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SÃO PAULO – Após esboçar uma correção nos últimos dias, o Bitcoin voltou a ganhar força, estendo o rali de 2020 após registrar o melhor janeiro em sete anos ao subir 30%. No fim da manhã desta quarta-feira (12), a principal criptomoeda registrava alta de 4,2% no acumulado de 24 horas, a US$ 10.342.
Com esta nova arrancada, o Bitcoin bateu sua máxima em 2020, chegando ao seu maior valor desde o início de setembro do ano passado. Agora, a valorização acumulada da moeda digital este ano é de 44%.
O movimento positivo desta quarta também é visto em praticamente todo o mercado cripto. Chama atenção hoje o salto de 14% do Ethereum, que chega a US$ 255, enquanto o Ripple avança 9,5%, para US$ 0,298959. No top 20 dos tokens de maior valor de mercado, a Tezos tem o melhor desempenho, disparando 22%, cotada a US$ 3,29.
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A valorização segue o cenário que já é visto desde o fim do ano passado, puxado principalmente por uma visão dos investidores de comprar Bitcoin como forma de se proteger da instabilidade do mercado em meio aos casos do coronavírus.
Em 2019, a criptomoeda registrou alta em momentos de tensão nos mercados, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e também o caso dos ataques de míssil envolvendo americanos e iranianos.
Especialistas já vêm apontando o crescimento do Bitcoin como “ouro digital”, ou seja, um ativo de proteção, há alguns meses. Além disso, é importante destacar que há uma expectativa de arrancada dos preços do ativo digital em maio, quando ocorre o “halving”, evento de corte pela metade na recompensa dos mineradores, o que leva a uma redução da oferta de bitcoins e pressiona o valor para cima.
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Porém, a alta das últimas 24 horas pode ter sido impulsionada pelos comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano ontem, em que ele reconheceu o potencial das criptomoedas.
Em seu discurso, o chairman afirmou que a cripto Libra, do Facebook, foi um alerta de que uma moeda digital pode surgir “rapidamente” e de uma maneira “bastante difundida e sistemicamente importante”. Por outro lado, ele ressaltou que muitas questões ainda precisam ser respondidas sobre o mercado de criptoativos nos EUA.
O projeto da Libra perdeu bastante força nos últimos meses, com a saída de diversas empresas parceiras, diante da forte resistência de políticos e reguladores americanos. Os principais questionamentos tratam do nível de envolvimento do Facebook sobre a criptomoeda e como isso pode ser prejudicial para o usuário.
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