Petrobras, Ambev tem preço-alvo elevado, Bradesco e mais 12 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos da manhã desta quarta-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário aparece movimentado nesta quarta-feira (22). A Petrobras confirmou na terça-feira que uma comissão interna encontrou irregularidades na aprovação de um contrato de 2009 para fornecer nafta à petroquímica Braskem (BRKM5) e que enviou um relatório com essas informações ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal.

A Petrobras afirmou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que começou a investigar o contrato após ter acesso aos termos da delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-direitor da estatal Paulo Roberto Costa no âmbito da operação Lava Jato. A estatal disse, no entanto, que não foi possível identificar o prejuízo financeiro causado à companhia. 

No sábado, a TV Globo afirmou que os dois revelaram que a Braskem pagou um suborno para fechar um acordo que permitiria à empresa pagar valores abaixo do mercado pela nafta, causando perdas para a Petrobras.  

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A Braskem negou em um comunicado que obteve uma vantagem injusta no contrato de nafta, citando um trecho de um relatório interno da Petrobras que diz que “não foi possível, a esta comissão, identificar o prejuízo financeiro causado à Petrobras”. A companhia também disse que sempre realizou negociações transparentes, seguindo as melhores práticas de governança corporativa.

JBS (JBSS3)
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Wesley Batista, presidente da JBS, maior empresa de proteína animal do mundo, destacou que o País atravessa o pior ano das últimas duas décadas, mas que em 2017 ou 2018 a economia deve voltar aos trilhos. Diante do atual cenário, ele disse que a empresa precisou fechar cinco frigoríficos de carne bovina no País. “Não esperávamos uma queda tão brusca das exportações (…) Nós tivemos uma surpresa”, ressaltou, apontando que está faltando boi e sobrando carne. “Não está vendendo”, disse.

Bradesco (BBDC3; BBDC4)
O Bradesco informou nesta quarta-feira que continua analisando as oportunidades de negócio que estejam alinhadas com sua estratégia de crescimento, em resposta à notícia de que o banco negocia ativos do HSBC com exclusividade e a venda estaria prestes a sair.  

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Banco do Brasil (BBAS3)
Para ajudar a cumprir a meta “revisada” fiscal do governo, o Fundo Soberano pode continuar vendendo ações do Banco do Brasil. Até agora, já foram 5,6 milhões de papéis negociados, desde o final de junho até o último dia 16 de julho. Analistas estimam que as ações do banco devem seguir pressionadas. 

Veja mais em: Por que BB se tornar o mais barato do mundo não é oportunidade? 

Ambev (ABEV3)
A Ambev teve seu preço-alvo elevado pelo Citi para R$ 24,00 por ação, enquanto a recomendação foi reiterada em compra. A revisão veio por melhores mix de receitas nas operações brasileiras da fabricante de cervejas e crescimento mais rápido de vendas de bebidas na Argentina, destacaram os analistas. 

Gerdau (GGBR4)
Segundo informações do jornal Valor Econômico, as primeiras denúncias da Operação Zelotes, que investiga um esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) devem ser feitas em agosto.  

De acordo com o jornal, a nova juíza do caso, Mariana Boré, da 10ª Vara Criminal de Brasília, está agilizando a operação e já autorizou a quebra do sigilo bancário de vários envolvidos na Operação Zelotes. E, de acordo com o jornal, algumas decisões do Carf sob suspeita devem ser anuladas de imediato, como a que livrou a Gerdau (GGBR4) de multa de R$ 800 milhões, em abril de 2012, e outras envolvendo o Santander (SANB11) e a Marcopolo (POMO4).

Oi e Vivo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Portugal informou que existem investigações em curso relacionadas com a Portugal Telecom (PT), “as quais se encontram em segredo de Justiça”. 
Ontem, o jornal Público, de Portugal, publicou reportagem segundo a qual o Ministério Público daquele país está investigando “o envolvimento político” na venda à Telefónica das ações da PT na brasileira Vivo (VIVT4) e o cruzamento de posições acionárias com a operadora brasileira Oi (OIBR4).

A operação ocorreu em 2010, e consistiu na venda de 50% das ações da Vivo detidas pela PT à espanhola Telefónica, que pagou € 7,5 bi, e a consequente entrada da PT na Oi. Naquela ocasião, a PT ficou com 25,6% de participação direta e indireta na operadora brasileira, pagando R$ 8,32 bi, enquanto a Oi ficou com 3% da PT. “Suspeitas de benefícios financeiros, no valor de várias dezenas de milhões de euros, concedidos a governantes, acionistas e quadros de topo das operadoras podem estar na origem das averiguações”, diz o jornal.

Magazine Luiza
Magazine Luiza (MGLU3) disparou 14%. Operadores apontam que o papel vem sendo bem demandado, mas não viram sinal de “short squeeze” ontem. Segundo eles, vêm sendo difícil encontrar a ação para alugar e é bom ficar de olho. Atualmente, 14,4% das ações em circulação no mercado estão alugadas. 

Sabesp (SBSP3)
A Sabesp confirmou estudo para alienação de imóveis. As avaliações são preliminares.  

Eletrobras (ELET3; ELET6)
A Eletrobras afirmou na terça-feira que sua subsidiária Eletronuclear recebeu um ofício do Ministério Público Federal pedindo informações de contratos eventualmente celebrados com empresas de engenharia investigadas pela operação Lava Jato.
 

A empresa acrescentou que a Polícia Federal não recolheu documentos ou equipamentos na Eletrobras ou suas controladas e acrescentou que o escritório internacional Hogan Lovells está fazendo uma investigação independente na Eletronuclear e Eletronorte.

Energias do Brasil (ENBR3)
A Energias do Brasil teve sua recomendação elevada para outperform (desempenho acima da média) pelo Bradesco BBI.

Eletropaulo (ELPL4)
Já o Bradesco BBI rebaixou a recomendação da Eletropaulo de outperform (desempenho acima da média) para market perform (desempenho em linha com a média).  

Natura (NATU3)
Hoje, depois do fechamento da Bolsa, a Natura vai publicar seus resultados do segundo trimestre, dando início à temporada de balanços no Brasil. Para o Credit Suisse, esse trimestre deve ser fraco. Sem notícias positivas no crescimento da receita no Brasil (projeção de queda de 2% na comparação anual), o mercado deve focar no que o management pode controlar como melhora de capital de giro. “Os investidores podem dar o beneficio da duvida para o novo management se a empresa conseguir entregar alguma melhora em corte de custos e geração de fluxo de caixa, apesar de valuation não estar atrativo”, disseram os analistas.

ViaVarejo (VVAR11)
A ViaVarejo informou que o atual CFO, Emmanuel Eric Lemaitre, renunciou ao cargo e que será temporariamente substituído pelo diretor executivo de serviços financeiros da companhia, Felipe Negrão, que acumulará interinamente o cargo. Segundo o Credit Suisse, a promoção de Negrão para o cargo parece uma reação natural da empresa, lembrando que ele estava responsável pela área de crédito da companhia. Para o banco suíço, a empresa deve tentar seguir na trajetória de redução de custos e despesas como forma de proteger a rentabilidade, mas a notícia pode trazer um pouco mais de volatilidade para o papel. 

OSX Brasil (OSXB3)
A OSX Brasil recebeu aval para desembarque de equipamento para estaleiro. 

(Com Reuters)