Ações de Klabin e Suzano sobem com commodities; siderúrgicas e frigoríficos avançam e CVC cai 2,6%

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (18)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As ações das companhias de commodities voltaram a ser destaque na sessão desta sexta-feira (18). A Usiminas (USIM5, R$ 14,39, +4,96%), que chegou a subir mais de 5% na véspera, mas fechou em leve queda, voltou a registrar ganhos no pregão de hoje: a companhia  aprovou a retomada das operações do alto-forno 2 da usina de Ipatinga (MG) que foi paralisado em abril logo após os impactos das medidas de isolamento social sobre a demanda de aço do país. As demais siderúrgicas, como CSN (CSNA3, R$ 30,40, +3,33%) e Gerdau (GGBR4, R$ 24,83, +1,76%), também registraram ganhos.

Os papéis das companhias de papel e celulose, como Klabin (KLBN11, R$ 25,49, +1,47%) e Suzano (SUZB3, R$ 56,43, +2,67%), também tiveram ganhos, na esteira da alta dos preços na China. Os preços da celulose de fibra curta na China subiram US$ 18 a tonelada para US$ 485/t, enquanto a celulose de fibra longa subiu US$ 31/t , para US$ 659/t, segundo dados do Foex, companhia da Finlândia que levanta, semanalmente, os índices de preços para os principais tipos de celulose, papéis e aparas negociados na Europa, celulose e papel jornal nos EUA e celulose na China.

“Esperávamos que os preços na China tendessem a subir, dados os relatórios recentes de que os aumentos de preços anunciados estavam sendo implementados com base na melhor dinâmica do setor”, avalia o BBI, que possui recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para Suzano e Klabin.

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Já o site especializado no setor Risi informou que a Suzano está aumentando os preços da celulose de fibra curta na China em US$ 30 a tonelada, para US$ 530 a tonelada, a partir de 1 de janeiro. Segundo o Credit, “a notícia é positiva, confirmando a expectativa de que outro aumento para a China era questão de tempo, após o recente aumento para a Ásia excluindo China para US$ 550 a tonelada. Nossa previsão média para 2021 de US$ 530 a tonelada [agora] parece conservadora”.

Os papéis de frigoríficos também registraram uma nova sessão de ganhos: Marfrig (MRFG3, R$ 14,63, 1,46%), Minerva (BEEF3, R$ 10,37, +2,07%), BRF (BRFS3, R$ 22,07, +1,05%) e JBS (JBSS3, R$ 23,67, +0,64%).

Além de estarem “atrasados” com relação ao rali do Ibovespa em dezembro (de alta de cerca de 9% do índice), o noticiário do setor traz em destaque informações da Bloomberg de que frigoríficos na América do Norte estariam se preparando para um aumento de casos da Covid19, procurando evitar o tipo de interrupção que fechou várias fábricas durante o segundo trimestre, restringindo o fornecimento de carne exatamente quando os consumidores estavam estocando suas geladeiras no ápice da pandemia.

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Além disso, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou a retirada total do embargo imposto pelas autoridades sanitárias das Filipinas à carne de frango do Brasil.

“O Brasil prestou todos os esclarecimentos e demonstramos a confiabilidade do produto brasileiro, e que barreiras sem fundamento técnico científico, sem qualquer esclarecimento e demonstrações, não são bases para um embargo”, disse em nota o presidente da entidade, Ricardo Santin. A suspensão das vendas ocorreu na segunda quinzena de agosto, após a suposta detecção de traços de covid-19 na embalagem de um produto, em um município chinês.

Entre as quedas, destaque para a CVC (CVCB3, R$ 20,59, -2,60%). A companhia informou que  descontinuará as operações de sua subsidiária Almundo no México e na Colômbia, que atuam exclusivamente no segmento online, citando baixo volume de vendas e efeito da pandemia da Covid-19.

Confira mais destaques:

Vale (VALE3, R$ 87,80, +0,69%)

Um pouco antes do fim do pregão da véspera, Mateus Simões, secretário-geral do estado de Minas Gerais, informou que não chegou a um acordo sobre Brumadinho. Nova audiência foi marcada para 7 de janeiro. Segundo Simões, de 3 pontos que ficaram pendentes, 2 foram resolvidos na audiência. Confira mais clicando aqui. 

Em comunicado à parte, a Vale afirmou que as negociações seguem avançando no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, órgão de mediação do TJ-MG, mas reiterou que ainda não há definições de valores.

“A Vale permanece empenhada em reparar integralmente os atingidos e as comunidades impactadas… As tratativas entre as partes continuam acontecendo com o Estado de Minas Gerais e instituições de Justiça”, disse a empresa. Ocorrido em janeiro de 2019, o desastre ocasionado pelo rompimento de uma barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho deixou cerca de 270 mortos.

Enquanto isso, os contratos futuros do minério de ferro no maior produtor global de aço, a China, atingiram máximas nesta sexta-feira, com a commodity mais “quente” deste ano marcando seu sétimo ganho semanal consecutivo, diante do otimismo sobre a demanda e as preocupações com a oferta.

O minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Bolsa de Commodities de Dalian DCIOcv1 encerrou as negociações com alta de 6,2%, a 1.073,50 iuanes (US$ 164,15) a tonelada, depois de atingir uma máxima de contrato de 1.076,50 iuanes. Já o minério de ferro na Bolsa de Cingapura SZZFF1 subiu 4,1%, para US$ 163,40 a tonelada.

Oi (OIBR3, R$ 2,19, -2,23%; OIBR4, R$ 2,94, -2,97%)

A Fitch Ratings afirmou as notas de risco da Oi em CCC+. “A afirmação das notas de risco da Oi reflete o impacto do perfil de crédito consolidado da Oi após a reorganização das atividades do grupo. A Oi recebeu a aprovação de credores para executar seu plano de reorganização judicial, criar e desinvestir em unidades de produção isoladas”, afirmou a Fitch.

A Fitch destacou a venda pela Oi de 100% de sua operação móvel para TIM, Telefonica e America Movil (Claro) por R$ 16,5 bilhões nesta semana. E disse esperar que a receita bruta total dos desinvestimentos seja de entre R$ 24 bilhões e R$ 27 bilhões, usados para pagar dívidas.

Ainda no radar da companhia, houve uma redução no consumo de caixa em outubro, com geração de caixa operacional negativa atingindo R$ 30 milhões contra R$ 101 milhões no mês anterior. Para o BBI, a estratégia da empresa de priorizar investimentos de fibra ótica para residência em relação ao segmento móvel, entre outras medidas, permitiu que ela postasse
resultados positivos e redução da geração negativa de caixa mensal.

Petrobras (PETR3, R$ 28,62, -1,04%; PETR4, R$ 28,10, -0,50%)

A Petrobras informou que realizará o pré-pagamento parcial de R$ 4,493 bilhões à Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) em janeiro de 2021. Ontem, a estatal realizou o pagamento de R$ 94 milhões, na liquidação parcial antecipada do Termo de Compromisso Financeiro Pré-70 (TCF Pré-70).

O TCF Pré-70 foi assinado em 2008 e compõe o Acordo de Obrigações Recíprocas (AOR), celebrado com a Petros e diversas entidades sindicais em 2006. Segundo a companhia, o termo disciplina a forma de pagamento das obrigações de natureza atuarial assumidas pela Petrobras.

Com o processo de cisão do Grupo Pré-70 ocorrido em 2019, foi firmado aditivo ao TCF Pré-70 com o objetivo de estabelecer a possibilidade de antecipações de pagamentos pela Petrobras. Os pré-pagamentos estão em linha com o processo de gestão de passivos da companhia, reduzindo as despesas com juros e o montante de garantias reais, além de contribuir para a melhoria da liquidez dos planos.

A companhia ainda fechou acordo com o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) para finalizar o litígio arbitral sobre as perdas relacionadas à Sete Brasil. A estatal pagou R$ 190 milhões para a Previ. Segundo a Petrobras, o acordo se encerra sem o reconhecimento de culpa ou responsabilidade por ambas as partes.

A estatal também assinou na quinta um contrato para a venda da totalidade de sua participação em 14 campos terrestres de exploração e produção, denominados Polo Recôncavo, localizados na Bahia. O documento foi assinado com a Ouro Preto Energia, subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A.

O valor da venda é de U$ 250 milhões, sendo US$ 10 milhões pagos hoje e US$ 240 milhões no fechamento da transação. Os valores não consideram os ajustes devidos e o fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O Polo Recôncavo compreende os campos terrestres de Aratu, Ilha de Bimbarra, Mapele, Massui, Candeias, Cexis, Socorro, Dom João, Dom João Mar, Pariri, Socorro Extensão, São Domingos, Cambacica e Guanambi, localizados na Bahia. A Petrobras é operadora com 100% de participação nessas concessões, com exceção de Cambacica e Guanambi, em que possui participação majoritária de 75% e 80%, respectivamente.

A produção média do Polo Recôncavo de janeiro a novembro de 2020 foi de aproximadamente 2.145 barris de óleo por dia (bpd) e 465 mil metros cúbicos ao dia de gás natural.

O Credit Suisse avaliou que a venda dos campos na Bahia pela Petrobras é positiva, e está alinhada com o plano de desinvestimento da empresa.

Qualicorp (QUAL3, R$ 34,50, -1,91%) e Notre Dame (GNDI3, R$ 74,35, -1,63%)

A Qualicorp anunciou nesta quinta-feira, 17, a expansão da parceria comercial com o Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI), para a comercialização de seus produtos em todos os canais de venda da Quali. De acordo com comunicado ao mercado da empresa, a expansão da parceria permitirá a oferta do planos GNDI no mix de produtos Quali no segmento coletivo por adesão em todos os seus canais de distribuição, formado por mais de 40 mil corretores parceiros e 500 plataformas distribuídas por todas as regiões do Brasil.

Com a expansão da parceria, acrescenta a Qualicorp, está em linha com sua estratégia comercial de reforço, ampliação e regionalização do seu portfólio de produtos. Somado a isso, a expectativa é de um impacto positivo na adição bruta da companhia.

“A Quali continua atenta a oportunidades de mercado para realização de novas ou expansão das atuais parcerias, visando a ampliação do acesso e opções de planos de saúde”, acrescenta a empresa.

CVC (CVCB3, R$ 20,59, -2,60%)

A CVC Brasil comunicou nesta sexta-feira que descontinuará as operações de sua subsidiária Almundo no México e na Colômbia, que atuam exclusivamente no segmento online, citando baixo volume de vendas e efeito da pandemia da Covid-19.

Os impactos nos resultados para a conclusão deste processo, de acordo com a operadora de turismo, serão principalmente R$ 23 milhões em impairment de ativos locais, e R$ 3 milhões em despesas legais, indenizações e outras.

De acordo com o comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as operações da Almundo no Brasil serão transferidas para o Submarino Viagens, uma vez que a empresa procura sinergias administrativas, tecnológicas e comerciais.

“Estimamos que a implementação dessas ações seja concluída no primeiro trimestre de 2021”, acrescentou.

Usiminas (USIM5, R$ 14,39, +4,96%)

A Usiminas aprovou a retomada das operações do alto-forno 2 da usina de Ipatinga (MG) que foi paralisado em abril logo após os impactos das medidas de isolamento social sobre a demanda de aço do país.

Em fato relevante, a Usiminas afirmou que o religamento do equipamento vai exigir investimento de R$ 67 milhões. “O retorno do alto-forno está em linha com o compromisso da Usiminas com a geração de resultados sustentáveis, bem como com os esforços perenes da companhia para atendimento da demanda de seus clientes locais”, afirmou a companhia.

A decisão ocorreu cerca de dois meses depois que o vice-presidente financeiro da Usiminas, Alberto Ono, afirmou em teleconferência com analistas que incertezas sobre a demanda futura de aço impediam a empresa de estimar quando o retorno da operação do alto-forno 2 poderia ocorrer. A indústria siderúrgica e de outros materiais usados em setores como de construção, máquinas equipamentos e de veículos tem sido criticada nos últimos meses por problemas de escassez de insumos e reajustes sequenciais de preços.

O setor tem rebatido as acusações afirmando que tem ampliado produção desde meados do ano e que o descasamento entre oferta e demanda gerado pela pandemia deve ser resolvido entre o final deste ano e início de 2021.

O Morgan Stanley afirmou que a religação do forno pela Usiminas sugere que a administração espera que a demanda de aço continue forte nos próximos trimestres. Com o anúncio, toda a capacidade de produção de aço que havia sido desativada entre abril e maio (em torno de 15% do total) volta ao mercado.

Também na quinta-feira, a Usiminas anunciou que decidiu vender o edifício que abriga a sede da empresa em Belo Horizonte por R$ 130 milhões. A venda será feita para a Fundação São Francisco Xavier, criada pela própria Usiminas em 1969. “A companhia informará, oportunamente, detalhes adicionais a respeito de sua nova sede”, afirmou empresa, que também tem escritórios em São Paulo e Porto Alegre.

B3 (B3SA3, R$ 60,10, -0,58%)

O Credit Suisse elevou a expectativa para a B3 quanto a ganhos por ação em 2021 em 8% e em 2022 em 10%, principalmente devido expectativa maior de volume médio de transações diárias, que o Credit vê em R$ 31,6 bilhões em 2021.

O banco antecipa aumento de 10% nas receitas de derivativos listados, conservadoramente abaixo do crescimento observado em anos anteriores.

O Credit reiterou avaliação das ações da B3 em outperform (expectativa de ganhos acima da média do mercado), e atualizou o preço-alvo relativo aos próximos 12 meses de R$ 68 para R$ 74, frente os R$ 60,55 negociados na quinta.

O Morgan Stanley disse avaliar que a estratégia focada em clientes da B3 continua a se mover na direção correta, com a empresa melhorando a credibilidade e capacidade de suas plataformas e implementando modelos de relacionamento e apoio a clientes que resultam em maior satisfação.

O banco afirma que a empresa aumentou sua capacidade em 2020 e investiu em tecnologia e protocolos internos contra ataques cibernéticos, fortalecendo a capacidade de monitoramento de seus indicadores operacionais.

A concorrência continua sendo uma possibilidade para o futuro, mas os gestores dizem avaliar que a B3 tem vantagens competitivas, e que há uma alta barreira de entrada no mercado.  O banco diz avaliar que a entrada de investidores avulsos no mercado continua a oferecer potencial de crescimento “muito atrativo”.

A gestão apontou que o patamar é muito baixo em relação a mercados desenvolvidos, e que irá continuar a investir em promover a diversificação dos investidores. Destacaram o lançamento de uma plataforma digital que promove acesso de investidores a investimentos consolidados, e uma plataforma sobre educação financeira.

Eneva (ENEV3, R$ 56,68, -0,05%)

O Conselho de Administração da Eneva aprovou na quinta-feira um programa de recompras de ações de sua própria emissão, que envolverá até 1,07 milhão de papéis, informou a companhia em fato relevante.

Segundo a Eneva, o programa tem como objetivo a aquisição das ações pela controlada Parnaíba II Geração de Energia, para “fazer frente às obrigações decorrentes do plano de incentivo de remuneração de longo prazo baseado em ações”.

A empresa afirmou ainda que, conforme deliberado pelo conselho em reunião no mês passado, será proposto à Assembleia Geral o desdobramento das ações de emissão da companhia na proporção de um papel ordinário para quatro ações ordinárias.

No comunicado, a Eneva disse que a medida visa “adequar o preço da ação a um patamar mais acessível a todos os investidores, o que pode aumentar a liquidez das ações”. “Caso aprovado tal desdobramento e ainda não tenha sido encerrado o programa de recompra, ele deverá ser entendido como permitindo a aquisição de até 4.280.000 ações”, afirmou. A XP Investimentos atuará como intermediária na operação.

AES Brasil (TIET11, R$ 16,10, -1,04%)

O Conselho de Administração da AES Tietê  aprovou a proposta de reorganização societária na qual haverá a incorporação das ações de emissão da companhia pela AES Brasil Energia, ampliando capacidade de crescimento da nova holding, além da alavancagem do grupo. A AES Brasil Energia será o veículo listado no segmento do Novo Mercado.

Os atuais acionistas da AES Tietê passarão a ser acionistas da AES Brasil Energia e manterão o mesmo percentual atual de participação na nova companhia. Tal reorganização permitirá uma maior alavancagem, uma vez que somente os ativos que estiverem abaixo da AES Tietê ficarão limitados ao atual teto de 3,85 vezes da dívida líquida/Ebitda, segundo a empresa.

“Além dos 3,85 vezes, os novos projetos poderão ser desenvolvidos em sociedades de propósito específico sob controle comum da atual AES Tietê, permitindo um endividamento de até 80% em tais sociedades”, acrescentou.

CCR (CCRO3, R$ 13,30, -1,63%)

A CCR comunicou nesta quinta-feira que a Controladoria-Geral do Paraná revogou resolução que impedia a controlada RodoNorte de participar de novas licitações e fechar contratos com o governo estadual.

A nova resolução da controladoria do Paraná “decorre da postura colaborativa da RodoNorte em procurar o Estado do Paraná com o objetivo de solucionar pendências relativas ao contrato de concessão em andamento”, afirmou a CCR em fato relevante.

Elétricas

A Aneel realizou na quinta o leilão de 11 lotes correspondendo a 1.959 km de linhas de transmissão. O regulador estima um capex de R$ 17,34 bilhões. O Itaú BBA ressalta que várias unidades participaram do leilão, mas apenas Cteep (TRPL4, R$ 27,74, -0,43%), Neoenergia (NEOE3, R$ 17,27, +2,01%) e Energisa (ENGI11, R$ 50,60, -0,08%) obtiveram lotes.

Engie (EGIE3, R$ 44,91, +0,09%), EDP Brasil (ENBR3, R$ 19,72, -0,60%), Alupar (ALUP11, R$ 26,64, -1,52%), Equatorial (EQTL3, R$ 22,90, -0,52%), Taesa (TAEE11, R$ 33,05, -1,72%),  CPFL (CPFE3, R$ 32,38, -0,98%) e Eletrobras (ELET3, R$ 36,86, +0,05%; ELET6, R$ 36,84, -0,24%) participaram e não obtiveram lotes. O banco diz esperar retornos baixos.

Leia também: Neoenergia, Cteep, Energisa e Mez levam projetos em leilão de transmissão

O Credit Suisse focou sua análise nos blocos conquistados pela Neonergia e pela Energisa, destacando que ambos os projetos se beneficiarão de incentivos fiscais e prováveis recursos do Banco do Nordeste e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a custos competitivos.

“Assumindo que as empresas possam reduzir os investimentos em capital em 15% em relação ao nível regulatório, concluir a construção com doze meses de antecedência e se alavancarem [para realizarem os investimentos] a um custo de captação de IPCA + 4,5%, chegamos a uma taxa interna de retorno (TIR) de cerca de 7%”, apontam os analistas.

Proteínas

A BRF (BRFS3, R$ 22,07, +1,05%) comunicou nesta quinta-feira a venda da Banvitfoods SRL, que desenvolve atividades de fabricação de rações e granja de ovos na Romênia, para a Aaylex System Group por 20,3 milhões de euros (R$ 126,1 milhões).

A transação se deu por meio da Nutrinvestment BV e da Banvit Bandirma Vitaminli Yem Sanayii, sociedades controladas indiretamente pela BRF. O valor da operação será pago no fechamento da operação, previsto para ocorrer após a verificação de condições precedentes aplicáveis a operações dessa natureza, incluindo a aprovação da autoridade antitruste local.

“Os efeitos contábeis desta operação serão apurados e refletidos, tanto nas demonstrações financeiras de 2020, quanto no momento da alienação efetiva do investimento”, disse a BRF.

Já de acordo com a Bloomberg, frigoríficos na América do Norte estariam se preparando para um aumento de casos da Covid19, procurando evitar o tipo de interrupção que fechou várias fábricas durante o segundo trimestre, restringindo o fornecimento de carne exatamente quando os consumidores estavam estocando suas geladeiras no ápice da pandemia.

“Depois de muitos investimentos em segurança dos funcionários e mesmo com indústrias operando em um ritmo mais lento (como a Cargill está fazendo) e enfrentando maior absenteísmo (como a Sanderson Farms), ainda não temos certeza dos impactos de um potencial aumento no número de casos. Muitas empresas enfrentaram reações adversas do governo e do público devido à forma como lidaram com a indenização do pagamento e o apoio às famílias, por exemplo. Por outro lado, os executivos agora dizem que as empresas estão mais bem preparadas, tendo gasto milhões de dólares para reconfigurar fábricas, implementar medidas de distanciamento social e distribuir os equipamentos de proteção de que os trabalhadores precisam para se manter seguros enquanto mantêm a cadeia de abastecimento de alimentos funcionando. Qualquer notícia sobre vacinas nos próximos meses pode ser benéfica para o setor nesse sentido”, destaca a XP Investimentos.

Ainda em destaque, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou a retirada total do embargo imposto pelas autoridades sanitárias das Filipinas à carne de frango do Brasil. “O Brasil prestou todos os esclarecimentos e demonstramos a confiabilidade do produto brasileiro, e que barreiras sem fundamento técnico científico, sem qualquer esclarecimento e demonstrações, não são bases para um embargo”, disse em nota o presidente da entidade, Ricardo Santin.

A suspensão das vendas ocorreu na segunda quinzena de agosto, após a suposta detecção de traços de covid-19 na embalagem de um produto, em um município chinês.

“Com a retirada total das restrições, a ABPA espera que o nível das vendas para o mercado filipino retome patamares equivalentes ao registrado antes da suspensão”, disse a entidade em nota.

As Filipinas estão entre os 12 principais importadores, com cerca de 2% do total embarcado pelo Brasil no primeiro semestre deste ano (43,8 mil toneladas).

Log CP (LOGG3, R$ 34,14, -1,24%)

O Itaú BBA participou do dia do investidor da Log CP. A empresa anunciou que investirá R$ 600 milhões no programa Todos por 1, ampliando de 1 milhão para 1,4 milhões de metros quadrados de área bruta alocável a serem construídos até 2024.

A empresa disse esperar que a importância do e-commerce continue a aumentar. E que a ampliação do arrendamento contribua para absorção de mais de 400 mil metros quadrados no quatro trimestre de 2020.

Alguns dos projetos foram entregues com mais de 90% de sua área bruta alocável alugados, destacou a gerência, segundo afirma o banco. O Itaú mantém avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 39,4, frente os R$ 34,57 negociados na quinta.

Cosan (CSAN3, R$ 76,10, -1,70%)

A Cosan informou nesta quinta-feira ter sido notificada pelo seu acionista controlador, Rubens Ometto Mello, sobre a realização de um acordo com a gestora de recursos Dynamo, que terá direito de participar da indicação de um membro independente do Conselho de administração da companhia.

Além disso, o controlador fez acordo com suas irmãs, no qual ambas se comprometeram a acompanhar o voto dele na eleição de administradores da empresa. “A eficácia dos compromissos assumidos, que terão vigência de aproximadamente 30 meses, está sujeita à conclusão da reorganização societária” da companhia, afirmou a Cosan em comunicado.

O Credit avalia que a entrada da Dynamo no conselho da Cosan ajuda a melhorar a governança após a reestruturação e avalia a medida como marginalmente positiva.

Minerva (BEEF3, R$ 10,37, +2,07%), Mélius (CASH3, R$ 15,30, -3,77%), Helbor (HBOR3, R$ 11,71, -2,42%), Cyrela Commercial Properties (CCPR3, R$ 14,08, -0,85%)

O Itaú BBA atualizou sua carteira de small caps. O banco afirma que suas projeções, indicam crescimento do PIB em 4%, dólar caindo para R$ 4,75 e teto de gastos sendo cumprido pelo governo, um cenário mais positivo para ativos de risco.

Por isso, o banco incluiu Méliuz e Helbor em sua carteira de small caps. E vendendo ações da Minerava que, desde sua inclusão, se valorizaram em 30,10%, embolsando ganhos. Por outro lado, vendendo ações da Cyrela Commercial Properties, registrando perdas de 44,5% desde a inclusão.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.