Ação da Petrobras salta com petróleo e CSN dispara 10% após projeções; bancos sobem, varejistas e construtoras caem após Copom

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (10)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa teve como destaque a alta da ação da Petrobras (PETR3, R$ 28,25, +3,63%; PETR4, R$ 27,82, +3,27%) e PetroRio (PRIO3, R$ 57,76, +6,08%), que avançaram mais de 3% em meio ao novo dia de ganhos do petróleo, com o brent superando os US$ 50 o barril no final da manhã.

Vale (VALE3, R$ 85,00, +2,78%) e siderúrgicas também subiram forte meio ao novo dia de alta de commodities. A CSN (CSNA3, R$ 28,53, +10,50%) viu sua ação subir mais de 10% após divulgar novas projeções.

Os preços do petróleo subiam nesta quinta-feira, com o Brent, referência internacional, ultrapassando os US$ 50 por barril pela primeira vez desde março por esperanças de uma recuperação mais rápida da demanda após a liberação de vacinas para Covid-19, o que compensou um grande aumento nos estoques dos Estados Unidos. Ainda no radar dos investidores, um ataque  com explosivos sobre um campo de petróleo no Iraque fez com que dois poços em um pequeno campo pegassem fogo, mas a produção em geral não foi afetada.

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Os contratos futuros com vencimento em janeiro de 2021 do WTI, petróleo dos Estados Unidos, avançaram 3,01%, a US$ 46,89 o barril. Já o contrato futuro com vencimento em fevereiro do petróleo Brent subiu 3,05%, a US$ 50,35 o barril.

Já os futuros do minério de ferro de referência na China saltaram mais de 7% nesta quinta-feira, tocando máxima contratual, com compras especulativas impulsionadas por expectativas de que uma recuperação da economia leve a uma forte demanda pelo material usado na fabricação do aço. O contrato mais ativo do minério de ferro na bolsa de Dalian DCIOcv1, para entrega em maio, chegou a subir até 7,3%, para 976 iuanes (US$ 149,10) por tonelada, antes de fechar com ganhos de 6,8%, a 971 iuanes.

Atila Widnell, da Navigate Commodities, destacou à agência Reuters o contrato de referência foi inflacionado pela entrada de grandes volumes de dinheiro especulativo, com apostas de que o futuro crescimento econômico vá beneficiar o minério de ferro.

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Em destaque no radar corporativo, Vale e governo de Minas Gerais negociam um acordo diferente daquele proposto inicialmente por autoridades como compensação pelo rompimento da barragem de Brumadinho. A  mineradora afirmou em nota que uma audiência entre a empresa, o governo de Minas Gerais e instituições de Justiça realizada na quarta-feira gerou “avanços sobre pontos relevantes” para um possível acordo de reparações pelo desastre de Brumadinho. Segundo a companhia, valores não foram discutidos na audiência, ocorrida no âmbito do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).

Já a CSN informou que estima fechar o ano com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado de R$ 11,2 bilhões em 2020, com margem de 35%, de acordo com projeções divulgadas pela siderúrgica nesta quinta-feira. A alavancagem financeira medida por dívida líquida/Ebitda ajustado deve ficar abaixo de 2,5 vezes neste ano e abaixo de 2 vezes no final de 2021.

Ainda entre as ações do Ibovespa, varejistas e construtoras registram queda, enquanto bancos sobem, repercutindo também a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da véspera. O Copom manteve a Selic em 2%, como o esperado, mas surpreendeu ao sinalizar que acabará em breve com o forward guidance — a previsibilidade de longo prazo que era dada ao mercado sobre o baixo patamar dos juros.

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Para Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, o comunicado tem elementos de viés claramente altista para a taxa de juros; cenário de alta da Selic em 2021 tornou-se mais plausível, e a elevação antes dos últimos meses do ano não pode mais ser descartada, avalia. Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, destacou que entende que o comunicado é consistente com cenário de que a política monetária começará a se normalizar gradualmente ano que vem, mas aponta que o processo pode se iniciar antes do esperado. Confira mais análises clicando aqui. 

Uma alta de juros beneficiaria os bancos, geralmente, devido à correlação entre os spreads bancários (diferença entre o custo de captação do banco e os juros cobrados) e a Selic. Com maiores juros, pode ocorrer um spread maior (ainda que não de forma automática), levando a um repasse ao tomador em maior magnitude frente em relação ao aumento do custo de captação. Papéis de Bradesco (BBDC3, R$ 23,72, +4,36%; BBDC4, R$ 26,79, +4,12%), Itaú (ITUB4, R$ 31,55, +3,31%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 37,83, +5,20%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 43,95, +2,33%) subiram hoje.

Já varejistas perdem uma vez que alta dos juros pode desestimular o consumo. No caso de eletrodomésticos, inclusive, os itens são mais dependentes do crédito.  Já uma elevação no custo financeiro de financiamentos imobiliários com a perspectiva de alta da Selic também podem fazer os consumidores finais demandarem menos imóveis, afetando as construtoras. MRV (MRVE3, R$ 19,44, -1,22%) e Direcional (DIRR3, R$ 12,71, -0,70%) recuaram.

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Entre as ações de varejistas, Magazine Luiza (MGLU3, R$ 23,40, -2,42%), por exemplo, caiu seguindo a baixa da véspera. Cabe destacar ainda aos dados de vendas do varejo: apesar da alta de 0,9% em outubro ante setembro, superando as estimativas dos investidores, as informações por setores mostraram que o segmento de móveis e eletrodomésticos apresentou recuo de 1,1% nas vendas frente a setembro de 2020.

Por outro lado, os dados de varejo mostraram que o segmento de tecidos, vestuário e calçados, subiram 6,6% na base de comparação mensal. Mas, mesmo assim, os papéis figuraram entre as maiores quedas do índice, como Cia. Hering (HGTX3, R$ 17,97, -1,16%), Natura (NTCO3, R$ 47,91, -0,79%), Lojas Renner (LREN3, R$ 43,81, -1,64%).

Conforme destaca Alberto Ramos, economista para a América Latina do Goldman Sachs, as vendas no varejo têm registrado uma sólida recuperação em formato de V desde a queda registrada em abril por conta da pandemia, apoiada por grandes transferências fiscais, crescimento robusto do crédito e o relaxamento gradual dos protocolos de distanciamento social.

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“No entanto, um quadro viral da Covid doméstico ainda complexo, a moderação do crescimento da renda disponível com redução das transferências fiscais d)e emergência para as famílias e o aumento da inflação (principalmente de alimentos) devem suavizar / enfraquecer o ritmo de recuperação nos próximos meses”, aponta.

Voltando à decisão do Copom, a visão “hawkish”, de aperto monetário, levou à queda do dólar, com uma maior expectativa de entrada de investidores estrangeiros na renda fixa. Com isso, empresas exportadoras, como Suzano (SUZB3, R$ 50,55, -3,68%) e os frigoríficos JBS (JBSS3, R$ 22,28, -1,42%) e Marfrig (MRFG3, R$ 14,29, -0,21%) também registraram baixa.

Também entre as quedas, estiveram os papéis de Gol (GOLL4, R$ 27,31, 0,00%) e Azul (AZUL4, R$ 40,05, -2,05%), que tiveram os American Depositary Receipts (ADRs, na prática, os papéis negociados na Bolsa de Nova York) com a recomendação cortada de outperform (desempenho acima da média do mercado) para market perform (desempenho em linha com a média do mercado) pela Raymond James.

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Confira os destaques:

Vale (VALE3, R$ 85,00, +2,78%)

A Vale e o governo de Minas Gerais negociam um acordo de reparação de danos associados ao rompimento de uma barragem da empresa, em Brumadinho (MG), que deve envolver a injeção de bilhões de reais pela mineradora em fundos a serem geridos pelo Estado, disseram à agência de notícias Reuters duas fontes próximas das tratativas.

As conversas por ora focam na chamada “governança” do acerto, e não valores, com objetivo de definir responsabilidades pelos trabalhos de compensação e como eles seriam executados, e há alinhamento entre as partes contra a criação de uma organização voltada especificamente a essas tarefas, acrescentaram as fontes, que falaram sob a condição de anonimato.
Assim, a mineradora e representantes do governo estadual buscarão arquitetar um desenho diferente do proposto por autoridades após o rompimento em 2015 de uma barragem da Samarco em Mariana (MG). A Vale e a BHP, donas da empresa, acordaram na época a criação da Fundação Renova para gerenciar ações de reparação.

Embora o secretário-geral do governo mineiro, Mateus Simões, tenha dito no mês passado que a Vale apresentou uma oferta inicial de acordo de R$ 21 bilhões, vista como baixa, as duas fontes disseram que não há proposta na mesa e que as conversas ainda não chegaram a esse ponto.

A melhor estimativa da Vale para os custos associados a Brumadinho neste momento é de um total de R$ 29,6 bilhões, sendo R$ 19 bilhões em um potencial acordo global como o buscado junto ao governo de Minas e outros órgãos como o Ministério Público Federal, afirmou à Reuters outra fonte que acompanha o caso, cujo nome tampouco foi divulgado.

Procurada, a Vale afirmou em nota que uma audiência entre a empresa, o governo de Minas Gerais e instituições de Justiça realizada na quarta-feira gerou “avanços sobre pontos relevantes” para um possível acordo de reparações pelo desastre de Brumadinho. Segundo a companhia, valores não foram discutidos na audiência, ocorrida no âmbito do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).

Ficou acordado na reunião, no entanto, que a empresa vai estender até 31 de janeiro de 2021 pagamentos emergenciais de reparação, “nos mesmos moldes de hoje”. Uma nova audiência deverá ocorrer em 17 de dezembro, com participação do Estado e das instituições de Justiça, afirmou a mineradora. “A Vale continua empenhada em construir um acordo global com o governo de Minas e as instituições de Justiça no processo de mediação conduzido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais”, disse a companhia.

O Morgan Stanley afirmou que as negociações estão em linha com suas expectativas, segundo as quais era improvável que as partes chegassem a um acordo final na audiência de quarta-feira. O banco acredita que o acordo deve sair mais caro do que a estimativa inicial da Vale, de US$ 1,4 bilhão, e inclui em seu modelo sobre os papéis da empresa um acordo em torno de US$ 4 bilhões, potencialmente no primeiro trimestre de 2021.

O banco mantém avaliação de overweight (expectativa de valorização acima da média do mercado) para os papéis da empresa negociados na Bolsa de Nova York (os ADRs), com preço-alvo de US$ 17,3, frente os US$ 16,09 de fechamento da véspera (ou upside de 7,5%).

AES Brasil (TIET11, R$ 16,29, +0,06%)

A AES Brasil anunciou na quarta que, a partir de 15 de janeiro de 2021, será presidida por Clarissa Sadock, atual vice-presidente financeira e de relações com investidores. Ela assume a posição atualmente ocupada por Ítalo Freitas, que passará a integrar a equipe da unidade estratégica da AES para a América do Sul, responsável por Argentina, Chile e Colômbia, além do Brasil.

CSN (CSNA3, R$ 28,53, +10,50%)

A Companhia Siderúrgica Nacional informou na quinta a acionistas e ao mercado em geral atualizações de projeções, segundo às quais deve atingir: abaixo de 2,5 vezes no indicador dívida líquida/Ebitda ajustado no fechamento do balanço anual de 2020; abaixo de 2 vezes no indicador dívida líquida/Ebitda ajustado no fechamento do balanço anual de 2021; dívida líquida de R$ 20 bilhões no fechamento do balanço anual de 2021; projeção de volume de produção e compras de minérios de terceiros de 33 milhões de toneladas em 2020; projeção de volume de produção e compras de minérios de terceiros entre 38 milhões de toneladas e 40 milhões de toneladas em 2021; projeção de cash cost da mineração de US$17 por tonelada em 2020 e US$ 16 por tonelada em 2021.

Além disso, a projeção de Ebitda de cerca de R$ 7,65 bilhões na mineração em 2020; projeção de Capex de expansão da mineração no período de 2021 somando o total de R$ 1 bilhão; projeção de Capex de expansão da mineração no período de 2021 a 2025, somando o total de R$ 14 bilhões; projeção de volume de vendas de aço de 4.756 mil toneladas em 2020 e 5.158 mil toneladas em 2021; projeção de atingir Ebitda de cerca de R$ 2,3 bilhões na siderurgia em 2020; projeção de atingir Ebitda por tonelada na siderurgia de cerca de US$ 165 por tonelada em 2023; projeção de Capex da siderurgia no período de 2021 somando o total de R$1 bilhão; projeção de Capex da siderurgia no período de 2021 a 2025, somando o total de R$ 6,1 bilhões; projeção de atingir Ebitda consolidado de R$ 11,2 bilhões em 2020, com margem Ebitda de 35%; projeção de Capex consolidado de R$ 1,6 bilhão em 2020 e R$ 2,8 bilhões em 2021.

MRV (MRVE3, R$ 19,44, -1,22%)

A MRV Engenharia anunciou o lançamento da Sensia, nova incorporadora da companhia voltada a lançamentos imobiliários para consumidores com renda mensal entre R$ 7 mil e R$ 11 mil. O valor do investimento não foi divulgado.

Com isso, a empresa entra em um novo segmento do mercado imobiliário, de classe média, com apartamentos entre R$ 300 mil e R$ 500 mil. Os primeiros lançamentos devem ser anunciados em janeiro, começando por Campinas (SP). Além da cidade paulista, já estão aprovados projetos em Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Maceió (AL). Outros ainda passam por processo de aprovação, como em São Paulo e Porto Alegre.

De acordo com Eduardo Fischer, copresidente do grupo, a nova incorporadora tem grande potencial de mercado, por conta da demanda pelo produto com faixa de valor menor e pelos juros baixos no mercado.

“É um público pouco atendido, porque ainda tem dependência grande de crédito. No patamar que estão os juros, é possível colocar uma série de famílias para dentro (do negócio). Nesse preço médio que estamos trabalhando, vamos preencher um vazio de mercado”, afirmou Fischer, em entrevista ao Broadcast.

Os lançamentos da Sensia contarão com plantas entre 50 metros quadrados e 70 metros quadrados, torres de 250 unidades, fachadas diferenciadas e possibilidade de customização por parte do cliente. O preço médio é de R$ 344 mil por apartamento, e o valor geral de vendas (VGV) esperado é de mais de R$ 500 milhões em 2021. Para 2023, a expectativa é de que a incorporadora alcance o patamar de 3 mil novas unidades por ano e um VGV de R$ 1 bilhão.

Neoenergia (NEOE3, R$ 16,75, -0,89%)

O Conselho de Administração da Neoenergia Renováveis, controlada da Neoenergia, aprovou nesta quarta-feira a construção dos parques de geração de energia solar Luzia II e III, em Santa Luzia (PB), com investimentos estimados em 457 milhões de reais, informou a elétrica em comunicado.

Segundo a Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, o projeto terá capacidade de 149,3 MWdc quando concluído.
O ativo tem previsão de entrada em operação para o segundo semestre de 2022. O Credit Suisse avaliou o movimento como “levemente positivo”.

Petrobras (PETR3, R$ 28,25, +3,63%; PETR4, R$ 27,82, +3,27%)

A Petrobras concluiu nesta quarta-feira, 9, a venda de 100% de suas participações em quatro campos terrestres na Bacia do Tucano (BA), para a Eagle Exploração de Óleo e Gás Ltda. Segundo fato relevante divulgado pela petrolífera, a operação foi concluída com o pagamento de US$ 2,571 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato. O valor recebido, acrescenta a empresa, se soma aos US$ 602 mil pagos na assinatura do contrato de venda, totalizando US$ 3,173 milhões.

Os campos em questão são os de Conceição, Quererá, Fazenda Matinha e Fazenda Santa Rosa, que estão localizados a 110 km de Salvador. Entre janeiro a outubro de 2020, a produção média desses campos foi de 24,30 mil m?/dia de gás natural (153 boe/dia), não havendo produção de óleo.

Rede D’Or (RDOR3, R$ 62,40, +7,73%)

A Rede D’Or  estreou na B3 na sessão desta quinta-feira com alta. A companhia realizou abertura de capital nesta semana levantando R$ 11,39 bilhões. O papel da companhia foi precificado a R$ 57,92.

Fundado pelo cardiologista Jorge Moll Filho, a Rede D’Or é dona da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná e Ceará e no Distrito Federal.

O grupo tem como prioridade o segmento de clínicas oncológicas, na qual tem a segunda maior rede, com 39 unidades. Também tem uma parcela grande de seus negócios em laboratórios de análises clínicas e de imagem.

Entre 2009 e 2019, a empresa viu seu lucro antes de juro, imposto, depreciação e amortização (Ebitda) subir 42% e chegar a R$ 3,68 bilhões. Já as receitas líquidas somaram R$ 13,3 bilhões em 2019.

Dos estrangeiros, entraram na companhia a americana Capital Group, além do fundo de um dos investidores mais conhecidos do mundo, George Soros. Com o IPO, o caixa da companhia recebe uma injeção de R$ 8,44 bilhões. A companhia deve usar os recursos da oferta primária para construir novos hospitais, expandir unidades existentes, além de comprar ativos que permitam desenvolver novas linhas de negócios.

O restante, ou R$ 2,95 bilhões, vai para o bolso dos acionistas vendedores: os fundos Carlyle, o fundo soberano de Cingapura (GIC) e o BTG Pactual. A família não vendeu nenhuma ação.

Ambev (ABEV3, R$ 15,69, +2,82%)

A Ambev afirmou que seu conselho de administração a autorizou a fazer com bancos acordo de troca de resultados de fluxos financeiros futuros com liquidação financeira (equity swap), tendo por referência ações da empresa.

A liquidação do equity swap ocorrerá em até de 18 meses, sendo que os contratos poderão acarretar a exposição em até 80 milhões de ações, com valor de até R$ 1,2 bilhão.

O equity swap permitirá à Ambev receber a variação de preço ligado às suas ações e pagar CDI ou Libor acrescido de uma taxa, durante a vigência do contrato.

Segundo a empresa, o objetivo da operação é neutralizar eventuais efeitos da oscilação das ações tendo em vista a futura entrega de ações dentro dos planos de remuneração com ações.

A Ambev informou ainda a aprovação da distribuição de juros sobre capital próprio na razão de R$ 0,4137 por ação da companhia, a serem deduzidos do resultado acumulado em 2020 pela empresa. Após a tributação a distribuição líquida dos juros sobre capital próprio será de R$ 0,3517 por ação, exceto para acionistas pessoas jurídicas isentos ou imunes.

O Credit Suisse afirmou que os juros pelo capital próprio anunciados pela AmBev estão em linha com suas estimativas, de distribuição de R$ 6,6 bilhões, queda de 15% na comparação anual, o que implica uma variação de 2,7% no ano fiscal de 2020, frente estimativa de 2,9% pelo Credit Suisse.

Copel (CPLE6, R$ 69,65, +0,36%)

O Conselho de Administração da Copel aprovou o montante de R$ 1,9  bilhão destinados ao programa de investimentos previstos para 2021.

O volume maior vai para a Copel Distribuição, R$1,2 bilhão, outros R$ 622,8 milhões para o braço de Geração e Transmissão. Para a Copel Telecomunicações estão destinados R$ 50 milhões e o restante serão pulverizados em outros segmentos, como projetos, reforços em transmissão, entre outros.

Cogna (COGN3, R$ 5,22, +3,37%) e Vasta (VSTA: Nasdaq)

A Cogna comunicou que a sua subsidiária Vasta, cujas ações são negociadas na Nasdaq, comprou a plataforma de avaliação digital Meritt para ajudar no processo de digitalização das escolas parceiras, em transação que a companhia espera que proporcione sinergias de custos relevantes.

Atualmente, a Meritt possui 153 clientes ativos, número 40% superior ao verificado em 2019 e deve fechar o ano com uma receita estimada de 1,5 milhão de reais, afirmou a Cogna.

Ainda de acordo com o documento, que não traz detalhes de valores da operação, a solução online da Meritt estará disponível para todas as escolas parceiras do Plurall a partir do primeiro bimestre de 2021, enquanto a solução adaptativa será gradualmente incorporada aos modelos de ensino da plataforma.

Multiplan (MULT3, R$ 25,95, +4,47%)

A Multiplan divulgou informações a serem divulgadas na apresentação a investidores na sexta, que indicam que os aluguéis em novembro atingiram o mesmo nível do ano anterior. As vendas estão em 83% do patamar de outubro e novembro do ano anterior. O Credit Suisse avalia que a recuperação está ocorrendo em ritmo mais rápido do que o esperado.

Soma (SOMA3, R$ 13,00, -0,08%)

A equipe de análise da XP Investimentos iniciou recomendação para o Grupo Soma, dono de marcas como Animale e Farm, com recomendação de compra e preço alvo de R$ 17 por ação, ou potencial de valorização de 30,7% em relação ao fechamento da véspera.

Os principais pontos que sustentam a tese de investimento dos analistas são: (i) forte potencial de crescimento no físico e digital, com um crescimento ponderado anual (CAGR) da receita de 18% para os próximos anos; (ii) melhoria de margem com alavancagem operacional, aumento da penetração multicanal, integração de estoques e eficiência de logística; e (iii) crescimento potencial com novas aquisições.

Alpargatas (ALPA4, R$ 40,17, +1,01%)

Em reunião com analistas na quarta, Julian Garrido, vide-presidente da Alpargatas afirmou que a empresa pode ampliar suas margens. “As margens podem ser maiores daqui para frente. Com o volume de vendas crescendo, a empresa consegue absorver mais o custo fixo”, disse.

Roberto Funari, presidente da Alpargatas afirmou que, no segundo e no terceiro trimestre, a receita cresceu 39% e o Ebitda por par, 84%, em mercados internacionais considerados estratégicos para a empresa: Europa, Estados Unidos e China. No Brasil, a operação cresceu 3% em receita e 15% no Ebitda por par, na mesma comparação.

A empresa afirmou que pretende integrar todas as lojas das redes Havaianas e Osklen a seus sites de comércio eletrônico em 2021.

Qualicorp (QUAL3, R$ 34,21, -0,70%)

A Qualicorp Qualicorp Consultoria e Corretora de Seguros S.A. informou na quarta concluiu, junto com a Qualicorp Administradora de Benefícios, transação pela qual se tornou sócia majoritária e controladora unitária de Plural Gestão em Planos de Saúde Ltda. e Oxcorp Gestão Consultoria e Corretora de Seguros Ltda.

O acordo de quotistas com os atuais sócios, que vigorará por 20 anos, prevê opções de compra e de venda para aquisição dos 25% da participação societária remanescente em cada uma das sociedades.

Light (LIGT3, R$ 23,14, +1,40%)

A Light S.A. comunicou na quarta que reunião de seu conselho de administração elegeu Daniel Negreiros e Thiago Guth como diretores, substituindo Dalmer Souza e Marcus Pimenta, que deixam a empresa. A Light afirma que Negreiros é graduado e mestre em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Ceará, e possui MBA pela Fundação Getulio Vargas, com experiência no setor de distribuição de energia elétrica. Nos últimos anos, foi superintendente de operação e alta tensão e superintendente de disciplina de mercado da Light.

Thiago Guth é graduado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Itajubá, mestre em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Sergipe, e possui formação executiva pelo Iese Business School, Espanha, com experiência no setor elétrico. Recentemente, foi diretor de operações da CPFL Energia.

(Com informações de Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.