BM&FBovespa sobe 4%, Petrobras cai 3% com petróleo e Tereos dispara 15%

Confira os principais destaques de ações do pregão desta quarta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Na última hora de prgão, o Ibovespa perdeu força e acabou encerrando esta quarta-feira (9) com leves perdas de 0,23%, aos 46.665 pontos, seguindo o movimento de virada visto no exterior. As perdas do dia ocorrem após um início de pregão positivo por conta das expectativas por estímulos na China, em meio às falas do premiê do país Li Keqiang.

No Ibovespa, destaque positivo para Sabesp e BM&FBovespa, que se mantiveram entre as maiores altas do dia durante toda a sessão. Enquanto isso, Vale e as siderúrgicas tiveram um dia positivo. Por outro lado, a Petrobras caiu forte e ajudou a pressionar o índice.

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Vale e siderúrgicas
As ações da Vale e de siderúrgicas reduziram os ganhos na sessão desta quarta-feira. As aações de siderúrgicas, que chegaram a ser as maiores altas do pregão, fecharam entre perdas e ganhos: Gerdau (GGBR4, R$ 6,24, -0,48%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 3,67, -0,81%), Usiminas (USIM5, R$ 3,76, +0,80%) e Vale  (VALE3, R$ 19,06, +0,69%; VALE5, R$ 15,36, 0,00%). Na opinião de Ari Santos, trader da H. Commcor, o movimento de perda de força se deve a uma realização depois das fortes altas dos últimos pregões.  

Petrobras (PETR3, R$ 9,68, -3,68%; PETR4, R$ 8,39, -2,89%) 
As ações da Petrobras também passaram a ter uma expressiva queda, em meio à baixa mais forte dos preços de petróleo. O brent registra queda de 3,70%, a US$ 47,69 o barril. 


No radar da empresa, está o possível aumento da Cide, o imposto de combustíveis. Além disso, de acordo com informações da colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Sonia Racy, a Petrobras enviou 23 cartas às companhias citadas na Operação Lava Jato pedindo para que colaborem para a reavaliação dos riscos identificados e digam se houve punição interna dos envolvidos.

Assim, há sinais de possível recredenciamento das empresas suspensas pela estatal. Ao todo são 59 perguntas divididas em seis temas, para se avaliar envolvimento em outras irregularidades e quais medidas foram tomadas.

BM&FBovespa (BVMF3, R$ 10,63, +3,81%)
As ações da BM&FBovespa subiram forte. A bolsa informou nesta quarta-feira que vendeu 20% das ações que detinha no CME Group, ou 1% do total de ações da empresa. A operação rendeu lucro estimado de R$ 450 milhões, segundo comunicado divulgado nesta manhã. 

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Bancos
Em meio ao bom humor internacional, o dia é de alta para os bancos brasileiros, com destaque para o Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 27,01, +1,12%), Bradesco (BBDC3, R$ 24,94, +0,48%; BBDC4, R$ 23,15, +1,18%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,15, +0,29%).

Enquanto isso, as units do Santander Brasil (SANB11) subiram 0,07%, a R$ 14,35. Após muitos rumores desde a noite de ontem, foi confirmado que Sérgio Rial assumirá a presidência da subsidiária brasileira do banco a partir de janeiro. De acordo com o Santander, a mudança, aprovada nesta manhã pelo Conselho, marca o início de um novo e planejado ciclo no Banco.

O atual presidente, Jesús Zabalza, ficará na presidência executiva do Santander Brasil até 31 de dezembro de 2015 e, a partir dessa data, estará, como vice-presidente, à frente do Conselho de Administração. Essa mudança concretiza a política do Grupo Santander de ter um presidente brasileiro no comando das operações locais.

JBS (JBSS3, R$ 16,07, +0,44%) 
Após subir mais de 4% no início da sessão, a JBS diminuiu fortemente os ganhos. Em destaque, está a notícia da coluna Radar Online, da Veja, de a CPI do BNDES não vai investigar a companhia. A comissão não vai investigar os empréstimos do banco para o grupo J&F, dono da JBS/ Friboi, Eldorado Celulose, Vigor, Banco Original, de acordo com o colunista Lauro Jardim. 

Lojas Renner (LREN3, R$ 92,30, +0,33%)
As ações da Lojas Renner amenizaram após chegarem a subir 5% mais cedo. No radar da empresa, está a elevação da recomendação da companhia de manutenção para compra pelo HSBC.

Gol (GOLL4, R$ 4,52, -4,44%)
O dia é de volatilidade para as ações da Gol, que passaram de alta de 3% para queda de 3% na primeira hora do pregão, viraram novamente para alta e fecharam no negativo. 
A companhia aérea teve a sua recomendação rebaixada de overweight para underweight pelo JPMorgan. Ao mesmo tempo, o dia é de queda para a divisa americana, de 0,50%, a R$ 3,806 na venda, o que beneficia a companhia aérea já que sua dívida é atrelada ao dólar.

Tereos (TERI3, R$ 0,44, +15,79%)
Em meio aos rumores de que o governo pode elevar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que incide sobre os combustíveis, as ações das empresas do setor sucroalcooleiro registraram alta expressiva na Bolsa. Em destaque, estão as ações da Tereos que, em quatro sessões, acumulam ganhos de 91,66%. Contudo, vale ressaltar o baixo valor de face dos ativos, qualquer variação do papel leva a grandes variações percentuais. 

Papel e celulose
Enquanto isso, as ações do setor de papel e celulose, que se beneficiam de um cenário de dólar mais alto e se beneficiaram com a valorização da divisa americana por terem receita atrelada a ela, registraram baixas nesta sessão. As ações da Fibria (FIBR3, R$ 53,40, -5,18%) e da Suzano (SUZB5, R$ 18,83, -2,99%) fecharam em queda.

Concessionárias
As ações das concessionárias seguem a queda da véspera, mas em menor intensidade. Ontem, os papéis da CCR (CCRO3) caíram 6,76% e hoje tiveram baixa de 1,15%, a R$ 12,95, após a  Justiça cancelar um aditivo no contrato com a Autoban, que causaria o vencimento antecipado da concessão de 2026 para 2018, por conta de R$ 2 bilhões em benefício econômico indevido, segundo auditoria, que serviria para imputar ganhos de R$ 600 milhões só na Anhanguera-Bandeirantes. O pedido de anulação foi feito pelo governo Geraldo Alckmin e pela Artesp, a agência estadual responsável pelas rodovias.

Na esteira, as ações da Ecorodovias (ECOR3) tiveram nova baixa, de 5,05%, a R$ 6,02. 

 Veja mais: Alckmin “pede” AutoBan, CCR despenca, mas analistas minimizam: o que fazer com a ação?

Cemig (CMIG4, R$ 7,14, +1,28%)
Após duas quedas, a Cemig voltou a subir na Bovespa. No radar da companhia, a estatal mineira de energia está em busca de um novo sócio na holding de energia Light, que controla uma distribuidora de eletricidade responsável pelo fornecimento no Rio de Janeiro e tem ativos em geração, disse o diretor de relações institucionais da Cemig, Luiz Fernando Rolla.

A Cemig possui 26% da Light, além de uma participação indireta por meio da Parati, um veículo de investimento que tem como sócia a Redentor Energia, que comunicou na semana passada que vai exercer uma opção de venda de sua fatia na elétrica. Pelas regras do acordo assinado entre as empresas, a Cemig deve comprar a parcela da Redentor ou encontrar outro interessado na aquisição.

O complexo arranjo por trás da participação da Cemig na Light por meio da Parati tem como objetivo possibilitar que a holding mineira controle a empresa sem que esta se torne também uma estatal, e a Cemig já busca interessados na parcela da Redentor para manter esse formato, explicou à Reuters o diretor da Cemig, em entrevista na tarde de terça-feira.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.