Pregões Incríveis: o ponto de inflexão das pontocom

Há pouco mais de 13 anos, começava a acabar o período de "exuberância irracional" da Nasdaq e das empresas de tecnologia americanas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Em 10 de março de 2000, o índice Nasdaq Composite, principal termômetro das empresas de tecnologia dos EUA, chegou aos 5.132,52 pontos, sua máxima histórica. Mas, de repente, tudo mudou. As empresas do índice perderam 75% do valor até o final do mesmo ano, gerando prejuízos que nunca mais foram recuperados pelos investidores. O episódio entrou para a história como o “estouro da bolha das pontocom” e foi precedido por um longo período de “exuberância irracional” – nas palavras do ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan e do professor Robert Shiller, um dos maiores especialistas norte-americanos em bolhas.

No livro “A Era da Turbulência”, Greenspan defende que o ponto de partida para o boom teria sido a oferta inicial de ações da Netscape, quando os papeis subiram 108% no dia de sua estreia. Os investidores nunca imaginaram que o browser criado pela empresa seria engolido pelo Internet Explorer, da Microsoft.

De 1990 a 2000, mais de 400 empresas de internet realizaram IPO nos EUA. Entre 1999 e 2000, mais de 160 companhias ao menos dobraram de preço no primeiro dia de negociações nas Bolsas. Havia comprador para qualquer empresa da chamada “nova economia”. Companhias que davam prejuízo ou lucros baixíssimos eram negociadas na Bolsa por múltiplos estratosféricos. Mesmo com os seguidos alertas do Greenspan e até de Warren Buffett, ninguém queria ficar de fora. As perdas após o fim da bolha foram dolorosas e deveriam ter servido de exemplo sobre a necessidade de ser prudente ao investir em ações. Pena que Wall Street esqueça tudo, como ficou mais uma vez provado em 2008.

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Essa matéria foi publicada na edição 44 da revista InfoMoney, referente ao bimestre maio/junho de 2013. Para tornar-se um assinante da revista, clique aqui.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.