Ibovespa Futuro sobe e dólar cai repercutindo pesquisa Datafolha

Mercado também digere a decisão do Copom, que manteve os juros em 6,5% ao ano, mas destacou que estímulos podem começar a ser removidos se balanço de riscos apresentar piora

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Após um pregão volátil permeado pelas incertezas eleitorais, o mercado se volta mais uma vez para sondagens eleitorais repercutindo o Datafolha, divulgado na madrugada desta quinta-feira (20). Os investidores repercutem também a decisão do Copom, que manteve a Selic em 6,50%, conforme esperado,  mas indicou maior possibilidade de aumento de juros à frente. 

Às 9h18 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro avançava 0,67%, a 78.795 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em outubro tinha queda de 0,15%, cotado a R$ 4,124, e o dólar comercial recuava 0,24%, para R$ 4,112.

O Datafolha reiterou dados do Ibope, com Jair Bolsonaro (PSL) à frente e Fernando Haddad (PT) em segundo lugar, com os dois candidatos com empate técnico em eventual segundo turno. Ciro Gomes (PDT) avançou no primeiro turno e em simulações para o segundo turno, ele derrotaria Bolsonaro, Haddad, Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB). 

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Sobre a decisão da Selic, o Banco Central ressaltou no comunicado que o cenário atual precisa de uma “política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. “Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”, disse o BC.

Além do ambiente doméstico, os investidores seguem de olho na escalada da tensão comercial entre China e Estados Unidos.

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura

Bolsas mundiais 

As bolsas asiáticas encerraram sem direção definida com o aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos. As bolsas europeias e os índices futuros dos Estados Unidos sobem com investidores monitorando guerra comercial. Enquanto retalia as tarifas do governo de Donald Trump, a China estaria planejando reduzir tarifas de bens importados da maioria de seus parceiros comerciais, segundo fontes.

O petróleo registra a terceira alta seguida e se sustenta acima de US$ 71 com a queda dos estoques nos Estados Unidos e os preços dos metais recuam em Londres.

Agenda doméstica e internacional

A agenda doméstica é esvaziada nesta quinta-feira e o mercado repercute as sinalizações do Copom (Comitê de Política Monetária) da véspera, que manteve os juros em 6,5% ao ano, mas indicou maior possibilidade de aumento de juros à frente. Segundo o Banco Central, o “estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”. Conforme destacaram economistas, houve uma indicação mais clara de que os juros podem subir se o balanço de riscos se deteriorar. 

Os Estados Unidos divulgam os dados dos novos pedidos de seguro-desemprego às 9h30 (de Brasília), o índice antecedente e as vendas de casas existentes, ambos às 11h. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

Pesquisa Datafolha

Levantamento do Datafolha realizado entre 18 e 19 de setembro mostra que Jair Bolsonaro (PSL) tem 28% das intenções de voto. O desempenho representa um salto de 6 pontos percentuais em relação a levantamento feito pelo mesmo instituto um mês antes – o último antes da facada que afastou o parlamentar de suas atividades de campanha há duas semanas – e 2 p.p. em comparação com a última pesquisa feita, na semana anterior. 

Logo atrás aparece Fernando Haddad (PT), com 16% das intenções de voto, o que corresponde a um salto de 12 p.p. em comparação com pesquisa feita no mês passado e 3 p.p. ante levantamento de uma semana atrás. O petista continua tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT), que manteve os 13% registrados na última pesquisa e está em condição de empate técnico, no limite da margem de erro, com Geraldo Alckmin (PSDB), que mantém apoio de 9%. 

Marina Silva (Rede) aparece com 7% das intenções de voto, em uma oscilação negativa de 1 p.p. em relação à última pesquisa e queda de 9 p.p. em comparação com seu desempenho um mês atrás. Em outro pelotão, Álvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo) têm 3%, e Henrique Meirelles (MDB) agora aparece com 2%. Votos em branco, nulos e eleitores indecisos agora somam 17% – 2 p.p. em relação à semana anterior. Veja aqui a pesquisa completa

Noticiário político

Jair Bolsonaro (PSL) rebateu a afirmação de seu guru econômico Paulo Guedes e negou que sua equipe estude a implementação de um novo imposto aos moldes da CPMF. “Ignorem essas notícias mal intencionadas dizendo que pretendemos recriar a CPMF. Não procede. Querem criar pânico pois estão em pânico com nossa chance de vitória. Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Já o TSE (Tribunal Superior Eleitoral)decidiu que a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em campanhas de candidatos do PT não configura irregularidade. Pela legislação, apoiadores podem aparecer em propagandas em até 25% do tempo. A campanha do militar reformado alegava que todo o tempo da propaganda veiculada em 6 e 8 de setembro havia sido utilizado para fazer apologia a Lula.

Enquanto isso, ainda patinando nas pesquisas de intenção de voto, o presidenciável Geraldo Alckmin mostra dúvidas sobre se deve atacar Haddad ou Bolsonaro como estratégia para chegar ao segundo turno. 

Noticiário corporativo

A CSN fechou acordo para manter operações em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e a Ser Educacional encerrou negociações com Unigranrio sem consenso. A Copel começou operação em testes do Complexo Eólico Cutia. A Telecom Italia avalia fazer oferta pela Nextel no Brasil, segundo fontes. A IMC diz que não foi contada por Sapore or Kinea sobre OPA (oferta pública de aquisição). O leilão da Amazonas Energia, da Eletrobras, foi adiado para 25 de outubro.

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