Ações de siderúrgicas disparam até 6%, com destaque para Usiminas; Petrobras avança 2% com petróleo e Magalu sobe 4%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (9)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a queda da véspera, a sessão foi de recuperação para o Ibovespa e também para as ações de empresas de commodities na sessão desta quarta-feira (9). Os papéis de siderúrgicas lideraram os ganhos do índice, com Usiminas (USIM5, R$ 11,21, +6,36%), Gerdau (GGBR4, R$ 20,53, +4,27%) e CSN (CSNA3, R$ 15,81, +4,98%) com ganhos entre 4% e 6%. No radar do setor, de acordo com a Platts, a Nucor e a Gerdau North America informaram aos clientes que aumentariam os preços do vergalhão, seguindo movimentos semelhantes da CMC e da Steel Dynamics na semana passada, levando à expectativa de novas altas de preços para as siderúrgicas com a recuperação da demanda.

Os papéis da Vale (VALE3, R$ 60,00, +1,23%) subiram cerca de 1% após a queda de 2% da véspera. No radar da companhia, a Justiça federal em Minas Gerais negou o pedido do Ministério Público para intervenção judicial imediata na Vale. “A notícia é positiva, aliviando as preocupações com possível afastamento de executivos-chave, interrupções adicionais de produção e/ou atrasos com reinício de operações paralisadas”, avaliaram os analistas do Credit Suisse.

Quem também se recuperou foi a Petrobras (PETR3, R$ 23,02, +2,22%;PETR4, R$ 22,73, +2,11%), que chegou a ver os seus papéis caírem mais de 3% na véspera com o tombo do petróleo em meio às preocupações com a demanda e subiram nesta sessão com a recuperação parcial da commodity. O brent teve alta de 3%, a US$ 40,99 o barril, enquanto o WTI subiu 3,5%, a US$ 38,05 o barril, em meio ao dia mais positivo do mercado, mas ainda sem conseguir recuperar as perdas das últimas sessões com os investidores atentos ao ambiente de recuperação econômica dos países.

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Os papéis de varejistas de e-commerce, caso de Magazine Luiza (MGLU3, R$ 91,20, +4%), B2W (BTOW3, R$ 102,80, +3,46%) e Via Varejo (VVAR3, R$ 18,51, +1,98%) também se recuperaram após sessões de fortes quedas em meio ao sell-off das empresas de tecnologia nos EUA. Por lá, os papéis de tech também registraram recuperação nesta sessão. Enquanto isso, papéis de Azul (AZUL4, R$ 26,22, -0,15%) e Gol (GOLL4, R$ 19,84, -2,70%), que subiram forte na véspera, fecharam em queda, apesar da elevação de recomendação pelo Deutsche Bank. As ações das companhias de educação, como Cogna (COGN3, R$ 5,90, -4,07%) e Yduqs (YDUQ3, R$ 27,99, -2,64%), além das empresas do setor de shoppings como Iguatemi (IGTA3, R$ 35,30, -2,22%), brMalls (BRML3, R$ 9,66, -2,03%) e Multiplan (MULT3, R$ 22,80, -1,51%), que também viram suas ações caírem.

Também entre os destaques, está a Oi (OIBR3, R$ 1,80, -3,23%; OIBR4, R$ 2,85, -5,63%), com a notícia de que os credores da companhia aprovaram a mudança do plano de recuperação judicial da companhia (veja mais clicando aqui). A decisão foi tomada em uma assembleia virtual de credores que levou 12 horas. A ação abriu com ganhos, ainda que modestos, uma vez que a decisão já era esperada, zerando a alta ainda nos primeiros momentos do pregão e, posteriormente, passando a cair cerca de 5% e registrando queda durante toda a tarde (veja mais clicando aqui).

Na reta final do pregão, a notícia da Bloomberg de que, segundo fontes, a gigante brasileira de açúcar e biocombustíveis Raízen Energia está em negociações para comprar a Biosev (BSEV3, R$ 5,16, +21,99%), subsidiária local de açúcar da Louis Dreyfus Holding, fez a ação BSEV3 disparar.

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O negócio incluiria reestruturação de dívida e uma troca de ações que daria à Biosev uma participação minoritária na Raízen. Os bancos concederiam uma extensão da dívida de R$ 7,3 bilhões da Biosev em troca do pagamento adiantado de parte dela pela Louis Dreyfus. A Raízen, a Biosev e a Louis Dreyfus não quiseram comentar. Um acordo com a Raízen ajudaria a resolver a batalha de anos da Biosev para resolver a questão do seu endividamento. Na última reestruturação, a controladora teve que injetar cerca de US$ 1 bilhão na empresa (veja mais clicando aqui).

Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
USIM5 6.35674 11.21
CSNA3 4.98008 15.81
GOAU4 4.92721 9.37
BPAC11 4.45982 81.51
CMIG4 4.38433 11.19

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
COGN3 -4.06504 5.9
IRBR3 -3.125 6.51
GOLL4 -2.6974 19.84
YDUQ3 -2.64348 27.99
EMBR3 -2.30978 7.19

Oi (OIBR3;OIBR4)

Os credores da Oi aprovaram a mudança do plano de recuperação judicial da companhia. A decisão foi tomada em uma assembleia virtual de credores que levou 12 horas.

Com a mudança do plano, que estava vigente desde 2017, a empresa viabiliza a venda de ativos como redes móveis, torres, data centers e parte da rede de fibra ótica, levantando mais de R$ 22 bilhões.

O dinheiro será usado para fazer o pagamento antecipado de dívidas, com cortes dos valores na faixa de 50% a 55%, além de sustentar os investimentos futuros.

As redes móveis já foram alvo de uma proposta conjunta de Vivo, Claro e Tim, que ofereceram R$ 16,5 bilhões, divulgada na segunda-feira à noite. A empresa de infraestrutura Highline do Brasil, do fundo americano Digital Colony, também fez oferta, de valor não revelado, segundo o jornal. Caso a venda for bem sucedida, a Oi pretende reduzir endividamentos e encerrar sua recuperação judicial em maio de 2022.

De acordo com o Bradesco BBI, a aprovação do plano deve desbloquear um valor significativo para os acionistas da Oi. Em análise  anterior em que reforçou a sua visão otimista, o BBI destacou um preço-alvo de R$ 3,20 (upside de 72% frente o fechamento da véspera) para as ações OIBR3 para a aprovação do plano, assumindo que a venda da operação móvel por R$ 15 bilhões e um desconto de 60% da dívida com os bancos.

Já em meio às mudanças durante a assembleia, os analistas apontam esperar um aumento de R$ 1 bilhão na dívida líquida devido à redução no desconto com os bancos, que é totalmente compensado pelo aumento nas propostas pela operação móvel da Oi.

“Com a aprovação, vemos um caminho claro e mais sustentável para a Oi, pois a empresa poderá focar inteiramente na sua implantação de fibra ótica, que vem apresentando excelentes resultados e é onde vemos as maiores oportunidades hoje no segmento. Além disso, os resultados alcançados reforçam o trabalho diferenciado que a gestão vem realizando, o que reforça nossa visão otimista sobre a empresa”, apontam os analistas.

Eles reforçam a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os papéis OIBR3 com preço-alvo de R$ 2,10, (upside de 13%), mas veem tendências de revisão para cima.

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)

As ações da Gol e da Azul tiveram a recomendação para seus ADRs (American Depositary Receipts) elevada de manutenção para compra pelo Deutsche Bank. Na semana passada, a Raymond James já havia elevado a recomendação dos papéis, destacando a recuperação da demanda.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras informou o início da fase vinculante referente à venda de 50% a 100% de sua participação na concessão BM-S-51, na Bacia de Santos. A concessão está localizada em lâmina d’água que varia de 350 a 1.650 m e cerca de 215 km da costa de São Paulo.

Segundo a empresa, os potenciais compradores habilitados para essa fase receberão carta-convite com instruções sobre o processo de desinvestimento. A Petrobras é operadora com 80% de participação nesse ativo, em consórcio com a Repsol Sinopec Brasil que detém os demais 20%.

GP Investments (GPIV33)

A GP Investments fará uma oferta pública de distribuição primária de certificados de depósito de ações (BDRs) da sua controlada G2D Investments. Segundo a empresa, os papéis serão emitidos pelo Banco Bradesco. Cada certificado é representativo de uma ação ordinária classe A de emissão da G2D Investments, controlada pela Companhia.

A G2D também apresentou pedido de registro de emissor estrangeiro categoria A perante a CVM. Depois, a empresa vai pedir admissão de suas ações ordinárias classe A representativas dos BDRs à negociação na Bolsa de Valores de Bermudas (Bermuda Stock Exchange – BSX).

Segundo comunicado, a G2D é uma companhia de investimentos que terá como alvo principalmente investimentos minoritários em empresas de tecnologia.

Cosan (CSAN3)

A controlada da Cosan, Compass Gás e Energia, protocolou prospecto preliminar referente à oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias de sua emissão. A oferta inicial consistirá em 117,7 milhões de novas ações ordinárias, podendo ser acrescida em até 20% ou 15%. A empresa estima preço por ação entre R$ 25,50 e R$ 31,50, de modo que a oferta poderá chegar a R$ 5 bilhões se o preço por ação ficar no teto da faixa indicativa e todos os lotes forem colocados.

O preço será definido em 28 de setembro e as negociações começam no dia 30 de setembro, com liquidação em 1º de outubro. O coordenador líder é o Itaú BBA. A empresa destacou que a oferta está sujeita à concessão de registro pela CVM e condições de mercado.

Boa Vista

A Boa Vista poderá captar R$ 1,89 bilhão em sua oferta inicial de ações. Segundo prospecto preliminar, a oferta primária e secundária será de 155 milhões de ações ordinárias, com faixa de preço de R$ 10,80 a R$ 13,60. A oferta pode ser acrescida em até 15% em lote suplementar.

Considerando o preço médio de R$ 12,20 por ação, a oferta pode somar R$ 1,89 bilhão sem lote suplementar. O coordenador líder é o J.P.Morgan. A fixação de preço ocorrerá em 28 de setembro, com início da negociação em 30 de setembro.

Wilson Sons (WSON33)

A Wilson Sons registrou uma queda de 5,2% no movimento em terminais de contêiner em agosto de 2020 ante o mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, no entanto, houve um avanço de 0,9%.

Localiza (RENT3)

Em comunicado, a Localiza informou que o instrumento de rescisão dos contratos de cooperação de marcas e de encaminhamento de clientes assinado com a The Hertz Corporation e Hertz Systems foi aprovado pela corte norte-americana responsável pelo processo de recuperação judicial da Hertz.

“O Instrumento de Rescisão prevê um plano de transição de pelo menos seis meses e todas as reservas serão preservadas, assim como o atendimento aos clientes”, informou a empresa.

Ecorodovias (ECOR3)

A Ecorodovias registrou uma queda de 13,3% no volume de tráfego consolidado entre 16 de março e 06 de setembro de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano até 6 de setembro, a queda foi de 6,3% na comparação anual.

Cemig (CMIG4)

A Cemig informou que a BlackRock comprou ações preferenciais da empresa e passou a deter 15,20% do total de ações preferenciais emitidas pela companhia. A participação da BlackRock é composta por 94.888.261 ações preferenciais e 58.801.709 American Depositary Receipts.

PetroRio (PRIO3)

A Petro Rio divulgou os dados operacionais de agosto, com produção diária total de 31.840 barris de óleo equivalente por dia (boepd). Em julho, a produção foi de 23.211 boepd.

JSL (JSLG3)

A JSL aprovou o preço por ação em oferta secundária de 72,3 milhões de ações a R$ 9,60. Com o valor captado, a expectativa é por otimizar a estrutura de capital da companhia e impulsionar o crescimento orgânico e via aquisições.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.