Vale salta 6% e volta a superar R$ 100 com recompra de ações; Enjoei sobe 11,8% após dados do 1º tri e PetroRio cai com petróleo

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (5)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão foi de ganhos praticamente generalizados para a Bolsa brasileira, além de queda para o dólar, seguindo o dia positivo nos EUA após a divulgação dos dados de emprego por lá, com a criação de vagas acima do esperado.

Com uma sessão de menor aversão ao risco, ações de empresas descontadas na Bolsa, como de aéreas e ligadas ao setor de turismo, bastante afetadas durante a pandemia, como CVC (CVCB3, R$ 20,30, +5,40%), Gol (GOLL4, R$ 22,60, +4,24%) e Azul (AZUL4, R$ 39,80, +4,76%), registraram expressivos ganhos. Também em destaque entre as ações descontadas, estão os ativos de educação, como Yduqs (YDUQ3, R$ 28,95, +8,67%) e Cogna (COGN3, R$ 4,07, +5,99%), que acumulam perdas de 12% no ano apesar da alta dos ativos nesta sessão.

A ação que também registrou fortes ganhos foi a da Vale (VALE3, R$ 103,39, +6,16%), assim como o setor de siderúrgicas também registrou ganhos. O dia foi de alta para o minério de ferro (com elevação de 1,77% na Bolsa de Dalian) e também foi movimentado para a mineradora brasileira. O conselho da Vale aprovou na quinta um programa de recompra limitado a 270 milhões de ações ordinárias e seus respectivos ADRs, notícia esta considerada positiva por analistas de mercado.

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Entre as poucas quedas do índice, estiveram a dos papéis de setores mais defensivos, enquanto a PetroRio (PRIO3, R$ 90,62, -0,40%) teve leves perdas em uma sessão de expressiva baixa do petróleo. O preço do barril de petróleo recuou 4% nesta segunda-feira, entre o aumento da produção por países da Opep+ e a ameaça de uma nova e severa onda da Covid-19 ofuscando sinais de uma forte recuperação econômica nos Estados Unidos. Na quinta, vale ressaltar, a cotação da commodity tinha subido mais de 4% apesar da decisão do cartel.

O petróleo Brent para junho fechou em queda de 4,2%, a US$ 62,15 por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI)  recuou 4,6%, para US$ 58,65 dólares o barril.

A Petrobras (PETR3, R$ 23,87, +1,06%;PETR4, R$ 24,04, +0,63%), por sua vez, que anunciou aumento de 39% do gás natural para as distribuidoras a partir de 1 de maio, viu suas ações fecharam com leves ganhos.

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Fora do índice, atenção para a alta da Enjoei (ENJU3, R$ 11,89, +11,85%) de quase 12% após apresentar dados prévios do primeiro trimestre de 2021.

Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
YDUQ3 8.67117 28.95
HGTX3 6.99433 16.98
VALE3 6.1608 103.39
COGN3 5.98958 4.07
BRAP4 5.6116 67

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
CMIG4 -2.03602 12.51
MRFG3 -1.95859 17.52
QUAL3 -1.27542 28.64
TIMS3 -1.12269 12.33
CPLE6 -0.78616 6.31

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,91, -0,13%)

O BB confirmou na quinta que o atual presidente do Conselho de Administração da instituição, Hélio Magalhães, e o conselheiro independente José Guimarães Monforte renunciaram aos seus cargos. A movimentação começou após a renúncia de André Brandão da presidência da instituição, no mês passado, atribuída ao aumento da interferência do governo Jair Bolsonaro nas estatais e, em especial, no BB.

Na carta de renúncia, Magalhães afirma ter tomado a decisão em razão do “reiterado descaso com que o acionista majoritário vem tratando não apenas esta prestigiada instituição, mas também outras importantes estatais de capital aberto e seus principais administradores”.

O banco ainda enviou comunicado aos acionistas reapresentando documentos para a Assembleia Geral Ordinária (AGO) devido ao pedido de retirada de candidatura do conselheiro Luiz Serafim Spinola Santos. Foi mais um nome a deixar o conselho de administração do banco, após a confirmação das renúncias de Hélio Magalhães e José Guimarães Monforte.

Vale ressaltar que Fausto de Andrade Ribeiro enviou nesta segunda-feira uma mensagem aos funcionários do conglomerado em seu primeiro ato após tomar posse na última quinta-feira, 1º de abril.

Na carta, obtida pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ele prometeu “austeridade” nas despesas e sequência à agenda de venda e de reorganização societária de negócios secundários, movimento que já está em curso na instituição. Ao mesmo tempo, tentou mostrar alinhamento ao presidente da República, Jair Bolsonaro, contrário à privatização da instituição. Veja mais clicando aqui. 

Vale (VALE3, R$ 103,39, +6,16%)

O conselho da mineradora Vale aprovou na quinta um programa de recompra limitado a 270 milhões de ações ordinárias e seus respectivos ADRs, informou a companhia em fato relevante ao mercado. O volume representa até 5,3% do número total de ações em circulação, com base na composição acionária de 28 de fevereiro de 2021.

O programa será executado em um período de até 12 meses. A empresa pontuou que o programa de recompra não compete com a intenção da companhia de “consistentemente distribuir dividendos acima do mínimo estabelecido por nossa política de dividendos”.

De acordo com análises do Bradesco BBI, do Morgan Stanley e da XP, a recompra de ações é um movimento bastante positivo para a Vale.

Thiago Lofiego e Isabella Vasconcelos, do BBI, fizeram algumas considerações. Em primeiro lugar, do ponto de vista de alocação de capital, avaliam que a Vale fez a escolha certa, considerando a alta taxa interna de retorno (TIR) de dois dígitos
esperada levando em conta seu próprio patrimônio (TIR de 17% assumindo minério de ferro de longo prazo a US$ 70 a tonelada).

“O programa de recompra (contabilizando até 5,3% das ações em circulação) é um passo importante no caminho para a reclassificação [das ações] da Vale. A empresa continua a negociar a cerca de 3 vezes a relação entre o valor da empresa e o [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] Ebitda esperado para 2021, desconto significativo de 35% frente os pares australianos e bem abaixo de múltiplos justo de 4,5 vezes”, avaliam os analistas.

Do ponto de vista do balanço, os analistas avaliam que a empresa está em uma posição forte para conduzir o programa de recompra. “De acordo com nossas estimativas atuais (preço médio de minério de ferro de US$ 140 a tonelada para 2021), mesmo considerando nossa estimativa de dividendos de US$ 10 bilhões para 2021 (dividend yield, ou dividendo em relação ao preço das ações de 11,4%), a dívida líquida expandida da Vale alcançaria cerca de US $ 11 bilhões no final de 2021, dentro dos níveis da meta da empresa”, apontam Lofiego e Isabella.

Os analistas apontam que a Vale deva concluir a recompra com sucesso antes do período anunciado de 12 meses, destacando que o programa de recompra representaria o equivalente a 45 dias de negociação dos ativos da companhia. A recomendação para o ADR da Vale é outperform (desempenho acima da média do mercado) com preço-alvo de US$ 25 para o ativo.

O Morgan Stanley também reiterou recomendação equivalente à compra, ou overweight (exposição acima da média do mercado), com preço-alvo de US$ 21 para o ADR, esperando uma reação positiva ao anúncio da recompra.

Eles também destacam que o anúncio mostra que a visão do Conselho de Administração e da Administração de que as ações da Vale estão sendo negociadas com um desconto excessivo em relação aos pares, além de reiterarem o compromisso da empresa de dar retorno aos acionistas em dividendos e alocação disciplinada de capital.

A XP avalia que o anúncio é positivo, uma vez que reforça o compromisso da Vale com a geração de valor aos seus acionistas. “Mantemos nossa recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 122 por ação”, apontam os analistas. Saiba mais clicando aqui. 

Ainda no radar da companhia, ela informou que em 28 de março de 2021, o Ministério Público Federal promoveu o arquivamento da notícia de fato que havia sido apresentada ao órgão por. Benjamin Steinmetz e que atribuía a executivos da Vale práticas ilícitas no âmbito do projeto minerário de Simandou, na República da Guiné.

“Após classificar o requerimento movido contra a Vale como ‘incomodamente inespecífico’, o Ministério Público Federal concluiu que os documentos apresentados “não contêm elementos que indiquem sequer em tese a ocorrência de crime de corrupção ativa ou de tráfico de influência internacional”, sendo “conclusão falaciosa e inconsistente” aquela de que executivos da Vale teriam em 2011 oferecido alguma vantagem indevida a George Soros”, destacou a mineradora.

A Vale afirmou ainda que “a decisão do Ministério Público Federal corrobora a lisura e probidade de sua atuação no mercado e segue convicta de que as autoridades brasileiras reconhecerão que o evidente objetivo do Sr. Steinmetz é desviar foco dos processos de execução de US$ 2 bilhões movidos pela Vale contra ele e suas empresas, conforme sentenças arbitrais e judiciais proferidas na Inglaterra e EUA”.

Petrobras (PETR3, R$ 23,87, +1,06%;PETR4, R$ 24,04, +0,63%)

A Petrobras informou que, a partir de 1 de maio, os preços de venda de gás natural para as distribuidoras terão aumento de 39% em reais por metro cúbico com relação ao último trimestre. Em termos de dólar por milhão de Btu (US$/MMBtu), o aumento será de 32%.

A companhia destacou que a variação decorre da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio. As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais. Para os meses de maio, junho e julho, a referência são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março. Durante esse período, o petróleo teve uma alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities globais, destacou a companhia.

Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à desvalorização do real.

Ainda no radar, as vendas totais de diesel da Petrobras cresceram 35% em março ante o mesmo mês do ano passado, para média de 791 mil bpd (barris de petróleo por dia), diante de esforços comerciais e operacionais empenhados para mitigar efeitos da pandemia, informou a empresa na quinta. O volume foi 17% maior que março de 2019, pontuou a petroleira. No mês passado, a Petrobras superou ainda o recorde de vendas de Diesel S-10, com baixo teor de enxofre, alcançando a marca de 416 mil bpd. Este valor, segundo a companhia, supera em 2% o recorde anterior de 407 mil bpd, registrado em outubro de 2020.

Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna iniciou os trabalhos de transição junto à atual gestão da estatal e analisa nomes para compor o novo time de diretores da companhia, destaca o Valor Econômico. Os executivos de saída da empresa têm sugerido profissionais da casa como substitutos.

Eletrobras (ELET3, R$ 34,65, +3,09%;ELET6, R$ 34,79, +1,87%)

Em participação no evento “Super Lives – 1 ano de pandemia”, promovido pelo InfoMoney em parceria com a XP, Paulo Guedes, ministro da Economia, disse na tarde desta segunda que a Eletrobras e os Correios foram colocados na “esteira das privatizações” pela equipe econômica e pelo governo Bolsonaro.

O ministro também mencionou as discussões sobre o modelo de privatização que seria adotado, afirmando que existe “barulho” e “informação” em relação ao assunto. O governo vem defendendo a privatização da Eletrobras via capitalização, modelo segundo o qual a empresa emite novas ações e a participação do governo é diluída a uma participação de menos de 50%. Esse modelo, segundo técnicos da equipe econômica, agilizaria o processo de privatização e é a forma prevista pela Medida Provisória (MP) que trata da privatização da Eletrobras.

“Tem o barulho e tem a informação. A informação é que nós colocamos isso na esteira da privatização, duas grandes privatizações [referindo-se à Eletrobras e aos Correios]. O barulho é o seguinte, qual vai ser o modelo? Então tem gente defendendo que a Eletrobras seja decomposta e nós temos argumentos para demonstrar que o ideal é fazer do jeito que ela está, fazer a capitalização, como a gente está chamando, tem que usar às vezes esses termos, mas na verdade é pra ela poder investir, retomar os investimentos”, afirmou Guedes no evento do InfoMoney.

Duratex (DTEX3, R$ 19,30, +0,84%)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira que aprovou crédito de R$ 697 milhões para a Duratex construir uma fábrica de celulose solúvel.

Com capacidade de 500 mil toneladas por ano, a planta sediada em Minas Gerais tem início da operação previsto para 2022. O projeto é concentrado na LD Celulose, joint venture criada em 2019 pela Duratex com a austríaca Lenzing, líder mundial na produção de fibras de celulose.

A Duratex tem 49% no capital da LD. O investimento estimado do projeto é de cerca de R$ 5,2 bilhões. A Duratex participará com aporte de ativos florestais e financeiros.

“Com o projeto, a Duratex diversifica seus negócios e aumenta o retorno de seus ativos florestais”, afirmou o BNDES sobre a companhia brasileira controlada pela Itaúsa (ITSA4) e especializada em louças sanitárias e painéis de madeira. A produção na nova planta será comprada pela Lenzing e usada na fabricação de viscose, usada para fios de tecidos.

Braskem (BRKM5, R$ 41,55, +2,44%)

A Braskem inicia nesta segunda-feira a paralisação de parte de sua operação no Polo Petroquímico do Grande ABC (SP), para realizar a manutenção das unidades de Químicos e Polietilenos (Q3 CK, Q3 IN e PE7). A companhia informa que a medida estava sendo planejada há cerca de dois anos e que investirá mais de R$ 430 milhões em cerca de 40 projetos de melhorias e manutenção do complexo.

A Braskem diz que nesse período modernizará o sistema elétrico que atende à central petroquímica Q 3 CK. O projeto prevê a troca de turbinas à base de vapor por motores elétricos de alto rendimento, suportados por uma nova unidade de cogeração de energia alimentada por gás residual do processo de produção petroquímica. Segundo a empresa, essa mudança estrutural permitirá que o processo produtivo da fábrica se torne energeticamente mais eficiente, com redução no consumo de energia estimada ao equivalente gasto por uma cidade com um milhão de habitantes.

“Com a cogeração combinada de energia elétrica e gás, vamos consumir menos energia e emitir ainda menos gases de efeito estufa. A estimativa é uma redução de 11,4% no consumo de água e de 6,3% nas emissões de CO2 na unidade, o que reforça nosso compromisso de nos tornarmos uma empresa carbono neutro até 2050”, explica Alberto Amano, responsável por projetos da regional São Paulo. A Braskem afirma que para não causar impactos no fornecimento de produtos, planejou o aumento de seu estoque.

Estapar (ALPK3, R$ 7,85, -3,68%)

A XP iniciou a cobertura para as ações de Estapar com a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 9,70 por ação para o final de 2021, o que implica em um potencial de valorização de 19% frente o fechamento de quinta-feira.

Apesar de acreditarmos na capacidade da empresa em continuar crescendo e liderando o setor de mobilidade urbana no Brasil, o cenário atual traz alguns pontos de atenção que merecem destaque.

Eles destacam: i) a extensão da pandemia: embora uma parte relevante dos contratos usufrua de mecanismos de reequilíbrio de perda de receita, o lucro bruto (ex-depreciação) da Estapar caiu cerca 35% em 2020 quando comparado a 2019; ii) atual nível de alavancagem: a empresa está sendo negociada no patamar de 3,3 vezes Dívida Líquida/EBITDA para 2021, e precisará alongar o cronograma de amortização da dívida já que possui R$ 42 milhões em caixa e uma dívida de R$ 474 milhões com vencimento nos próximos 12 meses.

“Apesar da nossa postura mais conservadora, acreditamos que a Estapar está bem posicionada para entregar um CAGR de receita de 7,3% entre 2019 e 2024, impulsionada por: i) consolidação do mercado; ii) foco na TIR; iii) Zona Azul de São Paulo (ZASP), a qual é transformacional para a Estapar e começará a aparecer nos resultados a partir do 1° trimestre de 2021”, avaliam os analistas.

Multiplan (MULT3, R$ 24,55, +1,49%)

A Multiplan Empreendimentos Imobiliários anunciou que irá retomar a partir desta segunda as atividades no Park Shopping Barigüi, em Curitiba. De acordo com as orientações das autoridades locais, o empreendimento irá funcionar em horário reduzido.

“A determinação anunciada será acompanhada pela companhia, de acordo com o desdobramento dos fatos, novas determinações ou orientações das autoridades”, acrescenta a administradora de shoppings em fato relevante.

Enjoei (ENJU3, R$ 11,89, +11,85%)

A Enjoei divulgou dados operacionais preliminares não auditados referentes ao primeiro trimestre de 2021. O GMV (valor total pago por compradores) subiu de R$ 84 milhões no primeiro trimestre de 2020 para R$ 172 milhões. O número de novos compradores subiu no período de 98 mil para 202 mil. O de compradores ativos, de 519 mil para 1,084 milhão. O de novos vendedores, de 103 mil para 225 mil. E o de vendedores ativos, de 543 mil para 787 mil.

Os analistas do Bradesco BBI destacam que os números operacionais da Enjoei foram fortes, mostrando que a métrica principal – crescimento do GMV – acelerou e permanece elevado.

“Até agora, a empresa está no caminho para atender às nossas expectativas otimistas para o ano (crescimento do GMV de 84%). Claramente, esta é apenas uma prévia de uma composição de números e será importante ver como os incentivos, a taxa de aceitação e os gastos com marketing evoluíram no trimestre. No entanto, acreditamos que o foco principal dos investidores é o crescimento”, apontam os analistas, avaliando que a Enjoei continua sendo a principal escolha do banco dentro da cobertura de ações de e-commerce na América Latina, com um potencial de alta significativa frente ao preço-alvo de R$ 23.

“Achamos que a empresa tem fortes vantagens competitivas (pioneira, experiência difícil de replicar) e opera em uma categoria com baixa penetração online e menos competição do que, por exemplo, a categoria altamente consolidada de eletrônico”, apontam, reiterando recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado).

Panvel (PNVL3, R$ 19,46, +1,35%)

A Dimed, controladora da Panvel Farmácias, da Distribuidora de Medicamentos Dimed e do Laboratório Lifar, informou nesta quinta-feira (1) a aprovação pelo seu Conselho de Administração do pedido de adesão ao Novo Mercado, segmento especial de governança corporativa da B3.

Para executar a migração para o Novo Mercado, foi autorizada a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que irá deliberar sobre a conversão das ações preferenciais da companhia (PNVL4) em ações ordinárias.

“A proposta concretiza o compromisso assumido publicamente pelos acionistas controladores no Acordo de Acionistas e reiterado no âmbito da oferta pública exitosamente concluída em 2020, trazendo benefícios para todos os acionistas minoritários, na medida em que elevará a companhia ao mais alto nível de governança corporativa”, destacou a companhia no comunicado.

De acordo com a proposta, os acionistas controladores poderão converter suas ações preferenciais pela taxa de uma ação PN para 0,8 ação ON. Os demais acionistas poderão converter suas ações preferenciais pela taxa mais favorável de 1 ação PN para 1 ação ON. “Esta solução inovadora traduz a preocupação da companhia com todos os seus acionistas e reforça seu compromisso com as melhores práticas de governança do mercado”, afirmou a empresa na nota.

O Bradesco BBI diz que o movimento era esperado, e que a estratégia deve ser aprovada. Como o bloco controlador da empresa tem 40% das ações preferenciais, que são 8,9% do total das ações, esse bloco deve aceitar a taxa de conversão de 0,8 entre ações comuns para preferenciais. Os demais acionistas preferenciais devem aceitar a taxa de conversão de 1. O banco reitera avaliação de outperform para a empresa, e preço-alvo de R$ 36, frente aos R$ 19,2 de fechamento na quinta (1º).

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.