Balanço forte do Santander, Embraer e Usiminas revertendo prejuízos e mais 7 resultados; IPOs e outros destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira (28) 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A temporada de resultados corporativos do segundo trimestre agita o mercado nesta sexta-feira, com destaque para os balanços do Santander, Embraer, Usiminas, Raia Drogasil, Estácio, Multiplan, entre outras companhias que apresentaram seus números. Além disso, a CVM confirmou a precificação das ações da IRB Brasil e Omega, que estreiam na próxima semana na B3. Confira os destaques:

IRB Brasil
As ações da IRB Brasil foram precificadas em R$ 27,24 – movimentando R$ 2 bilhões -, no piso da faixa estipulada, segundo informou a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A precificação máxima da faixa era de R$ 33,65.

A oferta é de até 86,35 milhões de ações, incluindo ofertas adicionais. Os papéis começam a ser negociados na próxima segunda-feira (31). O governo espera ter uma participação de 17% no IRB após o IPO e
manterá sua “golden share”, que lhe dará direito de veto em assuntos envolvendo a empresa.

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Omega

As ações da Omega Geração foram precificada a R$ 15,6 por ação em IPO, abaixo do piso da faixa indicativa para a operação, de R$ 17 a R$ 22. 

A oferta primária (novas ações) movimentou 38.051.111 ações, com giro financeiro de R$ 593,6 milhões. Já a secundária (papéis detidos por atuais sócios) teve 16.066.536 de ações vendidas, com um giro financeiro de R$ 250,64 milhões.

Usiminas (USIM5)

A Usiminas registrou lucro líquido de R$ 176 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo líquido de R$ 123 milhões na base anual de comparação. A companhia teve Ebitda  ajustado de R$ 750 milhões no trimestre, ante R$ 68 milhões um ano atrás.

Já seu caixa somou R$1,95 bilhão e sua dívida líquida somou R$ 5 bilhões, ante R$ 2,4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, respectivamente, no fim de março.

Santander Brasil (SANB11)

O Santander Brasil teve lucro societário de R$ 1,879 bilhão no segundo trimestre, 39,5% superior na base de comparação anual. Já o lucro líquido gerencial, que não considera ágio, foi de R$ 2,335 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 29,29% maior que a registrada em idêntico intervalo do ano passado, de R$ 1,806 bilhão. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando a cifra foi de R$ 2,280 bilhões, cresceu 2,4%.

A carteira de crédito ampliada do Santander totalizou R$ 324,944 bilhões ao final de junho, cifra 0,1% menor que a registrada em março, de R$ 325,426 bilhões. Em um ano, quando o saldo era de R$ 308,377 bilhões, aumentou 5,4%.

O Santander Brasil detinha R$ 653,050 bilhões em ativos totais no segundo trimestre deste ano, montante 0,3% menor que o registrado 12 meses antes, de R$ 655,194 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, de R$ 713,517 bilhões, a queda foi ainda maior, de 8,5%.

A inadimplência ficou em 2,9%, estável em três meses e queda de 0,3 ponto na base anual. Já as despesas líquidas com PDD (provisão para devedores duvidosos) totalizaram R$ 2,360 bilhões de abril a junho, com alta de 4,3% no trimestre e queda de 6,2% em 12 meses. O retorno ajustado sobre o patrimônio ficou em 15,8% no segundo trimestre.

Conforme aponta o Credit Suisse, o Santander reportou um trimestre muito forte. “Quando excluímos o resultado não-operacional de R$ 210 milhões, chegamos a um número cerca de 6,2% acima do consenso, principalmente em função de margem financeira (alta de 16,5% na base anual). Outro destaque positivo foi a qualidade de crédito, com uma melhora da inadimplência”, afirmam os analistas. 

Embraer (EMBR3)

A Embraer encerrou o segundo trimestre de 2017 com um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 192,7 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 337,3 milhões no mesmo período do ano passado. Com isso, a fabricante de aeronaves soma lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 327,6 milhões no semestre, ante R$ 48,5 milhões no primeiro semestre de 2016.

Já no critério ajustado, excluindo o imposto de renda e a contribuição social diferidos no período, a Embraer contabilizou lucro líquido de R$ 398 milhões entre abril e junho, o que corresponde a um aumento de 156,7% em relação aos R$ 155,5 milhões anotados na mesma etapa de 2016.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 822,9 milhões no segundo trimestre de 2017, revertendo o número negativo de R$ 182,7 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 14,4% no segundo trimestre, o que corresponde a um avanço de 18,2 pontos porcentuais (p.p.) em um ano.

Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 792 milhões, 57,2% acima dos R$ 502,2 milhões anotados entre abril e junho de 2016. A margem Ebitda ajustada ficou em 13,9%, ante margem de 10,5% na mesma comparação.

O resultado operacional (Ebit) também correspondeu a uma reversão do número negativo anotado no segundo trimestre do ano passado, passando de R$ 432,1 milhões negativos, para R$ 562,4 milhões. A margem Ebit subiu dos -9,1% para 9,9%.

O Ebit ajustado, por sua vez, mais que dobrou e chegou a R$ 531,5 milhões entre abril e junho de 2017, ante os R$ 252,8 milhões registrados há um ano. A margem Ebit ajustada no trimestre ficou em 9,3%, alta de 4 p.p. na base anual.

As receitas líquidas aumentaram 19,3% entre os períodos, passando de R$ 4,771 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 5,696 bilhões na mesma etapa deste ano. No acumulado em seis meses, porém, a receita somou R$ 8,913 bilhões, menor que a de R$ 9,820 bilhões do primeiro semestre de 2016. Em seu informe de resultados, a Embraer reiterou todas as suas estimativas financeiras e de entregas para 2017.

Ontem à noite, a companhia ainda informou que o governo português autorizou a negociação de modelos KC-390. Embraer e Portugal estão em fase de negociação, não há contrato assinado, disse a fabricante brasileira de aeronaves. Portugal pode se tornar o segundo país a adquirir a aeronave militar já que é o que está em negociações mais avançadas, segundo a assessoria de imprensa da Embraer. 

RD (RADL3)
A RD, antiga Raia Drogasil, teve queda de 12% no lucro líquido do segundo trimestre sobre um ano antes, para cerca de R$ 138 milhões, afetado por uma queda nas vendas do período. A companhia registrou crescimento de vendas em mesmas lojas de 6,1% no segundo trimestre, ante alta de 14,5% entre abril e junho de 2016.

Segundo a RD, a queda nas vendas ocorreu por conta de uma base de comparação fraca com o segundo trimestre do ano passado, quando o surto de vírus Zika ainda impulsionava a venda de produtos como repelentes.

A receita líquida de vendas e serviços no segundo trimestre somou R$ 3,237 bilhões, alta de 16% sobre o mesmo período do ano passado. Além disso, a empresa teve geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado no segundo trimestre de R$ 301 milhões, queda de 1,2% sobre o mesmo período do ano passado.

Segundo o Bradesco BBI, anormalidades nos resultados, como margens menores, devem ser sentidas em escala menor no terceiro trimestre, mas não devem afetar o último trimestre da companhia. 

Conforme ressaltam os analistas do Credit Suisse, a performance mais fraca das vendas no trimestre é devido a grande quantidade de feriados. “No entanto, acreditamos que a tendência de crescimento de SSS no futuro deve ser menor, refletindo a queda da inflação. Com isso, esperamos que a receita desacelere para 16-18% versus os 19-20% que eram vistos. As ações devem sofrer no curto prazo, já que negociam com múltiplo alto e é a primeira vez em anos que esperamos revisões de lucros para baixo”, apontam os analistas. 

Já o BTG Pactual aponta que, apesar dos desafios no curto prazo continuarem pesando sobre o papel, os bons fundamentos do longo prazo seguem intactos, uma vez que a companhia segue com o plano agressivo de expansão em áreas pouco penetradas além de de execução superior, o que deve permitir com que ela consolide sua posição de liderança nos próximos anos. 

Estácio (ESTC3)
A Estácio fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 166,3 milhões, revertendo prejuízo de quase R$ 20 milhões registrado um ano antes.

Já o Ebitda subiu quase seis vezes no trimestre encerrado em junho sobre o mesmo intervalo de 2016, para R$ 254 milhões. A receita operacional líquida, por sua vez, saltou 9,3% no período, para R$ 835,3 milhões.

A empresa encerrou o primeiro semestre do ano com 540 mil alunos, alta de 0,9% em um ano, auxiliada pelo aumento de 10% na base EAD (Ensino a Distância). O número de alunos presenciais, no entanto, caiu 3%.

Segundo o Santander, os resultados foram saudáveis e acima das expectativas e são fruto da decisão administrativa de focar em vendas, em vez de expandir a base de estudantes. 

Copasa (CSMG3)

A Copasa viu seu lucro líquido subir 7,7% no segundo trimestre na comparação anual, para R$ 110,9 milhões, em meio ao melhor resultado financeiro. Já o Ebitda teve alta de 5% no período, para R$ 342,4 milhões, com margem Ebitda de 34,6% ante 35,1%. A receita líquida subiu 2,4%, para R$ 995,1 milhões.

Segundo o BTG, o resultado foi fraco, com volume menor e piora no mix de tarifas, o que acabou impactando negativamente a receita. “Apesar de terem conseguido garantir uma revisão tarifária favorável, temos que monitorar como a companhia vai performar no front operacional”, afirmam os analsitas. 

Multiplan (MULT3)
A Multiplan teve lucro líquido de R$ 104,5 milhões no segundo trimestre, 5,9% a mais do que no mesmo período de 2016, com os shoppings da companhia registrando melhora em índices de vendas e de ocupação por lojistas. O Ebitda, por sua vez, teve alta de 8,7% no período, para R$ 212,3 milhões.

Já a receita líquida da companhia aumentou 5,1% maior no período entre abril e junho, totalizando R$ 283,5 milhões. As vendas mesmas lojas nos shoppings da companhia subiram 6,7% no período, acima do percentual de 3,2% do primeiro trimestre e dos 2,3% registrados um ano antes.

A Multiplan também registrou queda na inadimplência dos lojistas, que caiu de 2,4% no segundo trimestre do ano passado, para atuais 1,3%. “A redução da inadimplência foi alavancada pelo aumento das vendas dos lojistas no trimestre e a consequente redução do custo de ocupação”, afirmou a Multiplan.

Segundo o Safra, os resultados positivos mostraram melhora nos indicadores operacionais, aceleração no crescimento da receita e controle de custos.

Fleury (FLRY3)

A Fleury registrou um lucro líquido de R$ 87,9 milhões entre abril e junho deste ano, 90,6% superior na comparação com os R$ 46,1 milhões registrados no mesmo período do ano passado. A receita líquida foi de R$ 597,6 milhões, aumento de 13,8%. O Ebitda foi de R$ 151,4 milhões, um crescimento de 24,1%, enquanto a Margem Ebitda cresceu 2,09 pontos percentuais e atingiu 25,3%. 

Segundo o Credit Suisse, o Fleury reportou mais um trimestre de resultado sólido, com Ebitda crescendo 24% na base anual e expansão de margem de 203 pontos-base.  

Ecorodovias (ECOR3)
A Ecorodovias viu seu lucro líquido crescer 77,2% no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano anterior, para R$ 80,1 milhões, apoiado em aumento de tarifas de pedágio e aumento de tráfego de veículos pesados e leves nas rodovias administradas pela companhia.

Já o Ebitda proforma totalizou R$ 412 milhões no período, o que representa um avanço de 16,4% sobre o segundo semestre de 2016. A tarifa média por veículos equivalentes pagantes de todo o grupo saltou 8,8% de abril a junho na comparação anual, para R$ 8,44, puxada por altas de mais de 10% na Ecosul, na Eco101 e também na Imigrantes.

A receita líquida do segmento rodoviário, que abrange sete concessões, cresceu 12% no trimestre, para R$ 571 milhões. No total, a receita líquida proforma cresceu 10% em um ano, para R$ 626 milhões.

Segundo o Bradesco BBI, a combinação sólida entre aumento do trafégo e disciplinas de custos ajudaram nos resultados mais fortes do que o esperado. Por outro lado, após o balanço, o Itaú BBA reduziu a recomendação das ações para marketperform. 

Engie (EGIE3)
A geradora Engie Brasil Energia reportou um lucro líquido de R$ 491,1 milhões no segundo trimestre, um avanço de 49,4% ante o mesmo período do ano anterior. A geração de caixa medida pelo Ebitda teve alta de 13,8% na comparação anual e somou R$ 855,5 milhões no trimestre.

Segundo o Credit Suisse, a companhia entregou um trimestre fraco em termos operacionais, mas com um nível de dividendo relevante. A principal justificativa por trás do resultado operacional mais fraco foram as perdas de GSF, enquanto que o resultado reportado teve uma auxilio de uma reversão de provisão de R$ 219 milhões relacionada a uma disputa judicial referente a contratos de compra de gás. “Os investidores podem se animar com os dividendos relevantes, mas não acreditamos que sejam considerados recorrentes”, afirmam os analistas.

 

Copel (CPLE6)

A Copel divulgou seus resultados operacionais do segundo trimestre, com a energia total vendida pela Copel Distribuição no mercado cativo tendo queda de 17,3% no segundo trimestre do ano, para 4.812 gigawatts-hora (GWh), em meio à forte queda no consumo industrial, de 49%, e no segmento comercial, de 13,9%. A baixa no consumo refletiu, principalmente, a migração de consumidores do mercado cativo para o livre, afirmou a companhia. 

Segundo o Santander, os resultados operacionais vieram fracos, mais uma vez, com queda significativa do volume de mercado. 

JBS (JBSS3)

A JBS convocou para 1 de setembro reunião de acionista pedida por BNDES. Os acionistas discutirão as medidas a serem tomadas pela JBS em defesa de seus interesses, inclusive aquelas relacionadas a potenciais perdas causadas por gerentes e acionistas controladores envolvidos em atos ilícitos, segundo comunicado na CVM em 26 de julho. 

Açúcar e álcool

Segundo o Valor, após grande pressão de usineiros, o governo decidiu recuar parcialmente do aumento de PIS/Cofins sobre o etanol e deve reduzir a atual alíquota para o combustível, vigente desde a semana passada. A decisão, no entanto, não mexe com a alta dos mesmos impostos para gasolina e diesel, que foram preservados. A decisão foi comunicada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, e por autoridades da Receita Federal durante reunião realizada ontem com representantes do setor sucroalcooleiro. 

Petrobras (PETR3;PETR4)

De acordo com informações da Bloomberg, a Petrobras e o BTG Pactual contrataram assessores para auxiliar na venda da joint venture que controla campos de exploração de petróleo na África, cujo valor pode atingir cerca de US$ 3 bilhões. A Petrobras contratou o Bank of Nova Scotia, enquanto BTG contratou Evercore Partners como assessores e o processo de venda será feito conjuntamente, disseram as fontes ouvidas pela agência. O Processo de venda do ativo pode começar já no próximo mês, disse uma das pessoas. Petrobras e Banco de Nova Scotia não responderam ao pedido de comentário; BTG e Evercore não quiseram comentar.

A Petrobras ainda informou que, a partir desta sexta-feira, houve novos aumentos nos preços dos combustíveis nas refinarias. A gasolina terá reajuste de 2,2%, e o diesel será elevado em 1,8%. Já nesta sexta, a companhia anunciou o corte em 0,2% no diesel e a elevação em 1% no preço da gasolina, válidos a partir de sábado (29). 

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Marfrig (MRFG3)

Segundo o Valor, a  Marfrig decidiu reabrir o frigorífico que tem em Paranaíba, em Mato Grosso do Sul. Com capacidade para abater cerca de 700 cabeças de gado bovino por dia, a unidade deverá ser reaberta em cerca de 40 dias. Será a terceira fábrica reaberta este ano.

Vale (VALE3;VALE5)

Em comunicado, a Vale informou que a Samarco (joint venture entre a mineradora e a BHP Billiton) não espera retomada de operações até fim de 2017. Os recentes desdobramentos e análises com relação ao processo de obtenção das licenças necessárias para o retorno de sua operação fizeram com que Samarco reconsiderasse a data anteriormente indicada e passasse a avaliar não ser mais possível retomar suas operações até o final de 2017. 

A não obtenção da anuência do município de Santa Bárbara, em Minas Gerais, para a captação imediata de água afetou a elaboração e protocolo dos estudos de impacto ambiental necessários para o restabelecimento de licença no prazo inicialmente previsto, de acordo com a Samarco. A companhia não pode estimar, neste momento, uma data para retorno de suas operações, segundo o comunicado da Vale.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

 A Eletrobras já teve 1,9 mil adesões a um programa de aposentadoria incentivada, o que sinaliza que a companhia deve conseguir alcançar meta de 2,4 mil funcionários inscritos, disse o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, ao participar de evento da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.

Ele ainda afirmou que  terá uma reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na segunda-feira sobre a privatização de suas distribuidoras de energia que atuam no Norte e Nordeste. 

Rumo (RAIL3)

Segundo a coluna do Broad, do jornal O Estado de São Paulo, a CCCC (China Communications Construction Company) apresentará até o final de agosto proposta pela Malha Sul, concessionária de ferrovia da Rumo, do Grupo Cosan. A companhia chinesa já realiza diligência no trecho e estuda se o investimento a ser feito pode ou não envolver o controle. O trecho percorre os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e parte do Estado de São Paulo. O aporte está condicionado, entretanto, à extensão do contrato da concessão da Malha Sul junto ao governo. A Rumo informou que está, neste momento, em fase final de negociação da prorrogação da Malha Paulista e que somente após sua conclusão ingressará em discussões sobre a extensão da Malha Sul. O Banco Modal não comentou.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp pediu à Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) postergação por 7 dias do inicio das etapas 6 e 7 cronograma estabelecido para a 2ª revisão tarifária ordinária, segundo comunicado.

“Considerando o desenvolvimento atual dos trabalhos, a complexidade dos assuntos tratados e a necessidade de prestar esclarecimentos finais solicitados pela agência reguladora, o prazo adicional servirá para a interação entre as equipes técnicas, com vista a garantir a correta interpretação dos dados fornecidos pela companhia e mitigar eventual risco de divulgação de resultados preliminares inconsistentes e unilaterais, com
efeitos adversos diretos e indiretos para a sociedade em geral, os acionistas e demais partes interessadas, inclusive, com potencial para comprometer a prestação adequada de serviços públicos essenciais prestados pela companhia”. A etapa 6 consiste na elaboração de Nota Técnica Inicial com P0 Preliminar e Custo Médio Ponderado de Capital – WACC, enquanto a etapa 7 trata da abertura de consulta pública e audiência pública – P0 Preliminar e Custo Médio Ponderado de Capital – WACC.

Cemig (CMIG4)

A Cemig está abrindo novas frentes dentro do governo, incluindo interlocução na Fazenda, para dialogar sobre a renovação das concessões das usinas hidrelétricas de Miranda, Jaguara e São Simão, segundo diretor jurídico da empresa, Luciano de Araújo Ferraz, afirmou para a Bloomberg. “O governo já esteve mais resistente às propostas, estamos sensibilizando os ministérios”, disse ele.

A Cemig quer ter renovação das concessões, enquanto governo anunciou o leilão das usinas. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e representantes de entidades como Federação das Indústrias de Minas Gerais divulgaram nesta semana carta aberta em defesa da renovação das concessões. 
No dia 3 de julho, a Cemig apresentou propostas ao ministério de Minas e Energia para a exploração conjunta das usinas. Em uma das propostas apresentadas pela empresa ao governo, a União teria o valor equivalente integral ao que embolsaria com a realização do leilão das usinas em setembro, segundo Ferraz. As propostas envolvem a criação de uma empresa, como a chamada sociedade de propósito específico, agrupando as 3 usinas em questão somadas à usina hidrelétrica de Volta Grande, em que a Cemig e a União seriam sócios. Na primeira proposta, Cemig teria 55% de participação, enquanto a União teria 45%. A concessão das três usinas seria por 20 anos, enquanto a de Volta Grande seria de 30 anos
Na segunda proposta, Cemig teria 33% de participação, enquanto a União teria 67%, por 50 anos; 

“A primeira proposta concede à União um valor menor do que o governo espera no leilão, mas na segunda, o valor é integral”, disse Ferraz. “A melhor solução é chegarmos a um acordo, e acreditamos que chegaremos”, afirmou. Contudo, ontem, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que não há nenhum motivo para que as usinas não sejam licitadas. 

Unipar (UNIP6)

O controlador da Unipar pediu à CVM suspensão de OPA por até 3 dias. A Vila Velha Administração e Participações, acionista controlador e ofertante da OPA da Unipar Carbocloro, pediu à CVM suspensão do prazo da OPA por até 3 dias úteis para que, junto com os acionistas, possam avaliar os impactos da transação envolvendo a Tecsis anunciada nesta quinta-feira, segundo comunicado.

“Considerando que a decisão sobre a transação ocorre no dia imediatamente anterior à realização do leilão da OPA, os acionistas não dispuseram de tempo para analisar os potenciais impactos financeiros da transação na companhia, o que pode afetar a sua decisão de adesão ou não à oferta”.

Em outro comunicado, Unipar Carbocloro disse que conselho aprovou os principais termos e condições para realização de desinvestimento da participação acionária na Tecsis Tecnologia e Sistema Avançados, atual coligada da companhia, representativa de 17,8% do capital social. A transação compreenderá desembolso de caixa no valor de até R$ 110 milhões, sendo R$ 55 milhões imediatamente e o remanescente ao longo do terceiro e quarto trimestres, “baseado no passivo descoberto da Tecsis na proporção de participação da companhia em 31 de março de 2017, “por meio da subscrição e integralização pela companhia de títulos representativos de participação societária e de dívida a serem emitidos pela Tecsis, e a consequente alienação de tais valores mobiliários”. A transação não gerará qualquer ajuste negativo adicional às demonstrações financeiras uma vez que já foram feitas anteriormente provisões para possíveis perdas referentes a tal participação acionária.

A Unipar Carbocloro poderá receber na hipótese de alienação da Tecsis nos próximos 3 anos valor proporcional à participação até o montante de R$ 55 milhões. A “referida transação tem por objetivo proteger a companhia e seus acionistas de eventuais prejuízos e riscos futuros decorrentes da participação societária na Tecsis”

(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.