BC anuncia saída de diretor que foi um dos responsáveis por implantar o Pix no Brasil

João Pinho de Mello deixa diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Resolução e, em seu lugar, assumirá o economista Renato Dias de Brito Gomes

Dhiego Maia

Fachada do Banco Central do Brasil (divulgação)

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GONÇALVES (MG) – O Banco Central anunciou, nesta quinta-feira (28), mudanças na sua diretoria. A instituição informou, por meio de comunicado à imprensa, a saída de João Manoel Pinho de Mello, que era diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução.

Mello ficará na função até o dia 31 de dezembro, quando termina o seu mandato. O diretor poderia ser indicado para recondução ao cargo, possibilidade descartada pelo atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Mello foi um dos estrategistas responsáveis pela implementação do Pix no Brasil, ferramenta que vai ser integrada à terceira fase do Open Banking nesta sexta-feira (29) e permite transações financeiras 24 horas por dia nos sete dias da semana sem a cobrança de tarifas de pessoas físicas.

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No lugar de Mello assumirá o economista Renato Dias de Brito Gomes que é, no momento, professor da Escola de Economia de Toulouse e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique. Gomes tem mestrado em economia pela PUC-Rio e PhD, também na mesma área, pela Northwestern University.

“Em nome do Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto felicita o indicado Gomes e agradece ao diretor Pinho de Mello pelos relevantes serviços prestados ao Banco Central e à Diretoria Colegiada”, disse o BC.

A dança das cadeiras ocorre um dia depois de a Selic, a taxa básica de juros do país, subir de 6,25% para 7,75% ao ano após reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, nesta quarta (27).

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Com o novo patamar de juros, o Ibovespa abriu nesta quinta entre perdas e ganhos. Segundo analistas, uma parte do mercado esperava que o ajuste fosse ainda mais rigoroso, diante dos riscos fiscais o avanço da inflação em ritmo acelerado.

Porém, se o Banco Central subisse ainda mais os juros, implicaria em custos de capital mais elevados para as empresas listadas na Bolsa. Ou seja: independentemente do que o BC decidisse, o Ibovespa estaria pressionado.

No comunicado sobre a decisão que elevou a Selic para 7,75% ao ano, o Banco Central informou que houve uma deterioração no balanço dos riscos e deve elevar a taxa com a mesma intensidade no próximo encontro do Copom em dezembro, o último do ano. Assim sendo, 2021 pode terminar com os juros básicos da economia a 9,25% ao ano.

“O Comitê também reconheceu que a perspectiva global está se tornando menos favorável para os mercados emergentes. Em nossa avaliação, a decisão é consistente com nosso cenário de uma taxa Selic terminal em 11%”, diz relatório da XP.

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Dhiego Maia

Subeditor de Finanças do InfoMoney. Escreve e edita matérias sobre carreira, economia, empreendedorismo, inovação, investimentos, negócios, startups e tecnologia.