Binance nega acusações de que teria se tornado hub de lavagem de dinheiro

Exchange contratou investigadores da Receita Federal dos EUA nos últimos três anos para melhorar mecanismos de combate a fraudes

CoinDesk

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A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume, contestou as acusações de que tenha atuado como veículo para a lavagem de pelo menos US$ 2,35 bilhões em dinheiro de origem ilícita.

Uma reportagem da Reuters publicada ontem afirmou que a Binance se tornou um “hub para hackers, fraudadores e traficantes de drogas” com fortes ligações com o site russo de compra e venda na dark web chamado Hydra.

“O que acho muito distorcido nesta reportagem é que [esconde o fato de que] todas as exchanges têm exposição aos mercados da dark net”, afirmou ao CoinDesk Matthew Price, diretor sênior de investigações da Binance, e que atuou como principal investigador da Hydra quando trabalhou na Internal Revenue Service (IRS), órgão dos Estados Unidos equivalente à Receita Federal do Brasil.

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Tigran Gambaryan, chefe global de inteligência da Binance, que também trabalhou na unidade de crimes cibernéticos do IRS, acrescentou que a reportagem “desconsidera completamente os fatos para transmitir uma agenda”.

“A maior parte dessa história é completamente ignorada. Você não pode controlar os depósitos, só pode controlar o que pode fazer depois.” acrescentou Gambaryan.

Price e Gambaryan disseram que a Binance tem um processo rigoroso que lida com a exposição a fraudes, mercados da dark net e golpes usando software de análise de blockchain fornecido pelas empresas Chainalysis e Elliptic.

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“Existe um sistema em vigor. Temos pontuação de risco para tudo o que você pode imaginar. Temos tudo marcado internamente com base em nossas ferramentas, então podemos fazer o monitoramento pós-transação com a Chainalysis”, observou Gambaryan.

A Binance publicou 50 páginas de trocas de e-mail entre sua equipe de inteligência e a Reuters, nas quais comenta a recuperação de US$ 5,8 milhões do hack da blockchain Ronin, que ocorreu em março, bem como sua assistência em vários casos de fraude.

Na visão da Binance, a troca de e-mails reitera que o repórter confundia exposição “indireta” aos mercados da dark net com a “exposição direta”.

Dados da Chainalysis revelam que 0,15% de todas as transações de criptomoedas em 2021 foram associadas a atividades ilícitas, enquanto a ONU estima que entre 2% e 5% das moedas fiduciárias estão ligadas a alguma forma de atividade criminosa.

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