B3 muda metodologia de índice de sustentabilidade e permite que investidor acompanhe agenda ESG de empresas na Bolsa

Alterações no Índice de Sustentabilidade Empresarial estarão disponíveis a partir de janeiro de 2022

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A Bolsa brasileira (B3) informou nesta terça-feira (20) que alterou a metodologia do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e vai permitir, a partir de janeiro de 2022, que gestores e investidores possam mapear quais são as empresas da Bolsa mais avançadas na agenda ESG (de melhores práticas sociais, ambientais e de governança).

Com a mudança, haverá a divulgação para o público investidor da nota geral que todas as empresas (inclusive as não selecionadas para a carteira teórica) receberem no cumprimento de cada um dos critérios de avaliação. São monitorados quesitos como meio ambiente, governança corporativa e alta gestão, capital humano, capital social e modelo de negócios e inovação.

Atualmente, a metodologia do índice não prevê a divulgação das notas individuais nem por temas, não possibilitando a comparação entre diferentes setores e empresas no país.

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De acordo com Ana Buchaim, diretora-executiva de pessoas, marketing, comunicação e sustentabilidade da B3, a reformulação do índice reforça a transparência do processo e permite que as empresas de fato mais evoluídas na agenda ESG tenham destaque na carteira.

“Faz parte do nosso compromisso com a evolução da pauta de sustentabilidade entregar um indicador que esteja à altura da sofisticação que o mercado vem ganhando nessa área”, disse Ana, em nota à imprensa.

A B3 também trouxe parceiros com metodologias internacionalmente reconhecidas para avaliar o risco de imagem e os temas de mudança do clima, por exemplo, permitindo avaliações no detalhe.

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Principais mudanças

De acordo com a B3, a nova metodologia do ISE também vai aumentar a regularidade de revisão da carteira teórica, permitindo captar eventuais mudanças na gestão das empresas em um prazo mais curto.

Agora, em vez de uma única avaliação anual, as empresas que integram o índice serão revisadas duas vezes ao ano, nos meses de maio e setembro.

Além disso, para garantir que a pontuação obtida pelas melhores empresas também influencie a composição do ISE, as mudanças levarão as companhias com as notas mais altas a terem maior peso na composição do índice.

Com isso, o indicador deixa de refletir apenas o valor de mercado das companhias e passa a ter como critério principal as notas obtidas no score ISE B3.

Entre as principais mudanças para as empresas está a eliminação da quantidade máxima de companhias permitidas no índice, bem como a instituição de inscrição gratuita, que antes era de até R$ 35 mil.

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