Publicidade
SÃO PAULO – Depois de saltar 3.200 pontos em três dias, o Ibovespa perdeu força na reta final do pregão e fechou no negativo nesta quarta-feira (4), pressionado pela ressaca das blue chips. As ações do Itaú Unibanco, Bradesco, Ambev e Petrobras encerraram em queda, sendo que a última teve o movimento intensificado pelas perdas do petróleo. Em Nova York, os contratos futuros do WTI caíram 1%, a US$ 49,98 o barril, após surpresa com o aumento das exportações da commodity nos Estados Unidos, que atingiram 2 milhões de barris por dia, trazendo preocupações sobre excesso de oferta global. Com isso, o índice registrou queda de 0,22% nesta sessão, a 76.591 pontos, depois de ter atingido alta de 0,31%, a 77.004 pontos na máxima do dia. O volume financeiro movimentado hoje na B3 foi de R$ 8,89 bilhões.
Com a correção, a bolsa brasileira se descolou hoje do mercado acionário americano, que renovou novas máximas históricas. O S&P 500 fechou em alta de 0,12%, a 2.538 pontos, no seu sétimo pregão no positivo, maior sequência de ganhos desde maio; o Dow Jones subiu 0,12%, a 22.661 pontos; já o Nasdaq encerrou praticamente estável (+0,04%), a 6.534 pontos.
Enquanto a bolsa perdeu força, as taxas de juros futuros chegaram ao fim do pregão perto da estabilidade, com os juros tomando algum fôlego em relação aos patamares registrados pela manhã, mesmo com o dólar mantendo a desvalorização. Com a postura mais conservadora dos agentes para os patamares tocados nas mínimas do dia, o DI janeiro/2019 – mais negociado do dia – subiu 0,02%, a 7,32%; e o DI janeiro/2021 encerrou a 8,88%, frente 8,85% no ajuste de ontem. O dólar comercial encerrou em queda de 0,47%, a R$ 3,1307 na compra e R$ 3,1314 na venda.
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Captação de US$ 3 bilhões
O mercado estendeu os ganhos nesta manhã com o resultado da captação de US$ 3 bilhões anunciada ontem à noite pela Fazenda na emissão de bônus em dólares com vencimento em 2028. O spread dos títulos de 235 pontos-base sobre os Treasuries, enquanto os investidores projetavam 250 pontos-base, comprovou o maior apetite dos estrangeiros pelos títulos brasileiros e foi considerada um sucesso por conta do custo menor realizado e resultado acima do esperado, interpretado como um voto de confiança para a recuperação econômica do Brasil.
De acordo com o porta-voz da secretaria do Tesouro, a demanda dos investidores estrangeiros pelos títulos brasileiros foi várias vezes maior que o volume fechado e isso pode puxar a fila das captações corporativas, que já está agitando o mercado. Segundo informações da Bloomberg, Braskem (BRKM5) e Gerdau (GGBR4) estão conversando com investidores a emissão de pelo menos US$ 500 milhões em títulos, ao passo que a empresa de saneamento Aegea conclui emissão no exterior de US$ 400 milhões.
Antevendo um maior fluxo de dólares para a economia, a divisa norte-americana acumulou a quarta sessão consecutiva de queda e encaminha-se para a faixa de R$ 3,10, lembrando que a mínima do ano, cravada em 23 de fevereiro, foi em R$ 3,05.
Continua depois da publicidade
Voto de confiança no Brasil
Ao mesmo tempo em que o mercado se animou nesta manhã com a captação do Tesouro, grandes nomes possuem visões divergentes sobre o Brasil. William Landers, da BlackRock (a maior gestora de recursos de recursos do mundo em ativos sob gestão), destacou uma visão positiva sobre o País, justificada por melhora dos indicadores e queda dos juros, que tem espaço para cair ainda mais, ao passo que a melhora econômica ainda mais significativa pode vir com aprovação de reforma da Previdência, mesmo que amena. Porém, o que pode atrapalhar o cenário é a eleição de 2018: “risco de candidato populista ser eleito é pequeno, mas não negligenciável”, apontou. Entretanto, durante o 18º Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, em São Paulo, o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, afirmou que o País vive um espetáculo de horror, com total desgovernança, violência, populismo, desordem e corrupção. Destaques do mercado
Os papéis da Usiminas subiram, enquanto da Gerdau recuaram, após o Bradesco BBI revisar a recomendação para o setor. No caso da primeira, os analistas reiteram compra e reforçaram sua preferência, ao passo que reduziram a recomendação para seu par em bolsa de compra para neutra (veja mais aqui). As maiores baixas, dentre as ações que compõem o índice Bovespa, foram: As maiores altas, dentre os papéis que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Bolsas mundiais Já na Ásia, com as bolsas da China ainda fechadas (assim como as da Coreia do Sul e Taiwan), os outros mercados fecharam majoritariamente em alta, reagindo novamente a mais um pregão de recordes em Nova York. No mercado de commodities, o petróleo WTI cai e chega a ficar abaixo de US$ 50 com sinais de aumento dos estoques de combustível, enquanto os metais têm desempenho misto em Londres. Veja o desempenho dos principais índices europeus e asiáticos: *CAC-40 (França) -0,05% *FTSE (Reino Unido) -0,01% *DAX (Alemanha) +0,53% *IBEX 35 (Espanha) -2,48% *Hang Seng (Hong Kong) +0,73% (fechado) *Nikkei (Japão) +0,06% (fechado) *Petróleo WTI -0,08%, a US$ 50,38 o barril *Petróleo brent -0,09%, a US$ 55,95 o barril
C?d.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
CMIG4
CEMIG PN
8,21
-2,49
+9,39
73,52M
PETR4
PETROBRAS PN
15,66
-2,00
+5,31
750,12M
PETR3
PETROBRAS ON
16,31
-1,98
-3,72
143,06M
TIMP3
TIM PART S/AON
11,67
-1,52
+49,93
50,30M
BBDC3
BRADESCO ON EJ
35,00
-1,41
+33,63
40,33M
C?d.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
NATU3
NATURA ON
32,82
+4,19
+43,30
51,09M
USIM5
USIMINAS PNA
9,02
+4,16
+120,00
273,35M
FIBR3
FIBRIA ON
44,89
+3,46
+44,22
89,67M
ECOR3
ECORODOVIAS ON
11,90
+3,12
+47,58
35,24M
LAME4
LOJAS AMERICPN
20,20
+2,85
+19,00
148,58M
1 – Em reais (K – Mil | M – Milh?o | B – Bilhão) IBOVESPA
As bolsas europeias registraram leve queda, com destaque para o mercado espanhol, que tem recua com mais intensidade com a intensificação das tensões na Catalunha. Segundo o líder da região autônoma, Carles Puigdemont, a Catalunha vai declarar sua independência da Espanha em “questão de dias”.