Petrobras, Gerdau, Vale e mais 14: as notícias que vão agitar o mercado na volta do feriado

Petrobras e Eletrobras vão vender empresas, Nippon diz que tentará barrar CEO da Usiminas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O mercado volta do feriado de Corpus Christi promete ser movimentada, com diversas notícias corporativas. Enquanto as bolsas mundiais têm um dia de cautela de olho na chairwoman do Federal Reserve Janet Yellen e nos sinais de alerta para a economia mundial, o noticiário corporativo sobre Gerdau, Vale, entre outras deve movimentar o mercado desta sexta-feira (27). Confira abaixo:

Gerdau
A Gerdau (GGBR4) é alvo de processo nos EUA após envolvimento na Zelotes. A companhia é processada nos EUA por duas pessoas que denunciam que a siderúrgica enganou acionistas ao não informar seu envolvimento em um esquema de propina e fraude tributária.

O processo cita o CEO, Andre Gerdau Johannpeter, e os executivos Harley Lorentz Scardoelli, diretor financeiro da Gerdau desde julho/2015, além de André Piras de Oliveira Dias e Osvaldo Burgos Schirmer. Os investidores afirmam que eles perderam dinheiro após notícias de que a Gerdau era uma das empresas investigadas em conexão com um esquema de fraude fiscal de bilhões de dólares do Ministério da Fazenda

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A Gerdau nega irregularidades e disse que nenhum dos seus funcionários já tentou subornar funcionários para influenciar decisões fiscais. 

Usiminas
A Nippon Steel tomará medidas legais para barrar o CEO da Usiminas (USIM5). A Nippon Steel  diz que aprovação de nova diretoria, incluindo de Sergio Leite de Andrade como presidente, foi feita sem seu consentimento prévio, o que é uma “clara violação” do acordo de acionistas, segundo comunicado no website do grupo japonês.

“Mudanças significativas na equipe de gestão sob tal situação crítica poderiam comprometer os esforços da Usiminas para a sua recuperação e seriam contra o interesse da Usiminas e seus stakeholders”. Em 25 de maio, o conselho da Usiminas aprovou eleição de Leite Andrade e de membros da diretoria. O mandato será até Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2018. 

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Gol
O prazo de prêmio por antecipação em troca dos bônus da Gol (GOLL4) não garantidos receberem prêmio de aceitação antecipada termina nesta sexta-feira, às 17:00 (horário de Nova York) e 18:00 (horário de Brasília), segundo comunicado divulgado pela empresa na quinta-feira.

O prêmio por antecipação corresponde a 5% do valor de face original, por oferta dos títulos em aberto seniores com vencimento em 2017, 2020, 2022 e 2023 e titulares dos bônus perpétuos. O prêmio de aproximadamente 10% a 50% oferecido em cima do atual valor de mercado inclui o prêmio de aceitação antecipada de 5% do valor de face original. 

Vale
A Vale (VALE3;VALE5) estuda venda de fatia em cobre e fertilizantes, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. A mineradora está impulsionando sua estratégia agressiva de redução da dívida, mantendo conversas iniciais com banqueiros sobre a venda de participações em alguns de seus melhores ativos, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

A companhia  busca levantar cerca de US$ 10 bilhões até o próximo ano para pagar a dívida e está avaliando a possível venda de uma participação minoritária em suas operações de cobre no Brasil, a totalidade ou parte do seu negócio de fertilizantes, disseram as fontes. A Vale também aventou a ideia de colocar à venda uma fatia no negócio de minério de ferro, embora seja desafiador conseguir um preço justo dadas as condições de preços fracos atuais da commodity, disseram as pessoas. As negociações estão em estágios iniciais e a empresa ainda tem de decidir sobre o curso de ação ou contratar banqueiros para aconselhar sobre as vendas de ativos, disseram. Um representante da Vale não quis comentar sobre planos de desinvestimento da empresa

Comgás 
A Comgás (CGAS5), maior distribuidora de gás natural do Brasil, anunciou na quinta-feira redução na maior parte de suas tarifas, incluindo clientes da indústria e do comércio, em meio a preços mais baixos do petróleo. As novas tarifas, que passarão a valer a partir de 31 de maio, tiveram ajustes distintos, conforme o segmento de mercado e o volume de consumo.

As tarifas de gás natural canalizado sofrerão redução para os segmentos comercial (de -8 por cento a -0,8 por cento), industrial (de -21 a 11,3 por cento) e cogeração (-17 a -19 por cento, além de ligeira queda para residências que consomem mais de 10 metros cúbicos/mês. Houve alta, no entanto, para clientes residenciais que consomem abaixo de 10 metros cúbicos/mês, com um aumento de 4,8 por cento para consumidores de 3 metros cúbicos/mês de consumo, e para o GNV (+2,2 por cento)- percentuais que se mantém abaixo da inflação, ressaltou a Comgás.

As novas tarifas são válidas para os consumidores de gás natural em toda a área de concessão da Comgás, que compreende 177 municípios na região metropolitana de São Paulo, região administrativa de Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista.  O reajuste realizado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) é resultado do alinhamento do custo de gás e repasse de valores acumulados na chamada conta-gráfica, que tiveram significativa redução em função da queda do preço do petróleo, que é a base para os preços do gás natural.

“As novas tarifas anunciadas pela Arsesp reforçam a competitividade do gás natural, uma alternativa energética segura, eficiente e versátil”, disse o diretor-presidente e de Relações com Investidores da Comgás, Nelson Gomes, em nota, ressaltando que se trata de uma excelente notícia para o setor produtivo.

A Comgás, controlada pela Cosan, conta com 1.605.838 clientes residenciais, 15.096 comerciais, 1.105 industriais e 26 de cogeração, além de 264 postos de combustíveis –a estimativa é de cerca de 100 mil motoristas com carro convertido para o uso de GNV.

ALL
A ALL quer recomprar debêntures da 10ª emissão em circulação. A recompra está condicionada à adesão, pelos debenturistas, ao reperfilamento das dívidas da cia e do grupo Rumo vincendas em 2016, 2017 e 2018, disse a companhia em comunicado ao mercado. Os debenturistas devem manifestar seu interesse até 24 de junho.

Marfrig
A Marfrig (MRFG3) fechou captação de US$ 750 milhões a yield de 8,25%, disseram fontes à Bloomberg. Os vencimentos são de 7 anos, com possibilidade de bonds serem resgatados a partir do 3º ano, segundo pessoa familiarizada com a transação que pediu para não ser identificada porque a informação é privada.  

Os bancos coordenadores são BB, Bradesco, HSBC, Morgan Stanley e Santander. Esta é a primeira emissão externa de uma empresa brasileira privada desde junho de 2015. O frigorífico disse que vai usar os recursos da venda para financiar sua oferta de recompra de dívida. A empresa se ofereceu para recomprar títulos com vencimento em 2016, 2017, 2018 e 2020

Banco do Brasil
O presidente interino Michel Temer definiu o nome do ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Paulo Caffarelli como novo presidente do Banco do Brasil (BBAS3). O executivo trabalhou por 30 anos na instituição federal, chegando ao cargo inclusive de vice-presidente. Atualmente, atuava como diretor-executivo da CSN.

Além disso, Gilberto Occhi será o novo presidente da Caixa Econômica Federal e deve assumir o cargo no dia 30 de maio, informou a assessoria do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, nesta quarta-feira.

Oi 
A Oi (OIBR4) assinou contrato de confidencialidade com um grupo de 6 investidores nesta quarta-feira, entre eles BlackRock, Citadel e Golden Tree, disseram duas pessoas próximas à negociação à Bloomberg. O acordo indica que conversas sobre renegociação está avançando. O grupo terá acesso a informações confidenciais da empresa e não poderá negociar os papéis da empresa, comentaram as fontes. Oi, Moelis e Golden Tree não quiseram comentar o assunto, enquanto BlackRock e Citadel não responderam imediatamente a pedidos da Bloomberg de comentários por telefone e e-mails. 

Arteris
O conselho de administração da Arteris (ARTR3) aprovou hoje acordo de adiantamento para futuro aumento de capital de R$ 600 milhões entre a empresa e a controladora Participes, segundo fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O instrumento vai ser usado em razão das necessidades de caixa da companhia e suas controladas, disse a Arteris. 

Santander
O Santander (SANB11) planeja vender R$ 1,77 bilhão em créditos vencidos, segundo duas pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Bloomberg. Os empréstimos são parte de carteira de pessoa física e de pequenas empresas do banco, disseram as fontes. A Caixa Econômica Federal também consultou possíveis compradores para a carteira de créditos vencidos antes de suspender a operação com a mudança de governo. 

Contax
A BM&FBovespa aprovou o pedido da Contax (CTAX11) para ingressar no Novo Mercado.

Eletrobras e Petrobras
Para equilibrar as contas, o governo finaliza uma grande oferta de ativos na área de energia, informa o jornal O Globo. Serão vendidas subsidiárias de Petrobras (PETR3;PETR4) e Eletrobras (ELET6) já neste ano e ofertados campos de petróleo em 2017, informa o jornal. A estatal do setor elétrico deve se desfazer de ativos como parques eólicos do Nordeste, linhas de transmissão e de sua participação em sete companhias estaduais de distribuição. Só no caso da goiana Celg, a União pretende arrecadar R$ 1,4 bilhão. 

Magazine Luiza
A Magazine Luiza (MGLU3) aprovou recompra de até 350.000 ações ordinárias por um período de um ano, informou a companhia em comunicado.

Suzano
A Suzano Papel e Celulose (SUZB5), segunda maior produtora mundial de celulose de eucalipto e a Eldorado Brasil vão elevar em US$ 30 a tonelada o preço da matéria-prima vendida nos três mercados mundiais de referência (Ásia, Europa e América do Norte) a partir de 1º de junho, diz o Valor Econômico. É o segundo reajuste anunciado pelas duas companhias no ano, após os preços da fibra curta terem caído fortemente desde o fim do ano passado. Com o novo aumento, o preço de referência da celulose vendida na Ásia vai a US$ 570 a tonelada. 

 Tarpon
A Tarpon (TRPN3) informou que o Conselho de Administração aprova recompra de até 400.000 ações em 90 dias.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.