Via Varejo fecha em leve queda após disparada; Vale e Petrobras sobem, enquanto Suzano cai 3% com dólar

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (10)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa registrou uma sessão de forte alta nesta quarta-feira (10) e voltou a renovar recorde na volta do feriado, superando os 105 mil pontos. O principal vetor para os ganhos é a expectativa pela votação da reforma da Previdência ainda em primeiro turno hoje.

Em destaque entre as baixas, estão ações que saem perdendo com a queda do dólar, que registra forte baixa também após a fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Ele voltou a apontar incertezas na economia, reforçando assim a visão de juros mais baixos para a atividade americana. Suzano (SUZB3) tem um dia de baixa por conta do dólar e também influenciado pela queda dos preços da celulose, com uma queda de US$ 10 a tonelada, a US$ 522, da cotação da commodity na China. Apenas seis ações do índice registram baixa.

Por outro lado, mesmo com a queda do minério, Vale (VALE3) registrou ganhos, enquanto a Petrobras (PETR3;PETR4) avançou também seguindo os ganhos do petróleo, em meio à queda dos estoques de petróleo nos EUA. 

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Via Varejo (VVAR3, R$ 6,73, -0,30%), por sua vez, abriu em fortes ganhos na nona sessão seguida de alta, em meio às mudanças de gestão da companhia após Michael Klein se tornar o maior acionista da varejista. Recentemente, foi anunciada a nova diretoria executiva, com o novo CEO Roberto Fulcherberguer. Além disso, na última semana, o Banco digital da Via Varejo, banQI, fechou parceria com Mastercard, Zurich e Cielo para novas soluções financeiras com aporte de R$ 300 milhões. Contudo, a ação virou para leve queda. 

O mesmo movimento foi observado pelos ativos do Banco Inter (BIDI4, R$ 13,99, -2,78%), que viraram para queda depois de seguidas sessões de ganhos. Veja mais sobre o forte movimentado de alta da companhia clicando aqui. 

Confira os destaques da sessão desta quarta-feira (10): 

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Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras reduziu o preço médio da gasolina em 4,4% e do óleo diesel em 3,8%, apesar da alta do petróleo no mercado internacional. Desde ontem, o litro da gasolina está em média custando R$ 1,6817 nas refinarias e o diesel valendo R$ 2,0649.

De acordo com o presidente da Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araújo, desde o último ajuste do preço da gasolina, em 11 de junho, a gasolina já subiu 7% no exterior, o que eleva a defasagem do preço interno em relação ao preço internacional para 189,75% no porto de Suape e de 153,14% no Porto de Santos. Em relação ao diesel, Araújo afirma que a defasagem média está em torno dos 78%.

Ainda sobre a petroleira, a empresa informou sobre o resultado da oferta de recompra “Any-and-all” de títulos globais efetuada pela sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF). O volume de principal validamente entregue pelos investidores dos títulos denominados em Euros e Libras Esterlinas, excluídos juros capitalizados e não pagos, foi de € 222.416.000 e £ 252.512.000, respectivamente.

“Adicionalmente, há um montante de £ 100.000 ainda sujeito à validação de acordo com os termos da operação”, completou a empresa.

A Petrobras ainda convocou assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 9 de agosto, para deliberar sobre a eleição de dois novos membros do Conselho de Administração indicados pelo acionista controlador.

A pauta da AGE prevê ainda votação para retirada do regime de oferta pública e deslistagem das ações da Petrobras da Bolsas y Mercados Argentinos, “por meio de um processo de retirada voluntária do regime de oferta pública na Argentina”, sem a necessidade de se efetuar uma oferta pública de ações.

Engie (EGIE3)

O Estadão destaca que nos próximos dias, a Engie, que recentemente teve confirmada sua aquisição da TAG, deverá voltar a negociar com a Petrobras. Dessa vez, o tema será sobre a ocupação do gasoduto que a estatal deve liberar a concorrentes para cumprir o acordo firmado na última terça-feira com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A petroleira se comprometeu a se desfazer de ativos até o fim de 2021 e assim abrir espaço no setor de gás à competição. Um dos compromissos é sair totalmente do transporte de gás, o que significa que terá de vender os 10% de participação que manteve na TAG, assim como em outras duas transportadoras de gás – a NTS e o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A aquisição da fatia da estatal no negócio interessa aos novos sócios.

“Obviamente, não posso falar pelos acionistas. Mas como presidente posso dizer que vamos avaliar com carinho a oportunidade”, disse Labanca. “Para quem tem 90%, ter 100% do ativo faz todo sentido.” Segundo ele, se as condições forem as mesmas, a aquisição será “um bom negócio”. Sobre um possível interesse no Gasbol, ele diz que “agora não é a hora”.

As sócias também terão de discutir, nos próximos dias, a transferência de parte da ocupação do gasoduto a terceiros. A Petrobras paga por 100% da ocupação da rede, mas não utiliza todo esse espaço. Pelo acordo com o Cade, o que está livre deve ser oferecido a concorrentes. Falta definir, porém, o volume e quanto ele vale. “O importante é que os contratos sejam respeitados porque todo investimento na TAG foi baseado nos contratos vigentes com a Petrobrás.”

Vale (VALE3)

A Vale informou sobre decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, proferida em 09 de julho de 2019, em processos propostos pelo Estado de Minas Gerais e pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que declarou a responsabilidade da Vale pela reparação dos danos decorrentes do rompimento da barragem de rejeitos do Córrego do Feijão, em extensão e forma a serem posteriormente apurados no âmbito dos referidos processos.

A decisão contra a Vale manteve o bloqueio do valor de R$ 11 bilhões. Entretanto, autorizou a substituição do valor de R$ 5 bilhões por outras garantias financeiras, como fiança bancária, seguro garantia e/ou investimentos à disposição do juízo, em adição à substituição do valor de R$ 500 milhões previamente aprovada. “Ademais, foram indeferidos os pedidos de suspensão das atividades e intervenção judicial na Vale, visto que existem garantias suficientes para ressarcir os danos”, acrescentou a mineradora.

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“A decisão reconheceu a cooperação da Vale, inclusive financeira, com todas as ações requeridas em juízo durante audiências de conciliação realizadas com os órgãos do sistema de Justiça, como Defensorias Públicas do Estado de Minas Gerais e da União e Ministério Público Federal e Estadual”, acrescentou a Vale.

Tecnisa (TCSA3)

As ações da Tecnisa voltam a subir forte após a alta de quase 30% na segunda-feira com o anúncio da oferta de ações. A companhia informou na sexta-feira (5) uma oferta subsequente (follow-on) de 300 mil ações, que pode render captação de R$ 411 milhões, considerando a cotação de fechamento do papel da última sexta-feira de R$ 1,37, de acordo com o fato relevante. Com isso, na semana, os papéis sobem quase 52%. 

Totvs (TOTS3)

O Itaú BBA elevou a recomendação para as ações da Totvs para “outperform”, com um preço-alvo de R$ 55,00, ante R$ 31,00 projetados anteriormente. A revisão implica um aumento de 12,9% em relação à última cotação, de R$ 48,70. Segundo a analista Susana Salaru, a atualização leva em conta os resultados mais recentes, as novas projeções macroeconômicas, o desinvestimento de hardware, o recente follow-on e as iniciativas da Techfin.

Klabin (KLBN11)

A Klabin informou que sua subsidiária integral Klabin Austria GmbH precificou títulos representativos de dívida (Senior Unsecured Notes) garantidos pela Companhia, no valor total de US$ 250 milhões, com yield de 4,90% ao ano, com vencimento em 03 de abril de 2029.

Os recursos captados por meio da emissão das Notes servirão para o pagamento antecipado ou refinanciamento de dívidas, destacou a companhia. Além disso, a Klabin deverá usar os recursos para reforço de caixa e o restante, se houver, para financiamento das atividades.

IRB (IRBR3), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4)

O Itaú Unibanco e o Bradesco devem manter sua participação acionária na resseguradora IRB e negociam, inclusive, um período de lockup após a oferta bilionária da União e do Banco do Brasil, segundo a coluna do Broadcast.

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)

Em recuperação judicial, a Avianca deverá leiloar hoje, às 14h00, seus ativos, entre os quais as suas posições para pousos e decolagens, os chamados “slots”, em aeroportos como Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont. Mesmo com possíveis questionamentos sobre a legalidade da venda, as empresas interessadas poderão se credenciar ao certame, entre as 13h00 e às 14h00. A expectativa é de que Gol e Latam possam fazer ofertas, enquanto a Azul poderia ficar de fora, por “não acreditar na legitimidade do processo”.

Natura (NATU3)

A ação da Natura teve a recomendação elevada pelo BB Investimentos de marketperform (desempenho em linha com a média do mercado) para outperform (desempenho acima da média do mercado).  O preço-alvo de R$ 68,70 implica potencial de alta de 22% em relação ao último fechamento. 

Alliar (AALR3)
O Centro de Imagem Diagnósticos (Alliar) informa que o Conselho de Administração aprovou a segunda emissão de debêntures no valor de R$ 350 milhões. Segundo a empresa, sobre os esforços de colocação, serão R$ 100 milhões sob garantia firme e R$ 250 milhões sob melhores esforços.

Gol (GOLL4)

A Fitch elevou a classificação de risco na nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira da Gol de B para B+, com perspectiva positiva.

(Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.