Acordo de compra da Linx pela Stone prevê multa de R$ 30 mi a fundadores, Credit recomenda venda para ação da Cogna e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (19)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A disputa em torno da Linx continua a render novidades. Dessa vez, a ata do conselho de administração da empresa mostra que os participantes podem ter sido pressionados a assinar o acordo de venda para a Stone. Além disso, fundadores da Linx pagarão multa de R$ 30 milhões à Stone caso não cumpram obrigações para venda, informou a companhia em comunicado.

Já a Petrobras atualizou a forma de pagamento de R$ 2,05 bilhões ao fundo Petrobras. Era previsto um desembolso à vista, que será parcelado dado o atual cenário econômico.

O Credit Suisse iniciou a cobertura do setor de educação no Brasil e a Ultrapar fechou um novo acordo de acionistas. Confira os destaques:

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Linx (LINX3) e Totvs (TOTS3)

A ata da reunião do conselho de administração da Linx mostra que Alberto Menache, diretor-presidente e vice-conselheiro da empresa, pode ter exercido pressão para a aprovação da venda da empresa para Stone, em um negócio avaliado em R$ 6 bilhões, segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Ele e outros dois fundadores, José Monteiro Alberto Fernandes e Alon Dayan, podem receber R$ 240 milhões pela venda devido a uma cláusula de não competição, que os minoritários encaram como um prêmio de controle disfarçado.

Menache teria pressionado à aprovação, alegando que a proposta da Stone perderia a validade e que por isso a aceitação deveria se dar antes da divulgação dos resultados da empresa. Esse trecho condiz com a denúncia da Totvs, empresa de tecnologia que também tem interesse na Linx, que alegou que teria acertado fechar uma proposta após a divulgação dos resultados.

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Além disso, depois de debates sobre quem vai comprar a Linx, a empresa reforçou seu compromisso com a Stone. Os fundadores da Linx, Alberto Menache e Alon Dayan, pagarão uma multa compensatória de R$ 30 milhões à Stone caso não pratiquem os atos necessários para consumar a aquisição da Linx pela Stone, que estão previstos no compromisso firmado entre as partes.

De acordo com documento foi enviado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os fundadores da empresa devem assegurar a venda ou qualquer associação da Linx à Stone, com exclusividade. Com isso, não poderão buscar propostas de terceiros.

Qualquer disputa que surgir entre as partes deverá ser resolvida por arbitragem, na Câmara de Arbitragem do Mercado instituída pela B3, de acordo com o documento.

Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3), Ser (SEER3) e Afya

O Credit Suisse iniciou a cobertura do setor de educação no Brasil. A top pick do setor é a Yduqs (ex-Estácio), com recomendação de “outperform” e preço-alvo de R$ 38. Afya Educacional e Ser Educacional foram classificadas como neutras, com o preço-alvo fixado em, respectivamente, R$ 26 e R$ 16. Para a Cogna Educação, a recomendação é de “underperform” e preço-alvo de R$ 6.

A expectativa é que o setor encontre um mercado quase estagnado com curto prazo, mas com crescimento no ensino à distância, escolas de medicina e sistemas para o ensino fundamental.

A escolha da top pick está baseada do fato da empresa, apesar do cenário atual, ter mantido um balanço considerado saudável, apresentar crescimento do segmento de ensino a distância e ter participação em segmentos considerados de maior valor, como os cursos de medicina.

Para as ações da Cogna, o preço-alvo de R$ 6 é 14% abaixo do fechamento da véspera. “A Cogna está exposta à compressão de renda e a um alto nível de rotatividade em seu segmento de ensino superior”, destaca a equipe de análise, que avalia que a companhia alavancou o negócio para aquisições e enfrenta no momento um declínio do Ebitda devido à cobertura da dívida.

Por outro lado, os analistas possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para Yduqs, sendo ela a top pick do setor. Segundo os analistas, a companhia adotou uma abordagem conservadora e mantém um balanço patrimonial saudável. A recente aquisição da Adtalem trará escala ao negócio, sem efeitos adversos na solvência, avaliam, enquanto o segmento de ensino à distância da empresa é de crescimento significativo em que sua escala é relevante.

Para Afya e Ser, a recomendação é neutra, com os analistas apontando que os papéis já estão bastante valorizados.

Ultrapar (UGPA3)

Já a Ultrapar atualizou acordo de acionistas, com a entrada da gestora de recursos Pátria Investimentos. Segundo a companhia, o acordo vincula o voto de ações representativas de 34,17% do capital social, com o Pátria sendo detentor de 20% do capital. O acordo vale por cinco anos, com prazo prorrogável por igual período.

A companhia convocou assembleia de acionistas para 22 de setembro para votar proposta de eleição de Alexandre Saigh, sócio do Pátria, para o Conselho de Administração.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras fez uma atualização na forma de pagamento à Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petrobras), anunciado em março, que seria feito à vista e agora será feito de forma semestral ao longo dos próximos 20 anos.

Segundo comunicado, como medida de preservação do fluxo de caixa operacional da companhia e a mudança foi motivada pelo novo cenário econômico.

O valor, de R$ 2,05 bilhões, foi transformado em um contrato de dívida com a Petros que prevê a realização dos pagamentos de forma semestral ao longo dos próximos 20 anos. Os valores serão atualizados pela meta atuarial de cada plano de benefícios.

Tecnisa (TCSA3) e Gafisa (GFSA3)

A Tecnisa comunicou ao mercado na manhã desta quarta que recebeu na véspera, de forma inesperada, uma proposta do Bergamo Fundo para combinação de negócios com a Gafisa.

A proposta não solicitada não contempla a estrutura da operação, os fundamentos econômico-financeiros ou a relação de substituição entre as ações da Tecnisa e da Gafisa na entidade que consolidará os negócios, no caso de estrutura envolvendo incorporação ou incorporação de ações, ou o preço a ser pago em eventual oferta pública voluntária de aquisição de ações, informou a companhia.

Segundo o documento enviado, a “definição dos procedimentos aplicáveis ficará a cargo das negociações entre as administrações de ambas as sociedades”.

Além da proposta não solicitada, o Bergamo Fundo também requereu a convocação da assembleia geral extraordinária para deliberar a respeito da: (i) alteração do estatuto da Companhia para exclusão dos dispositivos estatutários (poison pill) que coíbem a aquisição de participação relevante na empresa; (i.b) aumentar o capital autorizado para 200 milhões de ações ordinárias; e (i.c) criação de um Comitê de Boas Práticas Corporativas; (ii) votação de nova chapa de membros do Conselho de Administração; (iii) instalação e indicação de membros do Conselho Fiscal; (iv) aumento de capital, no montante de R$ 500 milhões, outorgando ao Conselho de Administração os poderes para definir todos os critérios e parâmetros desta emissão, e também a contratação de avaliadores, instituição financeira coordenadora e todas as contratações que sejam necessárias; e (v) analisar proposta para uma potencial integração do negócio da Tecnisa com o da Gafisa.

A Gafisa é titular integral das cotas do Bergamo Fundo, que detém 3,1% do capital social da Tecnisa.

“O Conselho de Administração da companhia irá se reunir, em caráter extraordinário, para avaliar, de forma detalhada, a proposta não solicitada e o pedido de convocação”, informou a companhia.

Cosan Logística (RLOG3)

O conselho de administração da Cosan Logística aprovou uma emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações. Serão emitidas 1.740.000 debêntures, em uma série única. O valor nominal unitário das debêntures será de R$ 1 mil, totalizando um montante de R$ 1,74 bilhão.

A data de emissão das debêntures será 25 de agosto de 2020, com prazo de vencimento em 5 anos, a contar da emissão. Os recursos captados serão destinados à subscrição de ações a serem emitidas pela Companhia Rumo, no âmbito da oferta pública de distribuição de ações.

Cia. Hering (HGTX3)

A Cia. Hering anunciou a abertura de um novo programa de recompra de ações que poderá adquirir até 5 milhões de ações ordinárias, que representam 4% do total de ações em circulação no mercado. O programa tem prazo de um ano.

PetroRio (PRIO3)

A PetroRio informou que o poço TBMT-4HP iniciou produção com uma vazão inicial aproximada de 3 mil barris de óleo por dia, elevando a produção do Campo de Tubarão Martelo para 10 mil barris por dia, um incremento de 40%.

A PetroRio informou ainda que planeja investir cerca de US$ 45 milhões para ligar os campos de Polvo e Tubarão Martelo em 2021. A empresa pretende ainda conectar o poço TBMT-10H, sexto poço produtor de Tubarão Martelo, que poderá demandar um investimento adicional de US$ 20 milhões a US$ 25 milhões.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras informou que a Usina Nuclear de Angra 2, com 1.350 MW de capacidade instalada, foi reconectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no, dia 17 de agosto, com funcionamento normal e em processo de elevação de potência.

Para viabilizar o retorno da unidade à operação no menor tempo possível, a Eletronuclear decidiu trocar todos os 52 elementos combustíveis que apresentaram oxidação acima do normal. A substituição foi feita por 24 elementos novos, que já estavam prontos para uso em Angra 3, mais 28 usados, que estavam armazenados na piscina de combustível de Angra 2.

Usiminas (USIM5)

A comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou o conselheiro da Usiminas, Luiz Carlos Miranda, em R$ 100 mil. O caso analisou declarações, atribuídas ao conselheiro, ao jornal “Diário do Aço” sobre projeções de resultados da companhia, que ainda estavam sob sigilo.

O relator do caso foi o presidente da autarquia, Marcelo Barbosa. A decisão foi unânime. As declarações, publicadas em setembro de 2019 e diziam respeito a estimativas para o Ebitda da empresa naquele ano.

BMG (BMGB4)

O banco BMG anunciou ontem uma reorganização societária. Um dos membros da família fundadora da instituição, Flávio Pentagna Guimarães, vendeu a maior parte das suas ações preferenciais no banco para uma das empresas da família, a CSMG Corretora de Seguros.

Com isso, a CSMG passou a deter 17,65% das ações preferenciais do BMG e 8,56% do seu capital social, de acordo com o Estadão Conteúdo. Já Flávio Guimarães agora é titular de 2,54% das ações preferenciais e de 0,82% do capital social total do banco.

Telebras (TELB3;TELB4)

Segundo o jornal Valor Econômico, o relatório sobre a privatização da Telebras foi concluído na última semana pelo grupo técnico criado pelo governo para preparar as primeiras análises e cobrar melhora no desempenho da estatal, até que o processo de desestatização seja iniciado, fazendo abordagem com a definição de pelo menos cinco cenários com diferentes modelos de venda do controle societário. Há duas opções que preveem a preservação da empresa como estatal, em caso de desinteresse do mercado ou mesmo recuo do próprio governo na decisão.

De acordo com a publicação, a análise ainda será entregue formalmente ao comitê interministerial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O colegiado, formado por ministros, dará o veredito. As opções que envolvem a venda do controle da Telebras passam pela edição de decreto, já em construção, que vai atribuir ao PPI o papel de conduzir a privatização.

Em comunicado, a Telebras informou que não foi informada sobre a conclusão dos estudos do PPI e, tampouco, se o Ministério das Comunicações enviou algum relatório a respeito ao Conselho do PPI.

BR Distribuidora (BRDT3)

A BR Distribuidora concluiu a venda da totalidade de sua participação acionária na Stratura Asfaltos à empresa Bitumina do Brasil Participações Ltda(“Comprador”). O valor da transação pode chegar a R$ 100 milhões.

Desse total, R$ 4 milhões foram pagos no fechamento da operação e o restante será pago pelo comprador em um acordo de “earn-out”, que é atrelado ao desempenho da empresa e à recuperação de créditos tributários.

A transação ainda envolve o pagamento de mútuo no valor de aproximadamente R$ 147 milhões em 36 parcelas mensais.

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