Ações da Oi desabam 9,7%, Vivo cai e TIM sobe após leilão; Ultrapar avança mais de 3% e Cogna recua 5,5%

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (14)

Lara Rizério

Instalações de petróleo da Aramco (divulgação)

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SÃO PAULO – Em uma sessão entre ganhos e perdas para o Ibovespa nesta segunda-feira (14), quem ganhou destaque foram as ações de teles. Os papéis da Oi registraram forte queda, mas ainda sobem pelo menos 160% no ano após o leilão de sua operação de telefonia móvel, enquanto Vivo teve baixa e TIM registrou ganhos.

Em mais um grande passo para sair da recuperação judicial (RJ), a Oi (OIBR3, R$ 2,20, -6,78%; OIBR4, R$ 3,17, -9,69%) vendeu em leilão nesta segunda-feira (14) a sua operação de telefonia móvel (Oi móvel) para o consórcio formado por Vivo (VIVT3, R$ 45,89, -2,47%), TIM (TIMS3, R$ 14,61, +0,48%) e Claro por um valor de R$ 16,5 bilhões. O leilão, organizado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, durou apenas trinta minutos e não teve concorrência, confirmando a expectativa dos investidores de que não haveria disputa por ativos, após o consórcio cobrir a proposta da Highline.

A Oi reformulou seu plano de recuperação judicial neste ano, que foi aprovado pelos credores em setembro e homologado pelo juiz que cuida da RJ em outubro. A espinha dorsal do novo plano é o leilão de ativos, de onde deve vir o caixa para pagar os credores. Para executar a tarefa, o plano dividiu a Oi em cinco partes, chamadas de Unidades Produtivas Isoladas (UPIs): telefonia móvel (Oi móvel); torres; infraestrutura (ou InfraCo, que inclui a operação de fibra óptica); TV por assinatura; e data centers. O primeiro leilão, das torres e data centers, aconteceu no dia 26 de novembro e levantou R$ 1,4 bilhão.

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O segundo leilão, da operação móvel, foi realizado nesta segunda. Os ativos móveis chegaram a atrair no meio do ano uma oferta acima do valor mínimo estipulado, de R$ 15 bilhões, da Highline, que pertence à empresa global de investimentos Digital Colony, mas o consórcio formado por Vivo, Tim e Claro cobriu a proposta. Confira mais clicando aqui.

Os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 27,89, -0,43%; PETR4, R$ 27,62, +0,18%) ficou entre perdas e ganhos, pressionados pelos menores ganhos do petróleo. O contrato do WTI com vencimento em janeiro e o brent com vencimento em fevereiro passaram a rondar perto da estabilidade após uma manhã em que registraram ganhos de mais de 1%, impulsionados por esperanças de que o lançamento de vacinas contra o coronavírus aumentem a demanda global por combustíveis, enquanto a explosão de um navio-tanque na Arábia Saudita também afetou o humor do mercado. Os ganhos foram amenizados após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) projetar que apetite mundial por petróleo apresentará recuperação em 2021, mas permanecerá abaixo dos níveis pré-covid até o fim do ano que vem.

Ainda no radar entre as altas do mercado, CVC (CVCB3, R$ 21,86, +1,91%) avançou em meio à perspectiva do início da vacinação nos Estados Unidos, enquanto BR Distribuidora (BRDT3, R$ 22,22, +3,69%) teve com o Itaú BBA reforçando recomendação de compra para o ativo. Já a Ultrapar (UGPA3, R$ 23,68, +3,18%) avançou com notícia da Bloomberg de quer vender a Oxiteno por cerca de US$ 1 bilhão.

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Entre as quedas, Vale (VALE3, R$ 83,55, -1,54%) teve um dia de perdas seguindo a baixa do minério de ferro, de cerca de 3%, apesar da elevação de preço-alvo dos ADRs pelo Bradesco BBI.

Confira os destaques:

Oi (OIBR3, R$ 2,20, -6,78%; OIBR4, R$ 3,17, -9,69%),Vivo (VIVT3, R$ 45,89, -2,47%), TIM (TIMS3, R$ 14,61, +0,48%) e Claro

A Oi realizou nesta segunda o leilão de sua rede móvel, com a compra de sua operação pelo consórcio entre Vivo, TIM e Claro, que fizeram uma proposta firme de R$ 16,5 bilhões e levaram o ativo.

Com a potencial divisão da Oi Móvel, o setor deve se reconfigurar da seguinte maneira: Vivo vai de 33% para 37% em participação no mercado; TIM, de 23% para 32%; e Claro, de 26% para 29%.

A expectativa é que a TIM fique com a maior fatia da Oi Móvel como parte de uma estratégia do grupo para obter menor resistência do ponto de vista regulatório e concorrencial. “Na divisão, a tendência é que o operador com menor participação de mercado em cada região fique com os ativos da Oi naquele pedaço”, diz Ari Lopes, da Omdia.

Leia também: Afinal, a Oi vai se recuperar? Veja por que os leilões e a fibra óptica podem redimir a operadora

Os números da partilha desenhada pelo consórcio ainda não foram revelados, mas a expectativa do mercado é que essa definição leve em conta dois elementos. Um deles é a carteira de clientes das operadoras em cada região – segmentadas pelos DDDs. A predominância de uma tele frente às outras poderia afetar a concorrência e ser motivo de contrariedade dentro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Outro ponto que pesará na partilha é a quantidade de frequência de cada tele. Frequência é uma espécie de “rodovia no ar”, por onde trafegam os sinais de internet. Quanto mais frequência cada operadora tem, maior sua capacidade de cobertura e maior a qualidade do serviço.

Cogna (COGN3, R$ 5,01, -5,47%)

A Cogna estima que o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) recorrente neste ano vá a R$ 1 bilhão, com geração de caixa operacional pós-investimentos (capex) alcançando R$ 230 milhões de reais, de acordo com fato relevante desta segunda-feira.

Para 2024, o Ebitda recorrente deve aumentar para R$ 2,4 bilhões, com geração de caixa operacional pós-capex de R$ 1 bilhão.

Para o Bradesco BBI, o guidance da Cogna foi em linha com as expectativas do banco, com Ebitda para 2020 em linha com a estimativa de R$ 1 bilhão, mas um pouco abaixo do consenso de R$ 1,2 bilhão, já que seus resultados devem continuar a ser afetados pelos descontos obrigatórios observados no terceiro trimestre e provisões de inadimplência ainda elevadas, enquanto seu guidance de Ebitda para 2024 ficou 5% abaixo do BBI.

“No geral, esperamos que os resultados da Cogna sofram pressão no curto prazo, já que a empresa tem o ajuste de sua base de alunos no campus enquanto a provisão para devedores duvidosos deve permanecer em um nível alto para 2021. Mantemos nossa recomendação neutra para os papéis (com preço-alvo para 2021 de R $ 6,50)”.

A Cogna realiza nesta segunda-feira evento com analistas e investidores. Durante o evento, os executivos da Cogna destacaram que a Kroton deve concluir a reestruturação até o fim do ano, uma vez que 90% da reestruturação está concluída, apontaram.

Os executivos também destacaram que a Kroton deve ter um crescimento de Ebitda em 2021, ano que tende a ser mais positivo do que 2020.

“Cogna é capaz de crescer 25% o Ebitda e 44% de sua geração de caixa até 2024”, diz Rodrigo Galindo, presidente da Cogna. Ele ainda afirmou que a companhia apresentará projeto de potencial gigantesco e que não está nas projeções para 2024.

Fleury (FLRY3, R$ 27,45, +1,33%)

Durante o Investor Day realizado online nesta segunda, o Fleury anunciou que vai inaugurar em fevereiro de 2021 seu primeiro centro de medicina reprodutiva, na Vila Mariana, em São Paulo. O grupo também anunciou a criação de uma startup chamada Pupilla, uma plataforma digital de educação médica continuada e especialização.

Carlos Marinelli, presidente do Fleury, Fernando Leão, diretor executivo de finanças e relações com investidores do grupo, e a Dra. Jeane Tsutsui, diretora executiva de negócios, participaram de uma live no canal do InfoMoney no YouTube  para comentar os novos negócios e falar sobre o futuro do grupo. Saiba mais clicando aqui.

BR Distribuidora (BRDT3, R$ 22,22, +3,69%)

O Itaú BBA divulgou relatório reforçando recomendação outperform (desempenho acima do mercado) para BR Distribuidora. “Acompanhando o grande (e injustificado) desempenho inferior da BR Distribuidora em relação ao Ibovespa (a ação caiu 20% nos últimos 12 meses em relação ao Ibovespa, que subiu 3%), decidimos mostrar alguns dos pilares do nosso investimento tese para o nome. Também estamos atualizando nossas estimativas para refletir as tendências mais recentes relatadas pela empresa”, apontam os analistas.

Eles destacam que a  BR Distribuidora cumpriu efetivamente a maior parte dos cortes de custos prometidos desde a privatização no ano passado, e está muito mais enxuta do que no passado. Isso se reflete nos números de despesas gerais e administrativas da empresa e em sua melhoria consistente nos volumes de vendas e margens.

“Embora a perspectiva de venda da participação remanescente da Petrobras na empresa tenha, em nossa opinião, prejudicado o desempenho das ações, o carry trade ainda parece muito favorável: vemos a ação gerando um dividend yield de 8% nos próximos anos com uma alavancagem de cerca de 1 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda”, avaliam.

Um último ponto a ter em mente é que durante a última oferta, as ações subiram com o anúncio da venda subsequente da Petrobras – nos níveis atuais, os analistas apontam que isso deve acontecer novamente. Assim, reiteram a recomendação de outperform para a BR Distribuidora, com valor justo de R$ 31 por papel para 2021.

Triunfo (TPIS3, R$ 2,95, +34,09%)

Com o fim da recuperação judicial da Aeroportos Brasil Viracopos, empresa que administra o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que as condições para relicitação do aeroporto foram cumpridas, informou a Triunfo em comunicado ao mercado. Assim, foi confirmado o cumprimento da condição suspensiva do aditivo do contrato de concessão do aeroporto, estando a alteração contratual eficaz e apta à produção de todos os seus efeitos a contar de 11 de dezembro de 2020.

Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 72,52, -0,38%)

O conselho do GPA aprovou a proposta de reorganização para segregar a controlada Assaí, braço de atacarejo da empresa. A segregação será submetida a assembleia geral extraordinária no dia 31 de dezembro.

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 30,88, -1,34%)

Semanas após o anúncio de que Milton Maluhy Filho será o novo presidente do Itaú Unibanco a partir de fevereiro, o banco anunciou na sexta novos nomes de executivos.

Deixam de existir as diretorias gerais de varejo e atacado, ocupadas por Márcio Schettini e Caio Ibrahim David, que faziam parte do comitê executivo e afirmaram que vão deixar o banco após terem sido preteridos para o cargo de CEO, com a escolha da Maluhy.

Alexsandro Broedel será o diretor financeiro do banco, responsável pelas áreas de finanças e relações com investidores, ativos imobiliários, bem como pelas áreas de patrimônio, compras e ativos.

Petrobras (PETR3, R$ 27,89, -0,43%; PETR4, R$ 27,62, +0,18%)

A Petrobras acertou a venda de sua participação de 50% no campo Rabo Branco, por US$ 1,5 milhão, localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas, em Sergipe, à Energizzi Energias do Brasil. Os outros 50% de participação são operados pela Petrom.

A produção média de petróleo do campo foi de 138 barris por dia, entre janeiro e outubro de 2020. A Petrobras afirma que a operação faz parte de sua estratégia de otimização de portfólio. A operação ainda precisa ser aprovada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Vale (VALE3, R$ 83,55, -1,54%)

Em análise sobre a Vale, o Bradesco BBI manteve avaliação de outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora, elevando o preço-alvo de US$ 18 para US$ 21, o que configura um potencial de valorização de 15% frente o fechamento da véspera.

Os analistas destacaram esperar um déficit de cerca de 80 milhões de toneladas no mercado global de minério de ferro em 2021, impulsionado pela forte demanda chinesa, com alta de 4%, além de recuperação na Ásia e na Europa e performance abaixo do ideal no campo da oferta.

O banco acredita que um potencial acordo sobre Brumadinho, aumento na segurança em represas de rejeitos e medidas de governança social e ambiental podem levar a uma reavaliação dos papéis da empresa.

O banco espera dividend yield (valor do dividendo/preço da ação) de 10% em 2021, chegando a US$ 8 bilhões (sendo US$ 6 bilhões de dividendo mínimo mais US$ 2 bilhões de dividendo extraordinário), frente 6% de Rio Tinto, 6% de BHP, 4% de Anglo e 4% de Glencore.

O Bradesco afirma que a Vale é sua top pick na América Latina, com um desconto de 35% em comparação com empresas do tipo na Austrália, o que avalia como “não merecido”.

Contudo, já no noticiário macro sobre a companhia, os futuros do minério de ferro caíram nesta segunda-feira, com o contrato de referência recuando de níveis acima de 1.000 iuanes tocados na semana passada, quando os preços foram apoiados por forte interesse especulativo no material usado na fabricação do aço. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, para entrega em maio, encerrou em queda de 3,2%, a 966 iuanes (US$ 146,67) por tonelada. Na bolsa de Cingapura, o contrato mais ativo SZZFF1, para janeiro, caía 3,7%, para US$ 152 por tonelada.

Produtores de aço na China têm aumento a pressão por investigações regulatórias sobre a disparada dos preços e medidas contra eventuais irregularidades.

Veja mais sobre a Vale no vídeo abaixo: 

Ultrapar (UGPA3, R$ 23,68, +3,18%)

Segundo a Bloomberg, a Ultrapar estuda vender seu negócio petroquímico, a Oxiteno, por mais de US $ 1 bilhão.

Segundo o Itaú BBA, a notícia é positiva, uma vez que o modelo revisado do banco assume um valor da empresa de US $ 730 milhões para a Oxiteno. “O ambiente operacional da Oxiteno melhorou significativamente neste ano, embora isso não tenha sido totalmente visível em seus resultados”, avalia.

Embora as margens provavelmente diminuam ligeiramente no próximo ano, a dinâmica melhorou significativamente, e os números da planta dos EUA, que foram um obstáculo para os resultados da Oxiteno, também devem aumentar.

O impacto no preço justo da ação, assumindo uma venda por US $ 1 bilhão, seria de R$ 1 por ação UGPA3 (assim, o preço justo para o papel UGPA3 passaria de R$ 28 para R$ 29).

Telefônica Brasil (VIVT3, R$ 45,89, -2,47%)

A Telefônica Brasil aprovou dividendos intermediários de R$ 1,2 bilhão.

Gafisa (GFSA3, R$ 4,78, -0,62%) e Even (EVEN3, R$ 13,19, +5,10%)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra do Hotel Fasano Itaim pela Gafisa. O empreendimento pertencia à Taperebá, controlada pela Even, e o acordo foi anunciado no início de novembro.

O valor da transação é de R$ 310 milhões, envolvendo os imóveis que compõem o Hotel Fasano Itaim: um restaurante e 32 estúdios. O hotel está localizado num bairro nobre de São Paulo.

A Gafisa destacou que ainda restam algumas condições que devem ser cumpridas para fechar o negócio. A incorporadora aponta que a aquisição é mais um passo na estruturação de sua nova unidade de negócios, que administra imóveis para renda.

IMC (MEAL3, R$ 4,30, 0,00%)

A IMC, subsidiária integral da IMCMV, acertou empréstimo de US$ 35 milhões nos Estados Unidos, junto ao City National Bank of Florida. A contratação foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração. O empréstimo terá prazo de cinco anos.

Segundo a empresa, o empréstimo substitui e alonga todas as outras dívidas que possuía nos Estados Unidos, que somavam, ao fim do terceiro trimestre de 2020, US$ 20,6 milhões.

Locaweb (LWSA3, R$ 67,10, +5,50%)

A Locaweb divulgou nesta segunda-feira a compra da plataforma de logística Melhor Envio, com o preço de fechamento da aquisição acertado em R$ 83 milhões. Os vendedores na operação terão o direito a receber eventual “earnout”, a depender do atingimento de determinadas metas financeiras apuradas com base na receita operacional líquida do Melhor Envio, disse a Locaweb.

A Locaweb anunciou na semana passada a aquisição da Ideris, a maior plataforma de integração de e-commerce do Brasil, por R$ 18,3 milhões. Na avaliação do Itaú BBA, a aquisição é um passo estratégico para consolidar a Locaweb como um ecossistema de soluções de e-commerce para empresas pequenas e médias.

O banco mantém avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) para a Locaweb, com preço-alvo de R$ 73 em 2021, frente os R$ 63,70 atuais.

Lojas Americanas (LAME4, R$ 23,51, -0,42%) e B2W (BTOW3, R$ 78,11, -0,62%)

Em análise sobre o setor de varejo, o Bradesco BBI afirma que há espaço para crescimento das Lojas Americanas, apesar de avaliar que a entrega não foi tão competitiva quanto a concorrência em 2020, no que diz respeito ao preço. A base de clientes cresceu significativamente, de 8 milhões para 46 milhões, afirma o Bradesco, bem à frente do plano anunciado em 2019, de chegar à marca de 46 milhões em 2022.

O banco diz que o crescimento foi impulsionado pelas compras a distância durante a pandemia. Em comparação, Magazine Luiza fechou o terceiro trimestre com 29 milhões de clientes ativos, Mercado Livre, com 35 milhões.

O Bradesco também comentou o plano de investimento de R$ 5 bilhões entre 2020 e 2022, da B2W, com guidance de crescimento acima daquela da concorrência. O banco estima que isso signifique uma taxa de crescimento composta de cerca de 50% em 3 anos. Mas o banco tem dúvidas sobre quando e como o B2W poderia gerar fluxos de caixa positivos, com margens maiores.

O banco mantém avaliação neutra (expectativa de valorização dentro da média do mercado) para a B2W (BTOW3), com preço-alvo de R$ 120 em 2021, frente os R$ 78,60 atuais. E mantém a avaliação das Lojas Americanas como outperform, com preço-alvo de R$ 41, frente R$ 23,61 atuais.

Engie Brasil (EGIE3, R$ 44,23, -1,51%)

O Credit Suisse acompanhou o dia do investidor da Engie na sexta (11). O banco afirma que a gestão está focada em perspectivas de crescimento para a empresa, buscando renovar o portfólio de energia renovável.

A empresa pretende acelerar o projetos de energia limpa, à medida que o governo pretende reduzir os benefícios existentes para renováveis. Além disso, a gestão afirmou que está ajustando seu projeto Pampa, que deve ser retomado em 2021.

O banco avalia que a empresa possui uma boa alocação de capital, dividendos “decentes”, espaço para crescer nos setores de gás e energia renovável, e potencial de valorização. O Credit Suisse mantém avaliação de outperform, com preço-alvo de R$ 51,9, frente os R$ 44,91 atuais.

Duratex (DTEX3, R$ 19,30, +4,88%)

O Credit Suisse iniciou a cobertura da Duratex. O banco afirma que espera que a empresa se beneficie de um ciclo de crescimento na construção pelos próximos anos no Brasil, impulsionado por juros baixos, aumento da confiança do consumidor e poucas unidades residenciais à disposição.

O banco diz esperar que isso impulsione uma taxa anual de crescimento composta do Ebitda de 11% entre 2020 e 2025, e vê espaço para fusões e aquisições. O banco possui preço-alvo de R$ 22 para os ativos, um potencial de valorização de cerca de 20% em relação ao fechamento de R$ 18,36 de sexta-feira.

Randon (RAPT4, R$ 15,65, -0,38%)

Na sexta (11), após o fechamento de mercado, a DRAMD, holging usada pela família Randon para controlar a Randon, e a companhia de private equity Gávea Investimentos, anunciaram uma troca de ativos envolvendo participações minoritárias em Randon e Fras-le.

A DRAMD transferiu 14.132.209 ações RAPT4 da Randon para a Gávea. As duas empresas encerraram o acordo para controlar a Fras-le. Assim, a Fras-le fica livre para vender sua participação de 3,8% na Fras-le, e a participação de 4,1% na Randon.

O Bradesco BBI mantém avaliação de outperform para a Randon, com preço-alvo de R$ 16, frente os R$ 15,71 de fechamento de sexta.

CCR (CCRO3, R$ 13,43, -1,83%)

A CCR informou que, na semana de 4 de dezembro, suas estradas com pedágio tiveram tráfego 1% menor do que no mesmo período do ano anterior, e de 2% frente a semana imediatamente anterior.

O tráfego de passageiros em mobilidade urbana teve queda de 48% na comparação anual, e de 1% frente a semana imediatamente anterior. Nas concessões de aeroportos, houve queda de 55% no tráfego e de 0,7% frente a semana imediatamente anterior.

O banco mantém avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 17, frente os R$ 13,68 atuais.

Localiza (RENT3, R$ 63,29, -0,64%) e Unidas (LCAM3, R$ 26,21, -0,11%)

O Bradesco BBI destacou em relatório o cenário para a fusão entre Localiza e Unidas, anunciada em 23 de setembro. O banco diz que um dos cenários em discussão é de que o Cade exija a venda da marca da Unidas e de alguns ativos para aprovar o negócio.

Na opinião do banco, mesmo se esse cenário for confirmado, ambas as empresas devem seguir com o acordo. O Bradesco também afirma que, com a entrada de fabricantes de veículos no setor, há maior probabilidade de que o Cade aprova o negócio, sem restrições.

O banco elevou suas estimativas sobre as sinergias com a fusão, de R$ 5 bilhões para R$ 20 bilhões, devido a amortizações de goodwill (potencial de ganhos com o negócio para as empresas), descontos adicionais com a compra de novos carros, reduções em despesas gerais, de vendas e de aquisições.

O banco elevou o preço-alvo da Localiza em 29%, para R$ 90, frente os R$ 63,70 atuais, e em 30% da Unidas para R$ 39.

(Com informações da Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.