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SÃO PAULO (Reuters) – A Azul (AZUL4) anunciou nesta quinta-feira prejuízo líquido ajustado de 203 milhões de reais no terceiro trimestre, uma redução de 76,3% ante o desempenho negativo de 856 milhões apurado no mesmo período de 2023.
A empresa, que recentemente conseguiu apoio de credores para uma reestruturação de dívida e injeção de capital, teve um desempenho operacional medido pelo lucro ates de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorde de 1,65 bilhão de reais, crescimento de 6%, com a margem passando de 31,7% para 32,2%.

Positivo (POSI3): lucro líquido soma R$ 1,7 milhão no 3º trimestre, queda de 94%
O Ebitda, por sua vez, caiu 45% na comparação anual, com queda das receitas

JBS tem salto de 571% do lucro no 3º tri, a R$ 3,8 bi; receita é recorde de R$ 110 bi
No período, cerca de 74% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 26% por meio de exportações
A Azul teve receita líquida total também recorde, de 5,1 bilhões de reais de julho ao final de setembro, crescimento de 4,3% sobre um ano antes, enquanto o total de custos e despesas operacionais avançou 3,8%, a 4,1 bilhões.
O avanço do faturamento ocorreu em meio a preços de passagens relativamente estáveis no período, com o indicador yield registrando oscilação negativa de 0,3% e o número de passageiros transportados crescendo 3,8%.
O resultado foi divulgado um dia depois que a rival em recuperação judicial nos Estados Unidos Gol (GOLL4) publicou queda de 36% no prejuízo líquido do terceiro trimestre sobre um ano antes, a 830 milhões de reais.
A Azul estimou ainda para o próximo ano que terá cerca de 800 milhões de reais em capital de giro, investirá 1,7 bilhão e terá um fluxo de caixa recorrente de aproximadamente 2,3 bilhões de reais.
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A companhia aérea, única entre as grandes do país a escapar de um processo de proteção judicial contra credores, afirmou que espera aumentar sua capacidade em aproximadamente 6% em 2024 ante o ano passado. O dado representa um corte na expectativa de elevação de 7% na oferta da empresa este ano.
“O ajuste no crescimento da capacidade ano a ano deve-se principalmente à redução em nossa capacidade doméstica como resultado das enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, à redução temporária em nossa capacidade internacional no primeiro semestre do ano e aos atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves”, afirmou a Azul em comunicado ao mercado.
A Azul terminou setembro com alavancagem financeira de 4,4 vezes, acima do nível de 4 vezes de um ano antes, mas ligeiramente abaixo do múltiplo de 4,5 do final de junho deste ano.
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Segundo a empresa, incluindo eventuais acordos adicionais que estão sendo negociados com “parceiros comerciais”, a alavancagem do terceiro trimestre seria de 3,4 vezes.