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BDR da XP Inc. deve ser listado na B3 o quanto antes, diz diretor financeiro

Durante teleconferência com jornalistas, o executivo destacou que a XP já está em conversas com a B3 para listar seus BDRs na bolsa brasileira

Rodrigo Tolotti

XP Inc. (Reprodução: Youtube)

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SÃO PAULO – Após a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de autorizar a negociação de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) a partir de setembro, a XP Inc. quer que seus recibos sejam emitidos na B3 “o quanto antes”, segundo o diretor financeiro da empresa, Bruno Constantino.

Durante teleconferência com jornalistas para comentar o resultado do segundo trimestre da companhia, o executivo destacou que a XP já está em conversas com a B3 para listar seus BDRs na bolsa brasileira.

Apesar disso, ele ressaltou que é preciso esperar e que não tem como dar nenhuma confirmação nem data neste momento, já que a própria B3 ainda está estudando e deve informar em breve as regras para que os recibos possam ser listados.

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Entre os principais destaques da decisão da CVM na terça-feira é que agora deixa de haver uma restrição no investimento em BDRs. Até então, apenas investidores qualificados, com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras, podiam negociar os recibos.

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A partir de setembro, qualquer investidor terá acesso. Segundo Constantino, esse é mais um passo para a democratização do mercado e mais um instrumento que ajuda o investidor a conseguir diversificar sua carteira. “A mudança nos BDRs é muito positiva, é mais um estímulo para o mercado de capitais brasileiro”, disse o executivo.

Sobre o resultado do segundo trimestre, Constantino destacou que a XP Inc. bateu recordes em todas as linhas do balanço. Porém, mais que os números, ele destacou como a companhia conseguiu se manter no novo cenário desafiador de pandemia e com quase todos os funcionários em home office.

A XP Inc. registrou lucro líquido ajustado de R$ 565 milhões entre abril e junho, uma alta de 148% na comparação com igual período do ano passado e 36% acima na comparação com os primeiros três meses do ano.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado subiu 87% na comparação anual, passando de R$ 322 milhões para R$ 601 milhões. Enquanto isso, a receita líquida teve alta de 68%, chegando a R$ 1,921 bilhão.

Questionado sobre os novos produtos lançados pela companhia, como o cartão de crédito, Constantino explicou que a ideia da empresa é “cortar o cordão umbilical” das pessoas com os bancos.

Segundo ele, ainda há uma grande concentração bancária no país, sendo que 90% dos investimentos ainda são feitos nestas grandes instituições financeiras. Constantino lembrou ainda o espaço que existe para crescimento da XP que, mesmo com o lucro recorde, ainda está atrás dos números na casa de bilhões apresentados pelos bancos.

“Os produtos que estamos trazendo vão ajudar na disrupção, é um processo, uma evolução, e ela não vai parar”, afirmou o executivo sem dar nenhuma projeção, uma vez que a XP não faz guidance de seus negócios.

Além disso, ele comentou sobre as recentes aquisições de fintechs pela companhia e ressaltou que a XP está sempre atenta a novas oportunidades que possam melhorar o seu ecossistema.

Por fim, o executivo comentou ainda sobre a Villa XP, em São Roque, explicando que será um espaço para que funcionários possam se reunir e praticar atividades, mas que o normal da companhia a partir de agora será o home office. Enquanto isso, ele também disse que a XP manterá uma estrutura comercial na cidade de São Paulo na mesma região onde está a atual sede, no bairro da Vila Olímpia.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.