Bitcoin dispara e supera os US$ 42 mil com indicadores mostrando reaquecimento do mercado

O movimento também é positivo para a maioria das principais criptomoedas, com Ethereum, Polkadot e Solana subindo forte também

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Bitcoin volta a ganhar força nesta sexta-feira (6), em um dia positivo para o mercado de criptomoedas como um todo, chegando a superar por um momento a marca de US$ 43 mil, o que não ocorre há quase 3 meses.

Em uma semana de altos e baixos, a maior moeda digital do mundo chegou a bater na marca de US$ 37 mil na quinta, mas então iniciou uma forte recuperação, se fixando acima dos US$ 40 durante a noite e toda a madrugada, até que ganhou força no fim desta manhã.

Às 14h (horário de Brasília), o Bitcoin registrava alta de cerca de 7% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 42.364, chegando a bater em US$ 43.053 em sua máxima do dia, o maior valor desde 18 de maio, quando estava em uma onda de forte queda após bater sua máxima histórica de US$ 64 mil em abril.

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Em reais, a criptomoeda tinha valorização de 9,6% no mesmo horário, a R$ 223.099.

O movimento também é positivo para a maioria dos principais ativos digitais do mercado, como o Ethereum, que sobe 3%, para US$ 2.856, estendendo os ganhos dos últimos dias após passar por uma importante atualização de sua rede, com o chamado hard fork London (veja mais clicando aqui).

Entre as maiores altas, atenção também para a Polkadot, com ganhos de 6,8%, a US$ 20,32, além da Solana, que sobe 8,5%, para US$ 39,51. Ontem, junto com o BRZ, a Solana Foundation lançou um fundo de US$ 20 milhões (cerca de R$ 100 milhões) para financiar projetos de criptomoedas no Brasil.

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O noticiário recente tem se mostrado bastante positivo para o mercado como um todo, após os sustos causados pela repressão chinesa contra mineradores e empresas ligadas à negociação de criptos, falas de autoridades monetárias ao redor do mundo e mensagens do CEO da Tesla, Elon Musk.

Recentemente, o hash rate, que mede a energia computacional usada na mineração de bitcoins, voltou a aumentar após desabar entre maio e junho, indicando que os mineradores expulsos da China já começaram a se realocar em outras regiões, ajudando a acalmar os temores de alguns investidores.

Ainda que não tenham impacto direto nas cotações neste momento, algumas iniciativas corporativas também ajudam a animar o mercado, como a recente notícia de que a Amazon está abrindo uma vaga de trabalho voltada para o mercado de criptoativos.

Outros dados técnicos também ajudam a entender o otimismo neste momento. Fernanda Guardian, especialista em criptomoedas da Levante Ideias de Investimentos, afirma, por exemplo, que o mercado ganhou profundidade.

“O número total de contratos de derivativos em aberto, como opções e futuros, calculados pelo indicador Open Interest Bitcoin Futures vem aumentando nos últimos 30 dias. Isso revela que o mercado está se reaquecendo e que os volumes de negociação estão aumentando”, destaca ela ressaltando que indicador inclui todos os contratos de compra e de venda que não foram liquidados.

Segundo ela, além do crescimento do volume de negociação, outro indicador que comprova o reaquecimento do mercado é o Number of Active Entities, que se refere ao número de endereços ativos na rede como remetente ou destinatário, e inclui apenas transações bem-sucedidas.

Em 31 de julho, ele atingiu os mesmos valores de janeiro de 2021, o que pode ser um indicativo de que há novos participantes no mercado e que os participantes existentes estão fazendo mais negócios e assumindo mais posições. “O mercado parece estar se recuperando das quedas e das notícias pessimistas durante os meses de maio e junho”, diz Fernanda.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.