Bolsas da Europa fecham em queda de 1%, de olho em guerra e em juros altos por mais tempo

Os investidores também acompanharam na sessão desta sexta as declarações do presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker

Estadão Conteúdo

(Getty Images)

Publicidade

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, 20, espelhando o movimento dos mercados acionários de Nova York e da Ásia. O clima é de incerteza global, tendo em vista a guerra no Oriente Médio e a consolidada perspectiva de que os juros dos Estados Unidos poderão continuar em níveis restritivos por mais tempo.

“Os mercados europeus continuaram parecendo fracos, terminando uma semana negativa em grande desvantagem, com o DAX índice da bolsa alemã caindo para os níveis mais baixos desde março, à medida que crescem as preocupações de que a guerra entre Israel e o Hamas se transforme num conflito mais amplo”, escreveu o analista da CMC Markets Michael Hewson.

Da quinta para a sexta-feira, as notícias de que bases norte-americanas no Oriente Médio foram atingidas fizeram crescer temores de um envolvimento ainda maior dos EUA no conflito, segundo Hewson.

Continua depois da publicidade

Os investidores também acompanharam na sessão desta sexta as declarações do presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, que alertou que os juros deverão permanecer altos por mais algum tempo.

O cenário favorável a ativos mais seguros, como o ouro, acabou beneficiando indiretamente as ações de mineradoras que trabalham com o metal, a exemplo da britânica Endeavour Mining (+4,39%), que teve o melhor desempenho do índice FTSE 100.

Enquanto isso, papéis ligados ao consumo amargavam perdas depois do dado pior do que esperado de vendas no varejo do Reino Unido. B&M European Value Retail recuou 2,85%. Assim, o FTSE 100 fechou com queda de 1,30%, aos 7.402,14 pontos.

Continua depois da publicidade

Entre as empresas que divulgaram resultados trimestrais, a francesa de cosméticos L’Oréal perdeu 1,54%, depois de informar recuperação mais fraca do que se esperava na China, a despeito da alta nas vendas. Já a gigante de mídia Vivendi agradou, e avançou 2,88%. Em Paris, o CAC 40 perdeu 1,52%, aos 6.816,22 pontos.

Em Frankfurt, o DAX fechou com perda de 1,64%, aos 14.798,47 pontos; em Milão, o FTSE MIB cedeu 1,40%, aos 27.357,00 pontos; em Madri, o Ibex 35 recuou 1,21%, aos 9.036,00 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 caiu 1,18%, aos 6.039,46 pontos. As cotações são preliminares.

*Com informações da Dow Jones Newswires