As duas resistências que estão freando Ibovespa e dólar nesta sexta-feira

Investidores também estão de olho nas alianças políticas e no cenário fiscal

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Depois da forte alta no pregão passado, com valorização de 1,96%, o Ibovespa perde tração na manhã desta sexta-feira (13) e às 11h07 (horário de Brasília) registrava queda de 0,15%, mesmo movimento acompanhado pelo dólar, que também reluta em seguir com sua escalada neste pregão. Em comum, os dois ativos estão com dificuldades para superar resistências no gráfico diário.

Com relação ao principal índice de ações da B3, a faixa de 76 mil pontos, que foi o estopim para a queda vista no começo do mês passado, vem sendo a principal barreira do mercado e o ponto gráfico que irá sacramentar um novo momentum de alta no curtíssimo prazo. Isso porque, seu rompimento abrirá caminho para a máxima de junho em 78.890 pontos.

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No caso dólar, depois de abrir uma nova oportunidade de compra ao retornar para a faixa de R$ 3,80, a moeda tem como grande desafio no curtíssimo prazo o topo intermediário em R$ 3,91. Porém, como está em tendência de alta em todos os tempos gráficos, a probabilidade maior fica por conta do rompimento da resistência, tendo como objetivo o topo do ano (até então) em R$ 3,98, de olho na “barreira psicológica” dos R$ 4,00.

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Bolsa mundiais também sofrem realização

Assim como aqui, as bolsas internacionais devolvem parte dos ganhos do pregão passado. Após fecharem em alta de 1%, os índices Dow Jones e S&P 500 recuavam 0,10% e 0,20%, respectivamente, com os investidores digerindo os resultados dos bancos, que não surpreenderam como precificado pelo mercado ao longo desta semana. Do lado das commodities, cobre e minério de ferro registravam queda de 0,5% com o resultado da balança comercial chinesa alimentando temores sobre novas sanções pelos EUA.

A China registrou superávit comercial de US$ 41,61 bilhões em junho, enquanto o mercado esperava US$ 26 bilhões para o período. As exportações da China para os Estados Unidos tiveram crescimento de 13,6% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período de 2017, para US$ 133,76 bilhões, o que pode ser usado por Trump para justificar novas medidas contra produtos chineses: “sem dúvida aumentará as chances de novas tarifas dos EUA serem impostas aos produtos chineses”, aponta relatório enviado aos clientes pelo Commerzbank.

Agenda econômica e pesquisa XP

Na agenda econômica, destaque para os dados de volume de serviços em maio publicados pelo IBGE, que recuaram 3,8% em maio, enquanto o mercado esperava queda de 4,1% no mês da greve dos caminhoneiros. Haverá, ainda, a confiança do consumidor de Michigan de julho às 11h e o discurso do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic.

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No calor do imbróglio jurídico que quase culminou em sua soltura no último domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu o nível de apoio à sua candidatura atingir o maior patamar em um mês. Segundo pesquisa feita pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) entre 9 e 11 de julho, a oitava por encomenda da XP Investimentos, o líder petista tem 30% das intenções de voto na única simulação de primeiro turno que considera sua candidatura – confira a reportagem completa clicando aqui.

Veja mais:

– Apoio a Lula atinge maior patamar em um mês após vaivém jurídico, mostra XP/Ipespe
– Disparada de 9% pode ser só o começo da recuperação da Usiminas, diz Credit Suisse
– Cielo desaba até 7% após CEO renunciar, mas ameniza; Eletrobras cai forte com leilão suspenso

O mercado também fica de olho nas notícias sobre o ajuste fiscal, em meio ao temor de “farra fiscal” com o Congresso adotando diversas medidas que podem gerar um impacto de cerca de R$ 100 bilhões nas contas públicas. Contudo, conforme aponta a Eurasia, o governo tem meios para evitar escorregão fiscal em 2018. A maioria das medidas será vetada pelo presidente Michel Temer, suspensa pelos tribunais ou compensada por outros aumentos de impostos; apesar de todo o ruído, as perspectivas para as finanças públicas no curtíssimo prazo melhoraram, afirma a consultoria.

O Valor, por sua vez, ressalta que o relator do projeto de lei da LDO aprovada na quarta, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), incluiu no texto alguns dispositivos – que estão sendo chamados na área técnica de “jabutis do bem”. O artigo 109 -A, por exemplo, mantido no texto, estabelece que uma despesa obrigatória sujeita ao teto de gasto só poderá ser criada em 2019 se outra despesa obrigatória em montante equivalente for cancelada. Com este comando geral, reajustes salariais ou criação de cargos poderão até ser propostos, mas quem o fizer terá que indicar qual despesa obrigatória será cortada. 

Política na IMTV

O Conexão Brasília desta sexta-feira recebe o analista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria. Na pauta, além do imbróglio jurídico que quase culminou na soltura do ex-presidente Lula no último domingo, destaque para as intermináveis negociações entre partidos e candidatos, que antecede o pontapé oficial da corrida eleitoral. O programa será transmitido ao vivo, a partir das 14h45 (horário de Brasília), pela IMTV e pela página do InfoMoney no Facebook.

Notícias do dia

Em destaque no noticiário, está a entrevista do presidenciável tucano Geraldo Alckmin à Folha de S. Paulo. Ele afirmou que, no que depender dele, estará junto com o DEM, em busca do apoio de um aliado histórico do PSDB, mas que tem flertado com o presidenciável Ciro Gomes (PDT).

Já o Estadão informa que Alckmin teve uma vitória, ao selar aliança com o PSD, de Gilberto Kassab. Enquanto isso, Ciro também se movimenta, e vai a São Paulo para negociar com o governador paulista, Márcio França. Já o PT, em cartada final, oferece apoio a candidatos do PSB (que também negocia aliança com o PSB) em cinco estados.

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