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As ações do Grupo Mateus (GMAT3) fecharam a sessão desta sexta-feira (11) com uma forte baixa de 13,70%, , cotadas a R$ 4,66, após a divulgação do seu balanço do quarto trimestre, com lucro líquido de R$ 208 milhões, uma alta 7,6% acima do reportado um ano antes.
Segundo o Credit Suisse, o Grupo Mateus reportou resultados operacionais “insatisfatórios” no 4T21, com um Ebitda ajustado aquém das estimativas. O banco suíço explica que a falha foi liderada por uma pressão de margem bruta acima do esperado.
A receita líquida cresceu 22,2% a/a, em linha com consenso, impulsionada por um aumento de vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) de 1,4% a/a. O lucro líquido ficou abaixo do esperado, impactado por R$ 18,9 milhões de despesas não recorrentes e alíquota efetiva acima do esperado de 8,3%.
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Para o Bradesco BBI, os resultados da empresa foram considerados mistos, mas com pressão sobre a margem bruta – ainda que compensada em grande parte por SG&A mais eficiente –, o que foi um sinal do ambiente desafiador em que o Grupo Mateus está a operar.
A deterioração do capital de giro também é um ponto de atenção – isso pode ser temporário com a aceleração do novo CD na região NE, mas será crucial para que o fluxo de caixa da empresa volte os dias de estoque aos níveis históricos.
Já o Itaú BBA considerou os números neutros, com os números praticamente em linha com a expectativa de receita, mas as margens e o resultado ficaram um pouco abaixo do previsto. Assim, o trimestre foi marcado pela evolução das aberturas de lojas e impactos de um cenário inflacionário, o que pressionou a rentabilidade, conforme esperado.
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O Credit Suisse classifica as ações do Grupo Mateus como outperform, com preço-alvo de R$ 9. O BBI mantém rating outperform, mas reduziu o preço-alvo de R$ 10 para R$ 9. Enquanto isso, o Itaú BBA manteve a classificação outperform, com preço-alvo de R$ 9,00.
Teleconferência Grupo Mateus (GMAT3)
Apesar da percepção do mercado, a empresa entendeu que o ano de 2021 foi histórico, segundo Ilson Mateus Rodrigues, diretor presidente da companhia. Segundo ele, a abertura de 44 novas lojas foi recorde para a empresa, chegando a 202 lojas em funcionamento até o fim de 2021.
“Tivemos um expressivo crescimento da receita bruta, mesmo com uma forte base de comparação. Estamos muito otimistas para 2022”, afirmou Ilson Mateus em teleconferência nesta sexta-feira (11). A aposta da companhia é ampliar o atacarejo que traz volume para a empresa e também o varejo, que amplia as margens.
Já a margem bruta do 4TRI21 ficou em 22,5%, 1% abaixo do 4TRI20. Segundo José Morgado Filho, diretor financeiro e de relações com investidores, o resultado foi em decorrência de a empresa decidir manter a competitividade dos preços para sustentar o volume vendido e o fluxo de clientes nas lojas.
Expansão de lojas
O Grupo Mateus espera abrir de 45 a 50 novas lojas em 2022, com expectativa de faturamento robusto até o fim do ano, segundo Ilson Mateus Rodrigues, diretor presidente da empresa. Até o momento já foram inaugurada 12 lojas, em oito cidades, em dois novos Estados.
“Vamos tomar dívida, trabalhar a redução forte de estoque para trazer dinheiro pro fluxo de caixa, fazer BTS (contrato de aluguel de construção) e sale and leaseback (venda e aluguel de imóvel)”, diz Ilson Mateus.
Apesar da alta da inflação no ano, ele vê que as novas lojas que estão maturando vão trazer um equilíbrio para a companhia.
O Grupo Mateus também tem um estoque grande de terrenos para explorar, mas ainda está comprando outros. “Estamos apostando numa geração de caixa muito forte em 2022”, afirma o presidente da empresa.
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