Ações de varejistas de e-commerce saltam até 7% após alta de “techs” dos EUA na véspera; Vale e siderúrgicas sobem

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (13)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão desta terça-feira (13) teve como destaque de alta as ações de empresas de tecnologia e varejistas com exposição ao e-commerce, que subiram seguindo o forte movimento de alta dos papéis das ações do setor da véspera nos EUA.

Em dia de feriado no Brasil, mas com os índices americanos operando, os papéis da Apple negociados na Nasdaq saltaram 6,35%, em meio à expectativa pelo lançamento do iPhone com tecnologia 5G, que aconteceu hoje.

Outros papéis de techs, como de Amazon, Facebook e Alphabet (Google), subiram, respectivamente 4,75%, 4,27% e 3,56%, na véspera. Nesta terça-feira, Amazon realiza seu Prime Day (veja mais clicando aqui).

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Com isso, as ações do Magazine Luiza (MGLU3, R$ 104,00, +5,96%), B2W (BTOW3, R$ 95,02, +6,73%), Via Varejo (VVAR3, R$ 19,44, +2,80%), Lojas Americanas (LAME4, R$ 27,80, +2,21%), avançaram entre 2% e 7% neste pregão.

A Vale (VALE3, R$ 62,14, +0,88%), por sua vez, saiu de queda no início da sessão para alta durante a tarde. No radar da companhia estão os futuros do minério de ferro na China, que recuaram nesta terça-feira, mesmo após dados terem mostrado salto nas importações do material utilizado na fabricação do aço no país.

As importações chinesas da matéria-prima cresceram 8,2% em setembro na comparação com o mês anterior e 9,3% na comparação com mesmo mês do ano passado, para 108,55 milhões de toneladas.

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Os futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian tiveram queda de 1,6%, enquanto na bolsa de Cingapura eles recuavam 2,8% no meio da sessão.

“A demanda chinesa por minério de ferro permaneceu forte em setembro, sustentada pela robusta produção doméstica de aço. Vale destacar que o fornecimento de minério de ferro do Brasil começou a aumentar nos últimos meses e volumes maiores começaram a chegar ao mercado chinês”, destaca o Bradesco BBI.

Entre as recomendações, destaque para a alta das ações da Pague Menos (PGMN3, R$ 9,10, +0,33%) após ter a cobertura iniciada pelo JPMorgan com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado).

A sessão também marcou a estreia das ações do Grupo Mateus (GMAT3, R$ 8,94, -0,33%).

Fora do índice, atenção ainda para a MMX (MMXM3, R$ 36,00, +123,46%), que ressurgiu no mês de outubro, saltando mais de 1700% no mês, desde que informou em 30 de setembro de 2020, em fato relevante, que protocolizou petição junto ao juízo de sua recuperação judicial, buscando recuperar o ativo Mina Emma, cuja exploração pode ser de grande relevância econômica para a companhia, segundo afirmou no documento.

Contudo, vale destacar, o movimento é altamente especulativo, já que ainda não há mais informações sobre a real capacidade de geração de caixa do ativo.

Confira os destaques:

Oi (OIBR3, R$ 1,67, -1,18%; OIBR4, R$ 2,34, -0,85%)

Na sexta-feira (9), a Oi lançou plano de demissão voluntária para cortar 2.000 postos de trabalho, ou 15% de seu quadro funcional. De acordo com a proposta, os funcionários que aderirem ao plano receberão benefícios como indenização por tempo de serviço e extensão de plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida.

A proposta está em linha com o plano de recuperação judicial pedido em 2016, quando a empresa possuía dívida de R$ 65 bilhões. A Oi negocia a venda de ativos, como torres e parte de sua fibra ótica, com o intuito de pagar dívidas e financiar o crescimento de sua banda larga.

Grupo Energisa (ENGI11, R$ 40,56, +1,53%)

O Grupo Energisa lançou uma série de debêntures por meio de subsidiárias regionais. A Energisa Paraíba aprovou a emissão de R$ 70 milhões em debêntures; a Energisa Sergipe, de R$ 30 milhões; a Sul-Sudeste, de R$ 60 milhões; a Energisa Tocantins, de R$ 60 milhões.

Na sexta-feira, a empresa havia informado que a BlackRock atingira 4,99% de participação acionária na companhia, com 52,896 milhões de ações preferenciais e 2,33 milhões de derivativos.

Grupo Mateus (GMAT3, R$ 8,94, -0,33%)

O mercado acompanha a estreia das ações do Grupo Mateus após IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações). A empresa maranhense, de 34 anos, é um dos maiores grupos atacadistas do Brasil, e o maior das regiões Norte e Nordeste. O conglomerado faturou R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre de 2020, alta de 30% na comparação com o mesmo período de 2019. O lucro teve alta de 62%, para R$ 297,2 milhões.

O grupo possui 19.415 pontos de venda, e tem representantes comerciais no segmento de atacado em outros 1.750 pontos. O Grupo Mateus tem lojas físicas em Maranhão, Pará e Piauí, e atende por entrega em Tocantins, Bahia e Ceará.

São coordenadores da abertura de capital da rede maranhense: XP Investimentos, Bradesco BBI, BTG, Itaú BBA, BB Investimentos, Santander e Safra.

Gerdau (GGBR4, R$ 21,98, +0,83%)

A agência de classificação de risco S&P anunciou na sexta-feira que alterou a perspectiva dos ratings da Gerdau de negativa para estável e reafirmou o rating BBB-.

Segundo a S&P, a forte demanda doméstica por aços longos, principalmente devido do setor de construção residencial, deve aumentar as vendas, ante expectativa de uma queda significativa no início da pandemia.

“As margens saudáveis das operações da empresa nos Estados Unidos e uma recuperação nas operações na América do Sul (excluindo o Brasil) também contribuem para um Ebitda sólido, embora a recuperação da divisão de aços especiais continue mais fraca”, acrescentou a S&P.

Pague Menos  (PGMN3, R$ 9,10, +0,33%)

O JP Morgan iniciou a cobertura de Empreendimentos Pague Menos com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado). O preço-alvo de R$12,50 implica potencial de alta de 38% em relação ao último fechamento.

Natura & Co (NTCO3, R$ 48,86, +4,00%)

O mercado acompanha o início das negociações de novos papéis da Natura & Co após oferta de ações.

Omega Geração (OMGE3, R$ 36,01, +0,59%)

O Itaú BBA elevou a recomendação para outperform (desempenho acima da média do mercado) o preço-alvo da Omega Geração, do setor de energia renovável (eólica, hidrelétrica e solar). O preço foi de R$ 32 em 2020 para R$ 44 em 2021.

A empresa diz enxergar boas perspectivas para o setor de energia renovável, devido ao plano do governo para os próximos dez anos para o setor -51% da expansão de energia elétrica deve vir da energia renovável.

Aura Minerals (AURA32, R$ 54,54, -1,73%)

A mineradora Aura Minerals anunciou na sexta-feira que sócios farão uma oferta secundária para vender ações que correspondem inicialmente a 4,9% do capital total da empresa, o que poderá movimentar mais de R$ 187 milhões, segundo aviso divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A companhia focada no desenvolvimento e operação de projetos de ouro e metais básicos nas Américas disse que os acionistas Arc Fund e Ruffer buscarão vender 3,5 milhões na operação, uma oferta secundária a ser realizada no Brasil, exclusivamente na forma de recibos de ações (BDRs).

O Arc Fund ofertará 2,1 milhões de BDRs, enquanto o Ruffer buscará negociar 1,4 milhão de BDRs.

Até a data de divulgação ao anúncio oficial da oferta, a quantidade de recibos de ações a ser negociada poderá ser ampliada em até 20%, segundo o comunicado.

Se considerado o lote a ser oferecido inicialmente e o valor de fechamento dos BDRs em 7 de outubro, a operação movimentaria R$ 187,25 milhões, apontou a Aura em prospecto preliminar.

A fixação do preço por ação é prevista para 3 de novembro, enquanto o início da negociação dos BDRs na bolsa B3 seria em 5 de novembro, segundo cronograma estimado divulgado pela empresa.

A Aura possui ativos produtores que incluem as minas de ouro de San Andres em Honduras, e Ernesto/Pau-a-Pique, no Brasil, além da mina de cobre, ouro e prata de Aranzazu no México e a mina de ouro de Gold Road, nos Estados Unidos. A empresa tem mais dois projetos de ouro no Brasil, Almas e Matupá, e um projeto de ouro na Colômbia, Tolda Fria.

Minérios e aço

Na terça-feira de manhã, o Credit Suisse divulgou um relatório em que destaca a recuperação do setor latino-americano de materiais básicos, como ferro e cobre, no terceiro trimestre de 2020, seguindo a um segundo trimestre fraco.

O banco de investimentos espera que produtoras brasileiras tenham os melhores – com destaque para a CSN (CSNA3, R$ 18,31, +3,10%) – impulsionados pela alta do preço do ferro. O Credit Suisse também diz esperar bons resultados de Usiminas (USIM5, R$ 10,15, +0,30%) e Gerdau (GGBR4, R$ 21,98, +0,83%) no terceiro trimestre. No campo da mineração, o banco destaca a Vale S.A. (VALE3, R$ 62,14, +0,88%), beneficiada por alta das vendas e dos preços do ferro e do cobre.

A recuperação no México e na Argentina tem sido relativamente mais lenta em comparação com o Brasil, afirma o Credit Suisse. Por isso, o aumento no EBITDA deve ser menor na Ternium (NYSE: TX). A alta do cobre também deve impulsionar os ganhos da Southern Copper Corp (NYSE: SCCO).

Braskem (BRKM5, R$ 21,71, +1,83%)

A petroquímica Braskem informou no final da sexta-feira que incluiu mais 2 mil imóveis de Maceió em um plano bilionário de ressarcimento de moradores atingidos por fenômeno de afundamento do solo.

A estimativa substituiu a anterior de inclusão de 800 imóveis adicionais no plano, divulgada em meados de setembro.

“Apesar do aumento dos gastos relacionados ao plano pela inclusão de imóveis adicionais, com base nas informações disponíveis até o momento, a companhia não espera alteração nos custos agregados estimados em R$ 3,3 bilhões”, afirmou a Braskem em comunicado ao mercado.

 CCR (CCRO3, R$ 12,68, +0,48%)

O Bradesco BBI divulgou na manhã de terça um relatório com dados de tráfego coletados pelas concessionárias de estradas no Brasil. A CCR indicou queda de 2% no tráfego em seu portfólio de estradas na primeira semana de outubro em comparação com a mesma semana do ano anterior.

TIM (TIMS3, R$ 13,25, -1,56%)

A TIM passou a ser negociada nesta terça-feira com o ticker TIMS3. A mudança é parte da conclusão da reestruturação societária proposta pela companhia neste ano, que consistiu na incorporação da TIM Participações S.A., até então negociada na B3 com o ticker TIMP3, pela subsidiaria integral TIM S.A., que agora será listada em bolsa. Ela não trará impactos aos acionistas minoritários e atuais investidores da companhia, informou a companhia.

A empresa permanece listada no Novo Mercado e na composição das carteiras de índices de mercado que a TIMP3 já integrava, inclusive o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

(Com Reuters e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.