OGX cai 9,6% e renova mínima histórica; Cielo alcança nova máxima a R$ 59,91

Petrobras fecha com leve queda mesmo com possibilidade de reajuste; Gradiente e Lupatech disparam 10%

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em sua quarta sessão de queda, o Ibovespa encerrou esta sexta-feira (27) com recuo de 0,08%, aos 53.738 pontos. O destaque na ponta positiva ficou para o setor financeiro, com os bancos registrando as maiores altas da sessão, enquanto entre as quedas, pesaram o recuo da OGX Petróleo (OGXP3) e da Vale (VALE3, R$ 35,16, -2,33%VALE5, R$ 32,14, -1,59%).

Chamou a anteção do mercado nesta sessão os papéis do Santander (SANB11), que lideraram a alta do índice, com ganhos de 7,63%, cotados a R$ 15,50. Na máxima do dia, as units chegaram a registrar alta de 11,18%, a R$ 16,01. Já em relação às ações do banco, cotadas sob os tickers SANB3 e SANB4 – mas que por terem poucas negociações não são tão comentadas -, registraram ganhos de 16,35%8,69%, respectivamente, a R$ 0,15 e R$ 0,14.

A instituição informou na véspera que vai devolver R$ 6 bilhões em capital a todos os seus acionistas, em um “plano de otimização do patrimônio de referência”. A ideia é trocar o investimento em ações por maior endividamento. Além disso, o Santander anunciou plano de bonificação de suas ações, seguidos de grupamento de ações, que terá o objetivo de eliminar a cotação em centavos das ações do banco negociadas em bolsa e, consequentemente, aumentar a liquidez e diminuir os custos de negociação dos acionistas. A proposta do Santander foi elogiada pelos analistas do Credit Suisse e XP Investimentos. 

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O movimento positivo puxou as demais ações de bancos: Banco do Brasil (BBAS3, +2,84%, R$ 26,43), Itaú Unibanco (ITUB4, +2,44%, R$ 32,27), Bradesco (BBDC3, +2,27%, R$ 36,01; BBDC4, +2,33%, R$ 31,61) e Itaúsa (ITSA4, +2,90%, R$ 9,24). Juntos, os papéis das instituições representam 17% da carteira teórica do Ibovespa. 

Cielo renova máxima histórica
No mesmo sentido, as ações da Cielo (CIEL3) registraram forte alta nesta sessão, fechando com ganhos de 3,47%, a R$ 60,80, e renovando assim sua máxima histórica. No acumulado da semana, a alta foi de 6,59%, aos R$ 60,80.

Destaque para esta última sessão da semana ficou para o relatório do Credit Suisse, que elevou o preço-alvo das ações para R$ 67 – um upside de 10,20%. O banco destaca que pelo sétimo trimestre consecutivo, os resultados da companhia devem ser fortes, já que desde o primeiro trimestre de 2012, a Cielo vem apresentando bons resultados, superando as expectativas e diminuindo as preocupações. O lucro líquido, para o Credit, deve chegar a R$ 674 milhões, impulsionado pela aceleração do crescimento de volume e preços estáveis??. Com isso, eles reforçaram sua recomendação outperform (acima da média do mercado) para as ações.

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Possibilidade de calote derruba OGX
Por outro lado, as ações da OGX Petróleo registraram desvalorização de 9,68%, a R$ 0,28 – renovando sua mínima histórica. Anteriormente, o menor patamar de fechamento era de R$ 0,30, registrado em 30 de agosto. Os papéis foram penalizadas enquanto reforça o coro de que a empresa dará calote nos credores nos próximos dias. 

Rumores apontam que a petroleira de Eike Batista não deverá realizar o pagamento de remuneração, ou cupom, aos detentores dos bônus da companhia, que está previsto para 1° de outubro, no valor de US$ 45 milhões.

Petrobras: crescem expectativas por reajustes
Já as ações da Petrobras (PETR3, -0,40%, R$ 17,34; PETR4, -0,48%, R$ 18,50) fecharam com perdas, apesar de crescerem as expectativas de que o reajuste dos preços dos combustíveis sairá em breve. 

Segundo o Valor, o aumento dos preços deve ocorrer em outubro e sugere um percentual de 5%. Há alguns dias, outros veículos afirmaram que o aumento viria em breve. Em relatório, a Planner Corretora disse que acredita que o aumento virá a ocorrer realmente este ano, embora ressalte que a decisão do governo não é fácil, já que são práticas totalmente opostas, “aumentar os juros e jogar lenha na inflação”.

Além disso, a empresa comunicou que antecipará de fevereiro de 2014 para fim deste ano a conclusão da plataforma P-62. A informação foi dada pelo diretor de gás e energia da estatal, Alcides Santoro. A unidade faz parte do módulo quatro de produção do campo de Roncador, na Bacia de Campos. 

Lupatech dispara 10% e com volume bem acima da média
Fora do Ibovespa, chamou atenção as ações da Lupatech (LUPA3), que dispararam 10%, a R$ 0,44. Os papéis registraram um volume financeiro de R$ 2 milhões, bem acima da média diária das últimas 21 sessões de R$ 115 mil. 

Os papéis ganham força em meio à proximidade da finalização da operação de venda de ativos para Vallourec, anunciado em 6 de agosto. A venda foi fechada por R$ 58,9 milhões e sua conclusão se dará em poucos dias. A Lupatech, entretanto, negou hoje que esteja planejando realizar novas vendas de ativos. 

Gradiente atinge alta de quase 10% 
Outra small cap que também é destaque nesta sessão é a Gradiente (IGBR3), cujas ações registraram alta de 9,06%, a R$ 6,98. Na máxima do dia, os papéis atingiram ganhos de 10,94%, sendo cotados a R$ 7,10.

Na noite da véspera, a empresa enviou à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) confirmando as informações antecipadas pelo InfoMoney entre os dias 23 e 24 de setembro. A contadoria da Justiça do Amazonas calculou que a empresa deveria receber uma indenização de cerca de R$ 340 milhões por um processo contra a Suframa, ao passo que a Gradiente teria perdido o uso exclusivo da marca IPHONE no Brasil, segundo decisão da Justiça do Rio de Janeiro. A empresa disse, entretanto, que vai recorrer da sentença, enquanto aguarda julgamento na Justiça de São Paulo sobre o assunto. 

Revolução dos micos: Plascar sobe 12% 
Já as ações consideradas micos da bolsa, por terem baixíssima liquidez e serem negociadas em centavos, também chamam atenção nos últimos dias. 

Os papéis da Plascar (PLAS3) subiram 8,62% nesta sessão, a R$ 0,63. As ações mostraram um giro financeiro de R$ 994 mil, bem acima da média diária das últimas 21 sessões, de R$ 172mil. Nos últimos três pregões, os papéis acumulam ganhos de 30%.  

Já as ações da Mangels (MGEL4), que mostraram forte arrancada nos últimos dias e com elevado volume financeiro, fecharam em queda nesta sessão. Os papéis registraram recuo de 5,84%, a R$ 1,45. No acumulado do mês, os ganhos são de 101,39%.