10 ações vão de ganhos de 6% a quedas de 11% após balanços do 2° tri; Cemig cai 3% com derrota no TCU

Confira os principais destaques de ações desta quarta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O tom de cautela no mercado externo levou o Ibovespa a estender a queda pelo 2° pregão seguido. O índice fechou em baixa de 0,34%, a 67.671 pontos, mas atingiu na mínima do dia desvalorização de 0,90%, a 67.290 pontos. 

Do lado corporativo, a temporada de balanços corporativos mais uma vez roubou a cena: 10 ações foram de altas de 6% à queda de 11% reagindo aos números do 2° trimestre. Nos extremos, as ações da Gol dispararam após balanço confirmar a melhora vista na prévia operacional do período, com a empresa entregando um lucro operacional recorrente, ou Ebit, de R$ 37 milhões. Por outro lado, a Movida desabou até 12% após balanço frustrar as expectativas do mercado. Para o estrategista-chefe da Eleven Financial, Adeodato Volpi Netto, no entanto, o problema não foi o balanço mas a projeção esticada do mercado e uma possível distorção com os números apresentados pela rival Localiza em meados de julho. A recomendação dele para o papel segue em compra.

Vale menção que, enquanto as ações da Movida desabaram, os papéis da Localiza dispararam 3,27%, liderando os ganhos do Ibovespa. 

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Veja os principais destaques de ações desta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 13,97, +0,50%; PETR4, R$ 13,52, +0,22%)
As ações da Petrobras subiram acompanhando os preços do petróleo no mercado internacional. Em Londres, os contratos do Brent registraram alta de 0,63%, a US$ 52,47 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, subiam 0,59%, a US$ 49,46 o barril.

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Ainda no radar, a Petrobras reajustou o preço do diesel, com um corte de 0,4% e da gasolina com alta de 0,9%. Os preços para as refinarias passarão a valer a partir de 10 de agosto, segundo informação no site da estatal. 

Vale (VALE3, R$ 31,92, -0,41%; VALE5, R$ 29,36, -1,64%)

As ações da Vale caíram apesar de três notícias positivas para a empresa: 1) alta dos contratos futuros do minério neste pregão; 2) relatório do Bradesco BBI apontando para bom momento para os papéis da empresa no curto prazo; e 3) expectativa de que a conversão das ações PNs pelas ONs da companhia atinja e até mesmo supere o “piso” definido para a operação.

Pesam sobre os papéis, no entanto, hoje a crescente tensão entre EUA e Coreia do Norte. Na noite da última terça-feira, Donald Trump prometeu responder com “fogo e fúria” à Coreia do Norte caso o país prossiga com suas ameaças aos Estados Unidos pelo desenvolvimento de seu arsenal nuclear. Segundo informações de oficiais de serviços de inteligência norte-americanos, a Coreia do Norte conseguiu produzir, com sucesso, uma ogiva nuclear miniaturizada que pode ser transportada dentro de seus mísseis.

Veja abaixo as 3 notícias positivas para a Vale hoje:

1) Minério

Os contratos futuros de minério de ferro negociados na Bolsa de Mercadorias de Dalian avançaram 1,07% nesta sessão, encerrando cotados a US$ 84,92 (567 iuanes). 

2) Bradesco BBI diz que curto prazo é positivo para a Vale
Analistas do Bradesco BBI destacaram um bom desempenho de ações da Vale no curto prazo, citando que a empresa deve continuar a ser negociada dentro de uma ampla faixa de preços, sendo US$ 12 por ADR na máxima e US$ 8 por ADR na mínima. O fluxo de caixa descontado/preço-alvo mantido em US$ 10 por ADR, enquanto o preço-alvo das ações locais foi cortado de R$ 33,00 para R$ 31,00 devido ao esperado fortalecimento do real.

O Bradesco BBI elevou a estimativa do preço do minério de ferro para o segundo semestre de 2017 de US$ 55 a tonelada para US$ 70 a tonelada e manteve a estimativa de 2018 em US$ 60 a tonelada, com volta dos preços ao normal ministrados pela oferta. A perspectiva dos analistas para a Vale nos próximos 12 meses continua neutra, já que os preços do minério de ferro devem se normalizar. 

3) Conversão das ações PNs por ONs
Valor informou que a conversão voluntária de ações preferenciais em ordinárias da Vale, cujo prazo para adesão ao processo se encerra na sexta-feira, deve atingir e até mesmo superar o “piso” definido para a operação, segundo estimativas de mercado. Os controladores da Vale fixaram a adesão mínima de 54,09% dos preferencialistas para que a transação vá adiante – o equivalente a cerca de 1 bilhão de ações PNA da mineradora. 

Aviação
As ações do setor de aviação ganham destaque hoje entre balanço do 2° trimestre da Gol, dados operacionais da Azul de julho e a votação de um possível teto do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para combustível de aviação hoje no Senado. 

No caso do ICMS, a proposta necessita de pelo menos dois terços dos votos favoráveis e, se aprovada, já passa a valer hoje, sem precisar de sanção presidencial por se tratar de um Projeto de Resolução do Senado. No entanto, vale menção que a votação já foi adiada em outros momentos por falta de quórum – inclusive ontem, após pedido do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).  

Segundo o BTG Pactual, o imposto é uma das principais razões pelas quais o preço do combustível de aviação no Brasil é tão superior ao visto em outros países, mas que alguns senadores têm se mostrado favoráveis à mudança já que vai aumentar o número de rotas e diminuir o preço das passagens, apesar do impacto que pode causar no fiscal de alguns estados. “O impacto potencial para as companhias aéreas pode ser significativo e reiteramos visão positiva no setor”, comentaram os analistas.

Além do ICMS…

Balanço da Gol do 2° tri
As ações da Gol (GOLL4, R$ 10,48, +6,29%) acompanham hoje também a divulgação do balanço do 2° trimestre. A companhia teve lucro operacional recorrente (Ebit) de R$ 37 milhões, revertendo resultado negativo registrado no mesmo período do ano passado, em meio à conclusão do processo de reestruturação que ampliou a utilização de suas aeronaves em cerca de 1 hora no período.

Leia aqui: Prejuízo de R$ 400 milhões e ações sobem 6%: o que explica a euforia do mercado com a Gol?

O resultado foi o primeiro positivo da empresa para o segundo trimestre em sete anos em bases recorrentes. A margem Ebit foi de 2% ante 8% negativos no mesmo período de 2016.

Segundo o BTG Pactual, o resultado veio em linha com o esperado, mostrando uma melhoria de balanço (R$ 900 milhões) contra o 1° trimestre. “Guardada a sazonalidade desfavorável do trimestre, foi um bom resultado”, comentaram os analistas.

A empresa registrou prejuízo de R$ 406,3 milhões no segundo trimestre de 2017, revertendo assim o lucro de R$ 309,5 milhões que havia anotado no mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o resultado ficou negativo em R$ 173,6 milhões, ante lucro de R$ 1,066 bilhão no ano passado. Já a receita líquida operacional de abril a junho cresceu 7% ante igual intervalo de 2016, para R$ 2,234 bilhões. 

Resultado operacional da Azul
Já as ações da Azul (AZUL4, R$ 28,00, +1,08%) reagem também aos dados operacionais de julho. A empresa mostrou que o tráfego de passageiros subiu 17,9% em julho na comparação anual, enquanto a capacidade teve alta de 16,3% no mês, em relação à mesma base de comparação. A taxa de ocupação foi de 84,4%, aumento de 1,2 ponto percentual. No acumulado do ano, a taxa de ocupação aumentou em 2,5 p.p., para 81,7%. No mercado doméstico, a taxa de ocupação foi de 79,8% e no internacional, de 90,6%. 

Gerdau (GGBR4, R$ 11,37, -0,87%)

De volta à temporada de balanços do 2° trimestre, a Gerdau teve lucro líquido consolidado ajustado de R$ 147 milhões no período, 20,1% menor ante o resultado positivo de R$ 184 milhões no mesmo período de 2016. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 1,12 bilhão, queda de 6,7% ante igual intervalo do ano passado. A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 9,17 bilhões, abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Bloomberg de R$ 9,44 bilhões (faixa entre R$ 9,18 bilhões a R$ 9,84 bilhões).

Segundo analistas do BTG Pactual, o resultado da companhia foi bom, com destaque para a expansão do Ebitda, que veio em linha com a projeção (lembrando que nas últimas semanas eles já tinham ajustado para cima os números da empresa para o período). Eles ressaltaram ainda que a empresa mostrou melhora na rentabilidade em todas as regiões na comparação trimestre a trimestre, com destaque para: 1) Brasil: margem Ebitda em 15,5% (+50 pontos-base acima da projeção); 2) EUA: margem Ebitda de 6% (um pouco abaixo do call, que estava “excessivamente otimista”); 3) Aços especiais em 18.4% (200 pontos-base acima do esperado).

Segundo eles, o resultado desse trimestre, no entanto, ainda é bem abaixo do potencial da empresa, dado o nível de ociosidade nos 2 mercados centrais da empresa : Brasil e EUA. Além disso, o balanço mostra um fluxo de caixa livre positivo no 2° trimestre de R$ 241 milhões, mas que deve mostrar melhora a partir do 2° semestre. “A ação deve continuar suportada pela cenário externo, mas a grande dúvida ainda é quando vão ajustar para cima preço de aço no mercado interno e quando teremos atualizações de vendas de ativos”, comentaram. O banco segue com recomendação de compra para a ação, sendo uma das “top picks” do setor. 

Por sua vez, os analistas do UBS ressaltam que, apesar de 2016 e o primeiro semestre de 2017 terem vindo melhores do que o esperado, eles seguem cautelosos com a recuperação do setor, dado a sobrecapacidade do aço carbono globalmente e eventuais deteriorações estruturais na demanda chinesa. No entanto, eles acreditam que, seguindo no “status quo”,  pode ser mantido ao menos o 3° trimestre de 2017, já que a demanda de aço da China ainda se beneficia das medidas de 2016 de estímulos e crédito. Eles seguem com recomendação de venda para a ação, reforçando que aumentam as chances de uma revisão para baixo no case. O preço-alvo é de 8,50, o que representa um potencial de desvalorização de 26%. 

Movida (MOVI3, R$ 9,49, -10,81%)
As ações da Movida afundam nesta sessão após balanço do 2° trimestre. A empresa encerrou o período com receita líquida de R$ 590,5 milhões, avanço de 26,9% na comparação com o mesmo trimestre de 2016, enquanto o Ebitda alcançou R$ 71,5 milhões, recuou de 12,3% na mesma base de comparação. No entanto, a margem Ebitda caiu 5 pontos percentuais, para 29,7%. Já o lucro líquido saltou 97,4%, para R$ 11,1 milhões. 

Leia aqui: Balanço do 2° trimestre derruba uma das apostas na bolsa para 2017: a compra caiu por água abaixo?

Para o BTG Pactual, o resultado veio fraco, com Ebitda ajustado abaixo do esperado, assim como o lucro líquido contábil, com despesa financeira mais altas. “Esse foi mais um trimestre que eles apresentaram crescimento de volume forte no RAC (segmento de locação de veículos) de 42% na comparação anual, com preço médio caindo 4,5%, mas a margem Ebitda ajustada do segmento contraiu 530 pontos-base no período, para 25%, diante de uma de uma piora das despesas gerais e administrativas”, comentaram. No aluguel de frotas, as margens recuperaram, indo para 68,5%, com forte pricing (+16%), apesar da queda de volume, enquanto no segmento de seminovos o trimestre foi fraco por conta de estratégia de varejo que não está levando a expansão de margem. Além disso, a os analistas apontaram que a alavancagem subiu para 2,8 vezes a dívida líquida/Ebitda (contra 2,3 vezes).

Em meio aos números sem brilho, os analistas do banco optaram por cortar o preço-alvo da ação de R$ 14,00 para R$ 12,00.

BR Properties (BRPR3, R$ 10,20, -6,16%)
A BR Properties teve prejuízo líquido de R$ 8,8 milhões no segundo trimestre de 2017, montante 67,0% abaixo do prejuízo de R$ 26,9 milhões registrado no mesmo período de 2016.

Segundo balanço publicado nesta terça-feira, 8, pela companhia, o resultado líquido foi impactado, principalmente, pelo efeito não caixa da desvalorização cambial sobre o bônus perpétuo denominado em dólares, no montante de R$ 26,0 milhões.

O lucro líquido ajustado (que desconsidera amortização, depreciação e efeitos não caixa) foi de R$ 20,9 milhões, recuo de 4,1% na mesma base de comparação. No semestre, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 41,357 milhões, queda de 10%.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 82,970 milhões no segundo trimestre, baixa de 15%. No semestre, o Ebitda ajustado alcançou R$ 172,257 milhões, retração de 14%.

A receita líquida no segundo trimestre foi de R$ 104,678 milhões, encolhimento de 13%. No semestre, a receita totalizou R$ 218,708, queda de 12%. Essa redução no faturamento é explicada pelo aumento dos espaços vagos nos empreendimentos na comparação anual, bem como pela redução do valor de aluguel de determinados contratos. 

A companhia teve a recomendação reduzida para neutra pelo Credit Suisse. 

Sanepar (SAPR4, R$ 10,75, -5,95%)
As ações da Sanepar afundaram após resultado fraco do 2° trimestre. A empresa de saneamento do Paraná registrou receita operacional de R$ 908,8 milhões no período, crescimento de 3,74% na comparação com o mesmo trimestre de 2016, enquanto o Ebitda mostrou queda de 5,66%, indo para R$ 320,4 milhões. Em função disso, a margem Ebitda caiu 3,5 p.p, para 35,2%. O lucro líquido recuou 5,84%, para R$ 196,8 milhões. 

Segundo o BTG Pactual, o resultado foi fraco, impactado por volumes menores. “Enquanto no 1° trimestre os volumes cresceram 4,5% na comparação anual, no 2° trimestre teve uma queda de 2,8% (contra expectativa do banco de avanço de 1,4%). Essa diferença se deu pela mudança da estrutura tarifária da companhia, que reduziu a tarifa mínima de 10m3 para 5m3”, explicaram os analistas.

Apesar do balanço ruim, os analistas ressaltam que a ação é a mais barata do setor, mas, por enquanto, a principal pergunta dos investidores é: qual a probabilidade de que o diferimento tarifário de 8 anos ser respeitado, especialmente considerando que há duas eleições estaduais durante esse período?

Para eles, se o diferimento não for respeitado, isso significaria que o retorno regulatório implícito é menor que o esperado inicialmente (ou seja, uma RAB menor). Então, parece que mercado está em compasso de espera antes de se posicionar, até que se tenha mais visibilidade do cenário eleitoral de 2018. A recomendação do banco, no entanto, segue em compra, com preço-alvo em R$ 15,00.

Iguatemi (IGTA3, R$ 37,18, -0,32%)
A Iguatemi, dona de 17 shopping centers no País, teve lucro líquido de R$ 50,975 milhões no segundo trimestre de 2017, uma alta de 45,3% em relação ao mesmo período de 2016, conforme balanço publicado nesta terça-feira, 8, pela companhia. No acumulado do primeiro semestre, o lucro líquido totalizou R$ 101,594 milhões, aumento de 37,7% na mesma base de comparação.

O aumento do lucro no trimestre decorre, principalmente, do recuo das despesas financeiras por conta das quedas na alavancagem e no custo da dívida. Pelo lado operacional, também houve ganhos de receita com o recebimento de luvas pela entrada de novos lojistas, alta no faturamento com aluguéis e redução da inadimplência dos comerciantes que ocupam espaços nos shoppings.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 130,472 milhões no segundo trimestre, crescimento de 7,3%. No semestre, o Ebitda totalizou R$ 256,236 milhões, alta de 2,2%. No fim de junho, a margem Ebitda atingiu 76,1%, patamar próximo do teto da meta para o ano, que vai de 73% a 77%.

O lucro medido pelo FFO (lucro líquido antes de depreciação, amortização e efeitos não caixa) atingiu R$ 77,356 milhões de abril a junho, avanço de 24,1%. No semestre, o FFO chegou a R$ 154,454 milhões, crescimento de 19,9%.

A receita líquida atingiu R$ 169,413 milhões no segundo trimestre, variação positiva de 4,1%. No semestre, a receita foi a R$ 336,762 milhões, expansão de 4,2%. A companhia tem a meta de elevar a receita entre 2% a 7% no ano.

A Iguatemi teve uma despesa financeira líquida de R$ 43 milhões, o que representa uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 53 milhões.

Mills (MILS3, R$ 3,88, -3,72%)
As ações da Mills afundaram até 4,71%, a R$ 3,84, nesta sessão, após resultado do 2° trimestre. A receita líquida da empresa caiu 32,9% no período, para R$ 70,6 milhões, enquanto o Ebitda ficou negativo em R$ 11,8 milhões, mas mostrando recuo de 186,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2016. A margem Ebitda passou de 13,0% para 16,8%. Já o prejuízo líquido cresceu em 74%, para R$ 36,4 milhões. 

Segundo o BTG Pactual, o resultado veio fraco, com o ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) ajustado piorando de novo para -11,2% (contra -9,4% no 1° trimestre. Os analistas destacam que seguem cautelosos com case, ainda com dificuldade de enxergar o ponto de inflexão da empresa.

Fras-le (FRAS3, R$ 4,80, +3,00%)
A Fras-le reportou um lucro líquido de R$ 27,9 milhões no segundo trimestre, uma alta de 45,7% ante os R$ 19,1 milhões de um ano antes. Enquanto isso, a receita líquida consolidada caiu 0,9% no mesmo período, atingindo R$ 215,1 milhões. Apesar do resultado pior, a receita evoluiu ante o primeiro trimestre, o que se deve, em grande parte, pelo maior volume de vendas.

O Ebitda no segundo trimestre ficou em R$ 33,8 milhões, também sofrendo a influência do menor nível de receitas e lucro bruto, com uma queda de 24% ante os R$ 44,4 milhões reportados entre abril e junho de 2016. A margem Ebitda ficou em 15,7% no trimestre, que corresponde a uma queda de 4,8 pontos percentuais comparado ao mesmo período do ano passado.

O custo dos produtos vendidos do primeiro semestre somou R$ 296,4 milhões, e representou 75,5% da receita líquida consolidada, resultando em uma pequena evolução de 2,6% em valor absoluto, e um acréscimo de 7,0 pontos percentuais em proporção à receita líquida consolidada.

Já as despesas operacionais somaram R$ 32,3 milhões entre abril e junho, apresentando uma redução de 10,2% comparadas ao segundo trimestre de 2016, quando haviam ficado em R$ 36,0 milhões.

Ouro Fino (OFSA3, R$ 26,71, -0,19%)
A Ourofino apresentou receita líquida de R$ 137,9 milhões no segundo trimestre de 2017, um crescimento de 2,5% comparado ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido ajustado fechou em R$ 14,9 milhões, um aumento de 136,5% em relação a um ano antes.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 32,0 milhões com margem Ebitda de 23,2%, um aumento de 8,2 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2016. As despesas com vendas, gerais e administrativas do segundo trimestre somaram R$ 46,4 milhões, com recuo de 14,7% em um ano.

Comgás (CGAS5, R$ 49,56, +5,00%)

A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), distribuidora de gás natural com atuação em parte do Estado de São Paulo, incluindo a região metropolitana, registrou um lucro líquido normalizado pela conta corrente regulatória de R$ 204 milhões no segundo trimestre deste ano, montante 66,5% maior que o reportado no mesmo intervalo de 2016. O indicador normalizado, na visão da administração, melhor reflete o desempenho da companhia. Pelo critério IFRS, o lucro líquido foi de R$ 146,3 milhões, representando uma queda de 66,5% sobre igual período do ano passado..

O Ebitda normalizado pela conta corrente regulatória somou R$ 459,8 milhões entre abril e junho, alta de 37,5% na comparação anual. A companhia destacou que o número foi negativamente impactado por um ajuste não caixa na conta corrente regulatória no valor de R$ 60 milhões. “Excluindo esse efeito, o Ebitda normalizado teve um incremento de 16,6%, refletindo o maior volume de vendas, melhor mix e positivamente afetado pela correção das nossas margens pela inflação em maio de 2016 e 2017 (9,81% e 2,55%, respectivamente)”, explicou a companhia. A margem Ebitda normalizado avançou 11,4 pontos porcentuais, para 33,8%.

O Ebitda IFRS somou R$ 366,3 milhões no segundo trimestre, o que corresponde a uma queda de 42,9%, influenciado pela mecânica da devolução da conta corrente regulatória. A Margem Ebitda, por esse critério, recuou 16 p.p., para 26,9%.

As despesas financeiras líquidas atingiram o montante de R$ 41,2 milhões no segundo trimestre deste ano, o que corresponde a um redução de 10,3% em relação ao mesmo período de 2016. “Essa variação é explicada principalmente pela menor dívida líquida, queda da taxa de juros e reversão de contingência civil no segundo trimestre de 2017, parcialmente compensada pelo reconhecimento de juros sobre créditos tributários no segundo trimestre de 2016”, explicou a companhia.

A receita líquida atingiu R$ 1,359 bilhão, retração de 9%, refletindo a redução das tarifas, definidas pelas portarias da agencia reguladora, a Arsesp. “Vale mencionar que estes movimentos ocorreram em virtude da dinâmica do custo do gás e do saldo da conta corrente regulatória, sem impactar as margens normalizadas da companhia”, destacou a companhia.

Cemig (CMIG4, R$ 8,77, -2,66%)
O TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou nesta quarta-feira o pedido da Cemig para suspender o leilão de quatro usinas hidrelétricas controladas pela companhia, dando aval para que o governo federal faço o leilão, marcado para o dia 27 de setembro. O governo espera arrecadar ao menos R$ 11 bilhões com a licitação.

A Cemig, que vê suas ações caírem cerca de 2,7% (R$ 8,64), nesta quarta-feira, questiona o direito de o governo federal licitar as usinas e alega que os contratos das usinas, que venceram, previam a renovação automática das concessões por 20 anos. Já o TCU entende que cabe à União renovar ou não as concessões, não havendo qualquer vinculação ou obrigatoriedade.

As quatro usinas que vão a leilão – São Simão (R$ 6,74 bilhões), Jaguara (R$ 1,9 bilhão), Miranda (R$ 1,1 bilhão) e Volta Grande (R$ 1,29 bilhão) – envolvem contratos de concessão que venceram entre agosto de 2013 e fevereiro de 2017. A concessionária mineira não aceitou prorrogar os contratos nas condições definidas pela lei e decidiu entrar na Justiça para tentar renovar suas concessões com base em regras anteriores à lei de 2013, que estabelece os parâmetros de renovação.

MRV (MRVE3, R$ 14,13, -0,07%)

A MRV Engenharia convocou uma reunião do conselho de administração para o dia 14 de agosto para propor aumento de capital da controlada Log Commercial Properties e Participações no valor de R$ 308,466 milhões, sendo R$ 209 milhões via MRV e R$ 99 milhões dos demais sócios. O aporte tem em vista um potencial forte de crescimento no segmento industrial e logística. 

Em relatório, analistas do BTG Pactual comentam que, com alavancagem alta (a Log Commercial tem uma dívida líquida/Ebtida em 9 vezes) e um pipeline de capex (investimentos em bens de capital) pesado, houve necessidade de novo aumento de capital. Ainda assim, eles veem o anúncio como levemente negativo para a empresa, mas ainda mantêm a recomendação de compra para o papel. 

Paranapanema (PMAM3, R$ 1,62, +3,18%)
As ações small caps da Paranapanema dispararam até 12,74%, a R$ 1,77, nesta sessão, com acordo para renegociação de dívidas de aproximadamente US$ 616 milhões. 

A empresa explicou, em fato relevante divulgado ao mercado, que o Instrumento Particular de Acordo Global – celebrado entre sua controlada CDPC (Centro de Distribuição de Produtos de Cobre), na qualidade de fiadora, e com seus principais credores – está sujeito à realização, pela companhia, de aumento de capital mediante oferta pública de distribuição de ações, com esforços restritos de colocação, em um montante entre R$ 290 milhões e R$ 450 milhões. O acordo também depende da conversão de debêntures conversíveis em ações de emissão da companhia, por parte dos credores, em montante equivalente a R$ 360 milhões.

Eneva (ENEV3, R$ 14,06, +1,15%)

A Eneva apresenta pedido para ofertas primária e secundária de ações. As ofertas foram aprovadas pelo conselho de administração em reunião nesta terça-feira, segundo fato relevante. O coordenador líder será BTG Pactual; Itaú BBA, Goldman Sachs, Bradesco BBI, Citi e Santander Brasil atuarão como demais coordenadores, segundo minuta do prospecto preliminar. A quantidade da oferta e cronograma estimado serão divulgados posteriormente.

Recomendações

Além do corte de recomendação da BR Properties pelo Credit Suisse, outras recomendações estão no radar. O ABC Brasil (ABCB4, R$ 16,59, +1,72%) foi elevado para “outperform” (desempenho acima da média) pelo Bradesco BBI, enquanto a Odontoprev (ODPV3, R$ 13,36, +0,45%) foi iniciada com recomendação de compra pelo HSBC. 

Sobre o ABC Brasil, os analistas do banco afirmam que há muito espaço para aumentar o crédito, já que sua posição de capital é de 16,2% (esperamos 13% em 2018), ainda apontando para 
valuation atraente com ROE resiliente.