Bloomberg — Os negócios do bilionário francês Bernard Arnault com um empresário russo estão sendo investigados por possível lavagem de dinheiro, de acordo com a promotoria pública de Paris na última sexta-feira (29).
A investigação envolvendo Arnault e Nikolai Sarkisov diz respeito a transações relacionadas a propriedades no exclusivo resort de esqui de Courchevel, segundo o jornal francês Le Monde.
O jornal francês relatou que Sarkisov comprou uma série de propriedades em Courchevel em 2018 por meio de empresas intermediárias, mas o comprador final acabou sendo Arnault.
O CEO e dono da LVMH é acusado de ter pago cerca de 20 milhões de euros (US$ 21,2 milhões) a Sarkisov para ser o proprietário dos ativos, enquanto Sarkisov supostamente lucrou cerca de 2 milhões de euros com os negócios
. As transações pareciam ocultar a origem do dinheiro e a identidade do comprador final, Arnault, disseram os investigadores, de acordo com o jornal Le Monde. A promotoria pública de Paris se recusou a comentar os detalhes do caso. O Le Monde citou pessoas familiarizadas com Arnault que disseram que os negócios foram realizados dentro da lei.
Ainda em resposta, a advogada do bilionário francês disse que as alegações de possível lavagem de dinheiro por parte de Bernard Arnault são “tão absurdas quanto infundadas”.
“A operação realizada para viabilizar a ampliação do hotel Cheval Blanc em Courchevel é notória e foi realizada em conformidade com a legislação e com o apoio de assessores”, afirmou Jacqueline Laffont em comunicado.
“Quem pode imaginar seriamente que Bernard Arnault, que, ao longo dos últimos quarenta anos, construiu a principal empresa francesa e europeia, se envolveria em lavagem de dinheiro para expandir um hotel?” Laffon disse. “Não creio que alguém possa deixar de notar a insanidade dessas alegações.”
A LVMH, empresa liderada por Arnault, tem suas ações listadas na França e só recentemente foi ultrapassada pela fabricante de medicamentos Novo Nordisk torna empresa mais valiosa da Europa. Nesta segunda, as ações não tiveram uma forte reação às acusações contra o seu CEO: os papéis caíram apenas 0,21% na Bolsa de Paris, a US$ 714,90.
(com Bloomberg)