 (França), -0,49%
  • FTSE MIB (Itália), -0,15% 
  • STOXX 600, -0,44%

Commodities

As cotações do petróleo tipo Brent operam com baixa, revertendo parte dos ganhos do dia anterior, já que os temores de uma desaceleração econômica global prejudicando a demanda por combustível superaram as expectativas de oferta mais apertada devido aos cortes de produção anunciados pelos principais exportadores Arábia Saudita e Rússia para agosto.

Os preços do minério de ferro na China subiram na sessão de hoje, apesar da preocupação de traders com a demanda pela commodity, já que a principal cidade produtora de aço da China, Tangshan, ordenou um corte na produção para julho em meio à deterioração da qualidade do ar.

  • Petróleo WTI, +1,45%, a US$ 70,80 o barril
  • Petróleo Brent, -0,70%, a US$ 75,72 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,73%, a 828,00 iuanes, o equivalente a US$ 114,32 

Bitcoin

  • Bitcoin, +0,15% a US$ 30.771,73 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

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A agenda desta quarta-feira é marcada pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), que pausou o ciclo de alta de juros, vai ser divulgada na quarta-feira. O documento deve trazer detalhes sobre a percepção do colegiado a respeito dos núcleos de inflação.

Brasil

8h: Antecedente de emprego junho

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9h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, tem reunião com Wilson Lima – Governador do Estado do Amazonas

10h: PMI de serviços de junho

10h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se reúne com Isaac Sidney – Presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

14h30: Fluxo cambial semanal

EUA

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9h30: Encomendas à indústria de maio

15h: Ata do Fomc

3. Noticiário econômico

Senado aprova novos diretores do Banco Central

O plenário do Senado aprovou na última desta terça as indicações de Gabriel Galípolo e de Ailton Aquino para diretorias do Banco Central (BC). Futuro diretor de Política Monetária, Galípolo teve 39 votos a favor e 12 contra. Indicado para a Diretoria de Fiscalização, Aquino recebeu 42 votos a favor e 10 contrários. Nas duas votações houve uma abstenção.

Os nomes tinham sido aprovados mais cedo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que sabatinou os dois indicados. Galípolo e Aquino são os primeiros diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os dois novos diretores, os primeiros a serem indicados pelo atual governo, participarão da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na primeira semana de agosto.

4. Noticiário político

Reforma tributária pode ser adiada 

Com o tempo curto para resolver as pontas soltas da reforma tributária, parlamentares já admitem que a votação pode ficar para agosto, contrariando a vontade de Arthur Lira, que trabalha pela apreciação nesta semana.

O momento em Brasília é de negociações intensas sobre o conteúdo da proposta. Após a entrega do relatório, várias lideranças da Câmara e do Senado viajaram para o exterior, e o sentimento dos parlamentares agora é o de que governo e comando da Câmara querem aprovar o texto a qualquer custo, o que exigiria atenção sobre o conteúdo para se blindar de eventuais perdas.

Nesse contexto, o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), já admitiu fazer alterações para atender os governadores, com quem se reuniu na noite de terça-feira (4). Existe, portanto, a intenção de votar o texto ainda nesta semana, antes do recesso do Legislativo.

5. Radar Corporativo

Usiminas (USIM5)

A Usiminas (USIM5) aprovou a eleição de Marcelo Chara como Diretor Presidente da siderúrgica em substituição de Alberto Akikazu Ono, para completar o mandato até a Assembleia Geral Ordinária da Companhia de 2024.

O Conselho de Administração também aprovou a nomeação dos Srs. Alberto Akikazu Ono, Ronald Seckelmann e Pedro Henrique Gomes Teixeira para os cargos de membros efetivos do Conselho de Administração e dos suplentes Cynthia Inés Graf Caride e Diego Eduardo García.

PRIO (PRIO3)

A produção diária da PRIO (PRIO3) atingiu 91.094 barris de óleo equivalente no segundo trimestre de 2023 (2T23), um crescimento de 49,2% frente ao primeiro trimestre de 2023.

As vendas de óleo totalizaram 7,1 milhões de barris de óleo equivalente no 2T23, um recuo de 2% em relação ao 1T23.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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