Ata do Copom, resultados, prévia do PIB e tensão EUA-China: o que acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O mercado fechou a sexta-feira com forte alta, apagando as perdas dos dias passados, com um clima de maior alívio, apesar do dólar, mesmo recuando no último pregão, se mantendo acima de R$ 5,70. Para os próximos dias, além dos indicadores, atenção especial para os resultados corporativos.

Na agenda, destaque para a ata do Copom, que sai na terça-feira de manhã e será importante para os investidores avaliarem as sinalizações do Banco Central após o corte de 0,75 ponto percentual na Selic e a sinalização de que uma nova redução deve acontecer em junho.

Atualmente, o mercado projeta um corte entre 0,50 p.p. e 0,75 p.p. na próxima reunião, mara não descarta reduções adicionais se o quadro de recessão e deflação seguir se aprofundando.

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Entre outros indicadores, atenção também para vendas no varejo, na quarta-feira (13), o IBC-Br, considerado uma précia do Produto Interno Bruto (PIB), além do dado de serviços e novas parciais da inflação.

Na política, o mercado ficará de olho se o presidente Jair Bolsonaro cumprirá sua promessa de vetar o trecho do projeto de ajuda aos estados e municípios que excluiu algumas categorias de servidores da proibição de aumentos salariais.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a mudança repentina de Bolsonaro sobre o tema fez parlamentares colocarem em dúvida o veto ao reajuste. Caso o presidente confirme o veto, podem diminuir os receios no curto prazo sobre a situação do ministro Paulo Guedes no governo, trazendo alívio para o mercado.

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Ainda por aqui, atenção especial para a temporada de resultados, que na teoria chega à sua última semana (muitas empresas adiaram a divulgação por conta do coronavírus), com mais de 100 companhias apresentando seus números do primeiro trimestre.

O resultado mais importante será o da Petrobras, que segundo os analistas deve apresentar um fraco desempenho por conta da derrocada do preço do petróleo e queda da produção por causa de algumas paralisações de plataformas. O Bradesco BBI ainda aponta para uma pressão da disparada do dólar, o que no fim deve levar a estatal a um prejuízo líquido de R$ 3,4 bilhões entre janeiro e março.

Entre outros destaques da próxima semana estão ainda BRF, Suzano, Carrefour, Pão de Açúcar, Via Varejo, Azul, B3, e mais.

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Agenda externa

Na próxima semana, o exterior terá uma agenda um pouco mais leve, apesar dos investidores ainda seguirem de olho em eventos fora do calendário de indicadores, como as negociações entre Estados Unidos e China em meio às declarações polêmicas de membros do governo americano sobre o surgimento do coronavírus.

A agenda americana na próxima semana inclui conta na terça-feira com o CPI, com estimativa de deflação de 0,7% na comparação mensal segundo dados compilados pela Bloomberg, além do PPI e das vendas no varejo.

Os números de varejo também saem na China, onde o destaque deve ser o resultado da produção industrial, na quinta-feira, onde os investidores atentam para os efeitos do coronavírus conforme o país se reabre economicamente.

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Na zona do euro ainda será publicado o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.

Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.