Bitcoin: Tesla compra US$ 1,5 bilhão e criptomoeda dispara 15%, chegando a US$ 44 mil

Montadora de Elon Musk disse ainda que passará a aceitar a criptomoeda para compras de seus veículos

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Bitcoin voltou a disparar nesta segunda-feira (8) e renovou sua máxima histórica, mais uma vez em um movimento relacionado com atitudes de Elon Musk, mais especificamente de sua empresa, a Tesla.

A fabricante de carros elétricos informou que fez um aporte de US$ 1,5 bilhão na criptomoeda, segundo documento protocolado na Securities and Exchange Commission (SEC), a reguladora do mercado dos Estados Unidos.

A companhia disse que comprou Bitcoin para “ter mais flexibilidade para diversificar ainda mais e maximizar os retornos sobre nosso caixa”. Além disso, a Tesla afirmou que começará a aceitar pagamentos na criptomoeda, “sujeitos às leis aplicáveis e inicialmente de forma limitada”.

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O aporte no Bitcoin servirá para a empresa conseguir ter uma boa liquidez no ativo para ter mais controle de seu investimento quando começar a receber pagamentos desse tipo.

Com a notícia, a maior criptomoeda do mundo passou a disparar hoje e às 13h20 (horário de Brasília), registrava ganhos de 15,5% no acumulado de 24h, cotada a US$ 43.688, após chegar a superar os US$ 44 mil mais cedo e renovar sua máxima histórica.

No Brasil, a valorização do Bitcoin era de 15,4% no mesmo horário, cotado a R$ 232.560.

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Segundo Vinicius Frias, CEO do Alterbank, a alta de hoje ajuda no movimento que já ocorre desde o ano passado, com diversos investidores institucionais passando a comprar bitcoins, como a MicroStrategy e o fundo Grayscale. “O impacto [da entrada da Tesla] é gigante, sendo um ‘selo’ de validação muito importante para o mercado”, afirma.

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Já Ricardo Dantas, CO-CEO da exchange Foxbit reforça que a tendência de longo prazo do Bitcoin é de alta. “A entrada do Elon Musk mostra que os grandes investidores realmente estão acreditando no futuro da criptomoeda, e estão preocupados com a inflação e a dominância do dólar no longo prazo, vendo a concretização do Bitcoin como reserva de valor”, diz.

O anúncio da Tesla representa um investimento de uma porcentagem significativa de seu dinheiro. A empresa tinha mais de US$ 19 bilhões em dinheiro e equivalentes em caixa no final de 2020, segundo os documentos mais recentes protocolados na SEC.

Além disso, o movimento da montadora levantou novamente um debate sobre o comportamento de Elon Musk no Twitter, que sempre que comenta algo leva a grandes movimento no mercado.

Nas últimas semanas, o CEO da companhia foi creditado por aumentar os preços tanto do Bitcoin quanto de da criptomoeda Dogecoin, postando mensagens positivas que encorajaram mais pessoas a comprar esses ativos.

Duas semanas atrás, o bilionário adicionou a hashtag #bitcoin à sua biografia do Twitter, em um movimento que ajudou a elevar brevemente o preço da criptomoeda em até 20%. Dois dias depois, ele disse na rede social Clubhouse que “neste momento, acho que o Bitcoin é uma coisa boa e sou um defensor do Bitcoin”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.