Após lucro recorde da Pague Menos no 2º tri, analistas reiteram compra e otimismo com empresa; papéis sobem mais de 4% na Bolsa

Para XP, Itaú BBA e Credit Suisse, números mostram boa consistência da companhia que deve permear nos próximos trimestres

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A rede de farmácias Pague Menos (PGMN3) registrou lucro líquido de R$ 71,6 milhões no segundo trimestre deste ano, um aumento de 683% na comparação anual e o maior lucro trimestral da história da companhia.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações, amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi a R$ 192,3 milhões entre abril e junho deste ano, alta de 37,7% em relação ao mesmo período de 2020.

Os resultados, tidos como fortes por analistas do mercado financeiro, vieram acima do esperado e contribuíram para um desempenho positivo das ações na Bolsa nesta terça. Os papéis PGM3 encerraram o pregão com alta de 4,14%, negociados a R$ 12,59.

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Na avaliação da XP, os resultados continuam a refletir as diversas iniciativas que a companhia está implementando em sua reestruturação operacional e que devem, segundo os analistas, continuar beneficiando a Pague Menos nos próximos meses.

Além disso, as vendas digitais, a plataforma omnichannel e o Clinic Farma seguem avançando e devem contribuir, segundo o time da XP, para o aumento de recorrência de compra e ticket médio ao longo dos próximos trimestres.

Entre os principais destaques positivos do balanço, a XP cita o sólido desempenho de vendas mesmas lojas (SSS), com aumento de 19,7% na base de comparação anual, beneficiadas pela base de comparação mais fraca e pelo reajuste de preços dos medicamentos, em abril.

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O ganho de participação de mercado nas principais regiões de atuação (Norte de Nordeste) também foi um dado positivo, na avaliação da casa.

O time de análise escreve ainda que a companhia continuou a apresentar melhora de rentabilidade, com a margem bruta em 31% (aumento de 1,6 p.p. ano sobre ano) e margem Ebitda de 9,4% (aumento de 1,2p.p. na base anual), decorrente de melhorias operacionais e impactos positivos do reajuste no estoque.

Isso contribuiu para uma margem líquida de 3,5%, um nível recorde, reforça a XP.

Os fortes resultados também foram exaltados pelo Itaú BBA, que cita os números do último trimestre como “impressionantes”, superando as estimativas de receita e lucro do banco.

Em relatório, os analistas destacam que a companhia se beneficiou do reajuste nos preços dos medicamentos, autorizado em abril, e de melhorias operacionais oriundas do seu processo de reestruturação.

A base de comparação fraca também contribuiu, escrevem, dado que os efeitos iniciais da Covid-19 pesaram sobre os números do segundo trimestre do ano passado,

O Itaú BBA tem recomendação outperform (performance acima da média do mercado) para os papéis da Pague Menos e preço-alvo de R$ 16,00 – o que implica potencial de alta de 32,3% em relação ao fechamento de segunda-feira (2).

Bom desempenho pós-IPO

Em relatório, o Credit Suisse escreve que este é o quarto resultado trimestral pós-IPO (em agosto de 2020) mostrando boa consistência da companhia. Isso é particularmente bom para a Pague Menos aumentar a confiança do mercado de que a recuperação foi implementada com sucesso e reforça perspectivas positivas no futuro, avalia.

“O resultado do segundo trimestre deve conduzir a uma revisão positiva dos lucros e, portanto, esperamos uma reação positiva do mercado”, escrevem os analistas.

O time de análise afirma que segue otimista com a companhia, uma vez que ela opera em um segmento crescente e resiliente, menos afetado por crises macroeconômicas.

Além disso, a rede de farmácias tem uma história de crescimento clara, na avaliação do banco, tanto do ponto de vista orgânico quanto inorgânico (como a aquisição da Extrafarma), com foco nas regiões centrais onde a empresa tem maior participação de mercado e lucratividade.

O Credit Suisse tem recomendação outperform para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 13,50.

Próximos passos

Após o resultado recorde no trimestre, a expectativa da XP é de que a Pague Menos continue a apresentar resultados sólidos nos próximos meses, à medida que iniciativas internas sejam traduzidas em melhoria de vendas e rentabilidade.

“Vemos um grande potencial com o Clinic Farma, que expandiu seu portfólio de serviços para 46 (ante 37 no primeiro trimestre) e já alcança 6,8% da base de clientes. Ainda, a companhia anunciou uma parceria com a Saúde ID, do Grupo Fleury, para a utilização da tecnologia TytoCare durante atendimentos via telemedicinas nas lojas, facilitando o acesso a parâmetros fisiológicos”, escrevem os analistas.

O time de análise destaca ainda que a empresa já possui 80 contratos assinados para a inauguração de novas lojas, que devem ganhar tração no terceiro trimestre, e que a companhia já está trabalhando no plano de integração da Extrafarma para implementá-lo assim que houver a aprovação do Cade.

A XP manteve sua recomendação de compra para os papéis da Pague Menos, com preço alvo de R$ 13 por ação para o fim de 2021 – o que implica uspide de 7,5%.

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