Grupo holandês desiste de comprar Braskem; Magalu mais perto de levar Netshoes e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta terça-feira (04)

Equipe InfoMoney

(Divulgação/Braskem)

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No radar InfoMoney desta terça-feira destaque à Braskem com o fim das negociações com a LyondellBassel, à Magazine Luiza que deverá ganhar a competição com a Centauro pela Netshoes e à BRF que vendeu seus ativos na Europa e na Tailândia. Confira esses e outros destaques corporativos.

Braskem (BRKM5)

O grupo holandês LyondellBassel informou ter desistido de comprar a petroquímica Braskem, como antecipado ontem à noite pelo Brazil Journal. O fim das negociações ocorre por diversos fatores, mas o principal deles seria a insegurança jurídica por conta da situação financeira do grupo Odebrecht, que poderia entrar em recuperação judicial. A construtora deu, em julho de 2016, todas as suas ações ordinárias e preferenciais que possui na Braskem como garantia de empréstimos a cinco bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, BNDES e Santander).

“A administração da Companhia seguirá em busca de oportunidades que tenham o potencial de agregar valor à Braskem e, consequentemente, a todos os seus acionistas”, afirmou a empresa no fato relevante. 

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Já o CEO do grupo holandês, Bob Patel, afirmou que “a combinação da LyondellBasell com a Braskem é convincente por conta dos pontos fortes complementares, portfólios de produtos e pegadas operacionais das empresas. No entanto, após uma análise cuidadosa, decidimos conjuntamente não prosseguir com a transação. Queremos agradecer às equipes da Odebrecht e da Braskem cooperação durante todo o processo”. 

A Coluna do Broadcast do Estadão destaca diz que o pedido de recuperação judicial da Odebrecht S.A. está mais perto do que se esperava, com a Caixa e o Votorantim indicando que podem executar empréstimos concedidos, depois que a Atvos, braço sucroenergético, recorreu à recuperação judicial na quarta-feira da semana passada. Os passivos totais do grupo somam R$ 97,6 bilhões e, sem Braskem, a dívida seria de R$ 80 bilhões. Ambos casos, esta seria a maior recuperação judicial já realizada na América Latina.

O jornal Valor Econômico destaca, entretanto, que as duas empresas poderiam voltar a conversar sobre as negociações, mas dentro de um processo organizado por meio de uma recuperação judicial da holding da Odebrecht. Dessa forma, a venda da Braskem seria aprovada dentro do plano de recuperação judicial.

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Magazine Luiza (MGLU3) e Centauro (CNTO3)

A varejista online Netshoes informou que o conselho da companhia decidiu que fará uma Assembleia Geral Extraordinária no dia 14 de junho, às 10h, horário de Brasília, para deliberar sobre a aprovação da proposta da rede de varejo Magazine Luiza. Em relação à proposta da Centauro, o comunicado afirma que, “após exame e análise” da proposta, foi concluído que a proposta “não fornece garantias suficientes em relação à situação financeira” da Netshoes e que não se constitui como proposta superior à da Magalu.

A Netshoes recebeu uma proposta de aquisição não solicitada da Centauro em 23 de maio de 2019, que foi revisada e os valores ampliados, em 28 de maio, com o pagamento pela aquisição de US$ 3,50 por ação. A proposta aconteceu após a Netshoes e a Magalu terem fechado um Acordo de Incorporação, no valor de US $ 3,00.

O comunicado da Netshoes destaca que existe uma a alta probabilidade de conclusão da incorporação com o Magazine Luiza em um prazo previsível e curto. Para isso, conta a favor, a aprovação já ter sido concedida pela autoridade antitruste brasileira em 22 de maio de 2019, “o que significa que esperamos concluir a Incorporação dentro de cinco Dias úteis após a aprovação da Incorporação na Assembléia Geral Extraordinária”.

BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3)

A empresa de alimentos BRF informou ontem à noite que concluiu hoje a venda para a Tyson Foods a totalidade de sua participação na Europa e na Tailândia. Os ativos em questão são unidades de processamento de alimentos e abate de aves, por um valor de US$ 377,042 milhões. Dessa forma, a companhia destaca que conclui as vendas previstas no seu plano de reestruturação anunciado em junho do ano passado.

Já a Reuters informa que a BRF encontrou resistência de uma parte de seu Conselho para negociar uma potencial fusão com a Marfrig que criaria um dos maiores produtores de carne do mundo. 

As fontes ouvidas pela agência, que pediram anonimato para discutir as deliberações confidenciais, disseram que os 10 diretores da BRF não aprovaram por unanimidade as negociações exclusivas com a Marfrig. 

Minerva (BEEF3)

O frigorífico Minerva informou ontem à noite em comunicado ao mercado que realiza exportações para a China somente por meio de sua unidade de Barretos (SP), que conta com capacidade diária de abate de 840 cabeças. “Entretanto, sua capacidade em atender a demanda chinesa através de sua subsidiária Athena Foods é 6,7 vezes maior, contando com 3 plantas de abate no Uruguai, com capacidade total de 3.200 cabeças/dia e a planta de Rosário na Argentina, a qual possui capacidade diária de abate de 2.400 cabeças”, ressaltou.

A empresa avalia que a suspensão das exportações brasileiras é “temporária e deverá ser retomada em um curto espaço de tempo”.

Light (LIGT3)

A companhia de energia elétrica Light pretende reduzir de nove para seis o número de diretores da companhia, extinguindo os cargos de diretor de comunicação, diretor jurídico e diretor de desenvolvimento de negócios e relações com investidores. A votação em Assembleia Geral Extraordinária está prevista para hoje, às 11h00.

Ainda segundo a empresa, será proposta a alteração das atribuições atinentes ao cargo de diretor presidente para incluir atribuições próprias do cargo de diretor de desenvolvimento de negócios e relações com investidores, bem como otimizar e aprimorar as atribuições dos cargos dos demais diretores.

Via Varejo (VVAR3) e GPA (PCAR4)

Os acionistas da Via Varejo, controlada pelo GPA, aprovaram ontem a alteração do estatuto social da companhia, retirando a “poison pill”, que obrigava os interessados na aquisição da companhia – à venda desde o final de 2016 – a adquirirem 100% das ações numa eventual oferta.

Com essa modificação, a expectativa é de que a venda finalmente possa ocorrer, já que o desembolso pela participação do GPA, de 36,27%, ficaria mais acessível aos interessados.

J&F e Alpargatas (ALPA4)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo sancionador em que acusa a J&F, holding controladora da JBS, de “omitir e prestar informações inconsistentes ao mercado”, diz o Valor Econômico. A acusação apontou que já havia tratativas de negociação quando o jornal O Estado de S.Paulo publicou reportagem sobre o assunto, o que foi negado pela J&F.

“Não só a J&F falhou em esclarecer imediatamente as informações que fugiram do seu controle, bem como divulgou informações diametralmente opostas à verdade dos fatos”, diz o documento da CVM. O caso pode ir à julgamento com penalidades de até R$ 500 mil.

Vale (VALE3)

O Governo incluiu 141,7 milhões de debêntures emitidas pela Vale e detidas em programa de desestatização, de acordo com decreto publicado no Diário Oficial. O BNDES será responsável pelo processo de execução e monitoramento da venda. 

Duratex (DTEX3), Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3)

Em destaque no radar de recomendações, o Goldman Sachs iniciou cobertura para Duratex, Klabin e Suzano. A recomendação para as duas primeiras empresas é neutra, com preços-alvos respectivos de R$ 10,60 e R$ 17. Já para SUZB3, a recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 42. 

 
TIM (TIMP3), Vivo (VIVT4) e Oi (OIBR4)

Também entre as recomendações, a Vivo teve a recomendação elevada a neutra pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 50. 

No radar do setor,  o jornal Valor Econômico informa que a superintendência do Conselho de Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) aceitou os pedido das teles TIM, Vivo e Oi para apresentar argumentos contra a aquisição da Nextel pela Claro. Segundo a publicação, as concorrentes argumentam que a compra poderia prejudicar a competitividade no setor, prejudicando o mecanismo de fixação de preços e de disputas.

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)

A XP Research revisou as estimativas para as empresas aéreas para incorporar os últimos resultados trimestrais, a adoção do IFRS 16 e perspectivas macro/setoriais atualizadas.

A equipe de análise revisou o preço-alvo de AZUL4 para R$ 43,1 por ação e o de GOLL4 para R$ 29,0/ação para os próximos 12 meses, refletindo (i) níveis mais atualizados de câmbio e petróleo e (ii) um ambiente de precificação mais benigno no segundo trimestre devido à redução de capacidade da Avianca.

“Mantemos nossa preferência relativa pelas ações da Azul, dada a menor sobreposição da empresa com outras empresas e, portanto, menor suscetibilidade à concorrência”, aponta a XP. 

(Agência Estado)

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