Azul (AZUL4) reduz prejuízo no 3º trimestre em 76%, a R$ 203 mi; receita é recorde

A Azul teve receita líquida total recorde, de R$ 5,1 bilhões de julho ao final de setembro, crescimento de 4,3% sobre um ano antes

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – A Azul (AZUL4) anunciou nesta quinta-feira prejuízo líquido ajustado de 203 milhões de reais no terceiro trimestre, uma redução de 76,3% ante o desempenho negativo de 856 milhões apurado no mesmo período de 2023.

A empresa, que recentemente conseguiu apoio de credores para uma reestruturação de dívida e injeção de capital, teve um desempenho operacional medido pelo lucro ates de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorde de 1,65 bilhão de reais, crescimento de 6%, com a margem passando de 31,7% para 32,2%.

A Azul teve receita líquida total também recorde, de 5,1 bilhões de reais de julho ao final de setembro, crescimento de 4,3% sobre um ano antes, enquanto o total de custos e despesas operacionais avançou 3,8%, a 4,1 bilhões.

O avanço do faturamento ocorreu em meio a preços de passagens relativamente estáveis no período, com o indicador yield registrando oscilação negativa de 0,3% e o número de passageiros transportados crescendo 3,8%.

O resultado foi divulgado um dia depois que a rival em recuperação judicial nos Estados Unidos Gol (GOLL4) publicou queda de 36% no prejuízo líquido do terceiro trimestre sobre um ano antes, a 830 milhões de reais.

A Azul estimou ainda para o próximo ano que terá cerca de 800 milhões de reais em capital de giro, investirá 1,7 bilhão e terá um fluxo de caixa recorrente de aproximadamente 2,3 bilhões de reais.

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A companhia aérea, única entre as grandes do país a escapar de um processo de proteção judicial contra credores, afirmou que espera aumentar sua capacidade em aproximadamente 6% em 2024 ante o ano passado. O dado representa um corte na expectativa de elevação de 7% na oferta da empresa este ano.

“O ajuste no crescimento da capacidade ano a ano deve-se principalmente à redução em nossa capacidade doméstica como resultado das enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, à redução temporária em nossa capacidade internacional no primeiro semestre do ano e aos atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves”, afirmou a Azul em comunicado ao mercado.

A Azul terminou setembro com alavancagem financeira de 4,4 vezes, acima do nível de 4 vezes de um ano antes, mas ligeiramente abaixo do múltiplo de 4,5 do final de junho deste ano.

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Segundo a empresa, incluindo eventuais acordos adicionais que estão sendo negociados com “parceiros comerciais”, a alavancagem do terceiro trimestre seria de 3,4 vezes.