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SÃO PAULO – As recentes divulgações das prévias operacionais de Rossi (RSID3, +4,39%), BR Malls (BRML3, +1,45%), MRV (MRVE3, -0,12%), e CCDI (CCIM3, +0,37%) foram bem recebidas pelo mercado, contribuindo para que as ações destas empresas registrassem um forte avanço no pregão desta terça-feira (18).
A performance dos ativos da Rossi foram o principal destaque de alta do Ibovespa neste pregão. O índice, por sua vez, auferiu alta de 0,44%, fechando o dia aos 70.919 pontos. Cabe destacar que, apesar da inversão de tendência ao final do pregão, os papéis da MRV chegaram a atingir máxima de R$ 16,54 no intraday, alta de 1,8% frente ao fechamento anterior.
Além disso, os ativos de outras companhias do setor imobiliário também registraram fortes ganhos neste dia. É o caso da Cyrela (CYRE3, +3,13%).
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Rossi surpreende Ativa mas decepciona o Citi
Armando Halfeld, da Ativa, destaca a superação do guidance de lançamentos pela Rossi, enquanto outras empresas alcançaram o piso de suas metas. O Citi, por sua vez, teve uma leitura menos otimista dos resultados e classificou-os como esperados.
Ademais, Halfeld também ressalta o recorde histórico de lançamentos, vendas contratadas e vendas sobre oferta – pelo oitavo trimestre consecutivo de elevação -, além da representação de 50% de lançamentos na parte econômica, ante projeção de 45%.
As vendas contratadas no quarto trimestre e no ano frustraram as expectativas dos analistas do Citi em 7% e 2%, respectivamente.
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4T10 da BR Malls não deve ter reflexo nas ações
Para Juliana Campos, analista da Ativa, os resultados do quarto trimestre de 2010 da BR Malls, apesar de terem apresentado um bom crescimento, não terão impacto nas ações da empresa.
De acordo com a companhia, o volume de vendas totais dos lojistas dos shoppings da BR Malls totalizou R$ 4,4 bilhões nos últimos três meses de 2010, um avanço de 22,8% na comparação anual. Já as SSS (vendas mesmas lojas) registraram alta de 11,8% no quarto trimestre do ano passado, também na comparação com o 4T09.
Juliana ainda ressalta que “apesar da taxa de ocupação ter recuado ligeiramente para o mesmo nível médio do segundo trimestre de 2010, quando apontou 98,3%, frente aos 98,5% do terceiro trimestre de 2010, os pagamentos em atraso (30 dias) atingiram o menor nível da história da companhia, ficando em 2,6%”.
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Fortes números operacionais impulsionam MRV
Armando Halfeld ainda elogiou os fortes números operacionais da MRV, cumprindo o guidance estabelecido e atingindo um recorde histórico nos lançamentos do quarto trimestre de 2010.
Outro ponto destacado pelo analista da Ativa foi o VSO (Vendas Sobre Oferta) de 31% no último trimestre, que mesmo em queda, ainda representa um patamar saudável, tendo a própria companhia afirmado que não deseja registrar novamente 40% de VSO como no quarto trimestre de 2009.
Halfeld ainda ressaltou o ganho de escala por parte da MRV, favorecido pela “trajetória crescente do número de unidades por canto de obra”, afirmou o analista.
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Números da CCDI
Por sua vez, os lançamentos da CCDI no quarto trimestre de 2010 alcançaram R$ 535,5 milhões, melhor resultado entre todos os trimestres do ano. No total de 2010, os lançamentos foram de R$ 1,391 bilhão, número que supera a base do guidance e representa um avanço de 152,5% na comparação com 2009.
Já as vendas contratadas no quarto trimestre somaram R$ 328,2 milhões, levando o acumulado de 2010 a R$ 1,179 bilhão. Desta forma, o aumento na comparação com o total de 2009 foi de 75,3%.
A CCDI teve um VSO consolidado de 20,2% no 4T10 e de 53,2% no ano.